segunda-feira, 18 de agosto de 2025

 

A Pauta é Política
18 agosto 2025

ZEMA EM CENA
O Novo sabe que ter o governador de um estado importante, como Minas Gerais, está longe de ser o suficiente, pois antes mesmo de se definir quanto à sucessão mineira e à Presidência da República, pretende cuidar, com muito interesse, da eleição de uma bancada expressiva para a Câmara dos Deputados. E aí quer destinar um papel importante ao governador, ao mesmo tempo em que ele procura situar-se no quadro político nacional, possivelmente como um nome para a vice numa chapa majoritária.
Interessante perceber que, antes mesmo de cuidar da sucessão de Lula, as atenções se voltam para o Congresso. Os bolsonalistas, por exemplo, não escondem seu fascínio por uma bela bancada de senadores.

ZEMA EM CENA (II)
Mas o governador aposta seu futuro político nas eleições de 2026 como candidato à Presidência da República. Em 2018 se apresentou como candidato a governador, e teve sucesso como outsider na política mineira, derrotando nomes e partidos consolidados no Estado.
Analistas políticos acham que nessa iniciativa eleitoral para presidente não terá êxito, pois os tempos são outros, e, embora bem avaliado no segundo colégio eleitoral brasileiro, faltam-lhe popularidade, prestígio e sorte para projeto de tal envergadura. Talvez lhe sobre um convite para vice.

SOCIALISMO
Quem ouviu o presidente Lula afirmar, num recente encontro partidário, que o melhor para o país é caminhar rumo ao socialismo, deve saber que também aí reside enorme dificuldade. Com que socialistas espera contar para a grande reviravolta? O partido que levanta essa bandeira, PSB, com raros idealistas sinceros, tem sua expressão maior no ministro Geraldo Alckmin. Mas não há alquimia capaz de transformá-lo em vigoroso defensor da quebra das estruturas capitalistas, nas quais, certamente, repousam suas convicções. Melhor seria o presidente não enveredar mais profundamente nesse propósito. Se não por outros motivos, para não acentuar as atuais divergências políticas, econômicas e ideológicas com o governo dos Estados Unidos e seus aliados, que não querem saber de socialismo; e geralmente declaram como adversários os que pensam diferentemente.

COMO SEMPRE
As pessoas que apreciam criticar a vereança, pelo que faz ou deixa de fazer, certamente ainda não travou conhecimento com os relatórios do fiscal municipal José Cândido, que em 1861 acusava os vereadores de passar por cima do Código de Posturas. Eram os primeiros a desrespeitá-lo. Desrespeitavam o que criavam…
Nessa época, vereador, além de nada ganhar, pagava multa de 4 mil réis por ausência não justificada nas reuniões.

SOBRE KASSAB
A capacidade de articulação de Gilberto Kassab, do PSD, é coisa que os políticos conhecem de sobra. Ligado, por razões diversas ao governo federal, transita com igual desenvoltura na oposição. Muito influente no governo paulista de Tarcísio Freitas, para quem trabalha, diz que seu partido só não disputa a sucessão de Lula com candidato próprio, em 2026, se Tarcísio for candidato.
Quanto a Minas, onde a política é sempre manhosa, ele afirma que a candidatura de Rodrigo
Pacheco é para ser considerada, mas não disse se tem disposição de apoiá-la.

EM COGITAÇÃO
O atual secretário de Meio Ambiente da prefeitura de Belo Horizonte, o juiz-forano João Paulo Mena Barreto de Castro Ferreira, figura entre os nomes cogitados para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Resultado do bom trabalho que realiza na capital mineira, depois de ter participado da diretoria da Cemig. João Paulo é filho do ex-deputado José de Castro Ferreira, que, nos anos 60, teve em Juiz de Fora seu principal reduto eleitoral.

SEM PACHECO
Os mais recentes acontecimentos em Brasília permitem admitir que Minas vai superando a possibilidade de ter o senador Rodrigo Pacheco como candidato a governador em 2026. Mesmo figurando, há meses, como favorito de Lula, o senador evoluiu como o nome mais cotado no Planalto para ir ao Supremo Tribunal, na vaga de Luiz Roberto Barroso, que decidiu antecipar aposentadoria. Sairia ainda neste ano. Com isso, os projetos lulistas dos mineiros deslocam-se para Alexandre Silveira, ministro das Minas.
Mas esse é um quadro que ainda depende de outros componentes.

A LICITAÇÃO
O jornal O Pharol aponta a contratação, pela prefeitura, do serviço de carro que circularia pelos bairros registrando imagens de obras necessárias, como algo irregular, por inexigibilidade de licitação. A administração municipal deve saber, pois tem assessoria técnica para instruir os atos da prefeita. Mas, a contratação direta de uma empresa, mesmo que com tecnologia de ponta, deve ter o cuidado de saber sua vida pregressa. No caso da citada, conforme a matéria aponta, ela já foi motivo de questionamento judicial do Ministério Público do Tocantins, com decisão favorável da Justiça daquele estado, em 2023, com suspensão de contrato com a prefeitura de Palmas.
Seria oportuno a Câmara se manifestar, pois tem competência e dever de fiscalizar.

PRIVILÉGIO

O deputado Aécio Neves levantou-se contra a proposta do fim do foro privilegiado para parlamentares, tema que ganhou dimensão quando ele presidiu a Câmara. Mas houve uma nova mudança de entendimento no STF. Em 11 de março último, a corte decidiu que as investigações iniciadas ali, e que tenham relação com o mandato ou a função do político, devem continuar sob sua análise, mesmo depois do fim do mandato.
A decisão recebeu críticas dos congressistas da oposição, uma vez que manteve os processos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo.
No início deste mês, o debate ficou intensificado na Câmara, po

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