sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quase centenário

O jornal “O Município”, certamente o mais antigo de Minas, marca hoje os 95 anos de circulação. Quem recebe amanhã, para comemorar, com baile oficial, é o prefeito de Pequeri, Raul Salles, que o considera patrimônio da cultura de toda a Zona da Mata. Quando começou a circular, em 29 de abril de 1916, por iniciativa do coronel Joaquim José de Souza, o jornal, então chamado ”Gazeta Municipal”, tinha como inspiração a emancipação de Bicas, então ligada a Guarará. A autonomia seria alcançada sete anos mais tarde. Durante meio século a circulação se deveu a José Maria Veiga.
O prefeito Raul informou que o acervo de “O Município” está tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artistico.



Chapa única

Políticos ligados ao deputado Júlio Delgado e ele próprio trabalharam, durante a semana, para que o PSB caminhe com chapa única na renovação do diretório municipal e da executiva, no dia 7 de maio. O que parece certo de ser obtido.
O registro de chapas pode ser feito até a próxima terça-feira.


Insistência

O secretário de Estado da Saúde, Antônio Jorge Marques, não revela se está em seus planos disputar a prefeitura no próximo ano. Em Belo Horizonte, seu partido, PPS, o tem como nome certo na chapa para a Câmara Federal em 2014.
Sobre a possível candidatura a prefeito, quem mais a deseja e vai insistir para que se viabilize são os pretendentes à vereança. Antônio Jorge impulsionaria a chapa.




((((( Já enfraquecidos, corroídos por dentro e por fora, os partidos políticos fecham a semana com mais um revés, depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu que o suplente de deputado que se afasta não é o mais votado de sua legenda, mas da coligação.
As combinações casuísticas que coligam interesses ficam acima dos partidos. Com isto, nas futuras eleições os grandes, escaldados, vão ser mais severos ao se coligarem, aceitando candidatos que possam ajudá-los; mas ajudar apenas o suficiente. Ou seja, manter sempre a cabeça acima das pernas ))))).



(Publicada também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Um sinal para o PMDB

As eleições municipais que vão se realizar no próximo ano serão importantes por si mesmas, mas com um toque especial para o PMDB. É com base no desempenho que obterá nos grandes cenrtro eleitorais que o partido vai considerar a possibilidade e conveniência de partir para um outro projeto, a disputa da presidência da República, em 2014. Se for caso, e se os mapas eleitorais se mostrarem favoráveis aos peemedebistas, pode ser que não tenha longa duração a convivência com o governo Dilma, pois ela, antes de todos, já vai se preparando para disputar novo mandato.
O partido de Michel Temer precisaria readquirir o jeito de comandar a presidência, pois nos últimos tempos tem preferido estar à sombra do governo sem ter de assumir os ônus dele. .
Ainda sobre o PMDB, lia-se, ontem, um comentário de Marcelo Frank sobre um receituário importante:
_ O partido segue religiosamente o seu manual, elaborado por Michel Temer. Ali se diz que o partido aliado no poder deve sempre estar inseguro com a parceria. Com isto, deve fazer mais concessões de parcelas do poder, para evitar uma concorrência futura.

Unidade tucana


O deputado federal Marcus Pestana, presidente estadual do PSDB, chega à cidade na manhã de domingo, e vai direto para a sede do partido, onde se realizará a convenção municipal. Já tida como certa a eleição do vereador José Laerte para a presidência da executiva, ele acha que o partido vai caminhar no sentido de consolidar sua unidade em Juiz de Fora, o que deve se tornar ainda mais evidente com o registro de chapa única no diretório. A chapa única, aliás, é parte da tradição dos tucanos locais. Hoje, segundo o deputado, estão sendo acertados os últimos detalhes para a escolha dos demaks nomes que vão integrar a executiva. A secretaria-geral poderá ficar com Luiz Eugênio.
Os convencionais estarão votando entre 10h e 12h.

As coligações

Os debates que ontem se estenderam no Supremo Tribunal Federal em torno da precedência para a posse de deputados suplentes em coligações revelaram que elas estão cada vez mais arranhadas na organização partidária. E, como o fim desse sistema de alianças figura entre as principais propostas da reforma política, supõe-se que os argumentos em sua defesa vão ruíndo rapidamente.


