quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A guerra é ali mesmo

Nas últimas 72 horas o Rio de Janeiro vive o clima de guerra civil não declarada. Instalou-se a medição de forças entre a segurança pública insuficiente e o estado paralelo sob comando do crime organizado em complexa e perigosa ramificação. Para que se reconheça o quadro de beligerância basta apenas declará-lo, pois para tanto já se conta com a presença das Forças Armada de prontidão nos quartéis, férias e descansos suspensos nos contingentes, armas de guerra na ruas. E a população, como em qualquer guerra civil, nada mais pode fazer além de se mostrar perplexa, insegura e sem saber exatamente o que deve ser feito.

Nesta tarde, se ainda fossem insuficientes as razões para se temer a expansão do mal, as autoridades fluminenses faziam advertência aos municípios vizinhos, pois também eles podem ser alvo da ação das quadrilhas. E, quando se fala em vizinhos, é preciso lembrar que Juiz de Fora também se inclui nessa faixa de risco. Não apenas agora. Vem de longe que uma cota dos nossos problemas de segurança pública se debita à proximidade com o Rio, havendo ocasião em que uma terça parte nossos presídios era ocupada por bandidos que atravessaram para o lado mineiro da ponte de Paraibuna.

Agora, quando a polícia do Rio decide aceitar o desafio proposto pelos traficantes, com dezenas de mortos e destruições, é hora de botar a barba de molho. Juiz de Fora vive o perigo de se tornar alternativa para os bandidos acuados.  

Evidente que os aparelhos de segurança pública em Minas estão atentos. Mas a população precisa ser informada sobre o que, neste momento delicado, está sendo feito para defendê-la de visitantes indesejáveis.

2 comentários:

  1. Prezado Wilson:

    Comento aqui não esta última publicação, mas o lançamento do blog.

    Seu texto, seu longo, qualificado e preciso trabalho jornalístico, seu conhecimento da cidade e outros tantos atributos dispensam maiores apresentações. Já esta passagem para o ambiente web, para o blog, hoje bastante consolidado como veículo, é ao mesmo tempo progressão natural e sinal de sua permanente conexão ao seu tempo.

    Novidade muito bem-vinda para seus leitores que, assim, continuarão em contato consigo. Demonstração de seu vigor pessoal e jornalístico, que saudamos com entusiasmo.

    Boas vindas, bom trabalho!

    Abraço de leitor, blogueiro e admirador!

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