O Dia D
Não
só em Brasília, mas em todas as capitais que geram repercussão política, é
enorme a expectativa em relação a 15 de março, tido e havido como o Dia D para
o governo, não só em consequência das manifestações de protesto que vão ganhar
as ruas, mas também pelo auge das pressões sobre a presidente Dilma para que
assuma responsabilidade pessoal por essa crise que não para de se agravar.
Pode
acontecer tudo, como pode acontecer nada. Mas as lideranças políticas mais
responsáveis preferem armar os espíritos para o mais grave.
Há,
no contexto dos fatos que afloram de imediato, uma indagação cuja pertinência é
admitida francamente. Na hora em que a situação aperta, o governo se sente
descontrolado e as promessas de campanha da presidente despencam, até que ponto
ela pode confiar nos aliados, a começar pelo PMDB, em cujas fileiras
encontram-se dois de seus sucessores imediatos? E mais: como realmente se
situam os líderes das confederações de trabalhadores, para um momento de
grandes definições? O que pensam os quartéis?
Homenagem
Recentemente
empossado na presidência do Tribunal de Contas do Estado, o ex-deputado e
conselheiro Sebastião Helvécio será homenageado em Juiz de Fora pelos amigos,
provavelmente em março. Nas manifestações certamente estarão incluídos os
partidos que querem ter nele uma opção para disputar a prefeitura em 2016.
Relatório
No
dia 2 de abril a Comissão Municipal da Verdade, criada para apurar casos de
violência praticados em Juiz de Fora durante a ditadura militar, vai entregar
seu relatório
final ao prefeito Bruno Siqueira. Há casos graves apurados, apesar das
dificuldades para se chegar aos documentos da época.
Missão difícil
Não
é a primeira vez que deputados da região vão tentar formar na Assembleia
Legislativa uma bancada identificada com os interesse da Zona da Mata. Tal como
agora, as tentativas anteriores coincidiram sempre com o início da legislatura.
Agrupar
os deputados da Mata em torno dos objetivos regionais não é tarefa das mais
fáceis, mesmo que haja boa vontade. A questão é que a Zona da Mata incorpora
grandes diferenças políticas, econômicas, sociais e estratégicas, além das
distâncias entre as sedes. Melhor seria se os deputados de Juiz de Fora e dos
municípios vizinhos se agrupassem em torno dos objetivos do Sudeste mineiro. Aí
sim, são muitas as razões para uma ação conjunta.