((((( O senador Roberto Requião passou a fazer parte da galeria dos políticos que detestam perguntas que incomodam. Arrancou um gravador das mãos do repórter interessado em saber como o representante paranaense explica suas manobras para engordar as aposentadorias. Pouco antes, de volta à Idade Média, o Senado decidia que perguntas de jornalistas agora devem ser formuladas por escrito e com cinco dias para serem respondidas. Certos soberanos da antiguidade, como os senadores de hoje, não se importavam tanto com as batalhas perdidas, mas mandavam matar quem trouxesse a má notícia ))))).


(coluna publicada também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lista completa

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral não se pronunciam sobre a conveniência de se ampliar o número de partidos, além dos 30 que já são reconhecidos. Mas é bem provável que considerem suficientes as legendas registradas, desestimulando novos pedidos, que andam pela casa das duas dezenas, quase todos com programas e propostas insuficientes, o que não é o caso do PSD, que está sendo lançado pelo prefeito Gilberto Kassab, de S.Paulo. Este, mais que todos os outros somados, mostra-se viável, com capacidade para absorver pequenas legendas já existentes, além do Democratas.
A política brasileira tem pouco a ganhar com a profusão de siglas, quase sempre movidas por projetos oportunistas, sem propostas programáticas. Entre elas, as existentes ou as que aguardam registro, 18 tratam do trabalhismo.


História de Benfica

Amanhã, às 19h30m, o Instituto Histórico e Geográfico abre o programa anual de palestras, em sua sede, no edifício do Museu Credireal. Segundo o presidente, Vítor Valverde, a primeira palestra estará a cargo do coordenador da Biblioteca Municipal, Vanderlei Tomaz, que falará sobre Histórias de Benfica.


Repassando


No restaurante Satyricon, no Rio, almoço informal reuniu o senador Itamar Franco, o presidente da Cemig, Djalma Morais, e o ex-deputado Marcello Siqueira. Veteranos conhecedores da política local, aproveitaram para rever alguns fatos curiosos.



PCdoB no páreo

Não é encenação. O PcdoB deve mesmo chegar a 2012 animado em lançar candidato próprio à prefeitura de Juiz de Fora. Se for o caso, o candidato será Wadson Ribeiro, cacifado pela votação que obteve aqui no ano passado (cerca de 20 mil votos) como candidato a deputado federal. Com tal disposição, já se sabe que seu nome vai figurar nas pesquisas que vêm aí.



Velho critério

Dentro de algumas semanas, as primeiras do segundo semestre, os partidos começam a tratar dos critérios que vão orientá-los na produção das chapas de candidatos a vereador, o que acontece muito antes de se pensar em nomes para a prefeitura. O primeiro compromisso, do qual nenhum deles escapa, é que seus atuais vereadores têm lugar cativo nas chapas para disputar a reeleição.
Os pequenos partidos já conhecem o “caminho das pedras”: eles organizam suas chapas evitando candidatos com chance isolada de êxito, mas optam por vários com previsão de votação média de votos, como em 2000 fez o PSL, que apresentou apenas candidatos com potencial de 700 votos, elegendo Lafayette Andrada, com pouco mais acima da média. No conjunto, eles dão oportunidade de o partido ganhar uma ou duas cadeiras.


Planos de coligação

O senador Aécio Neves propõe que sejam avaliadas, no interior de Minas, as possibilidades de o PSDB e o DEM se coligarem, mas quando as situações indicarem possibilidade de segundo turno. Os primeiros contatos começariam logo:
_ Vamos fazer, na próxima semana, uma avaliação com os outros municípios que ficarão restando, onde nós não fizermos convenção para ver como encaminhar. Vamos sentar com a direção do DEM e começar, de forma muito clara, as conversações através das direções nacionais, essa é a questão nova: definir já as alianças.


__ O senador paulista Aloysio Nunes Ferreira é o primeiro a rompe, publicamente, com as esperanças no governo Dilma e com a possibilidade de ela tornar-se essencialmente diferente do padrinho e antecessor. Acha que tudo já vai caminhando para o mesmismo, a rotina e os velhos figurinos.

(publicada também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS)

terça-feira, 26 de abril de 2011

O suplente de senador

O senador deve ter suplente ou ser substituído e sucedido pelo candidato imediatamente mais votado depois dele? A discussão é bem antiga, mas agora, na proposta de reforma política, está sendo sugerida uma solução intermediária, longe do ideal: o senador já não teria dois, mas apenas um suplente. A suplência é discussão antiga. Cerca de quinze anos passados surgiu no Congresso o primeiro projeto para eliminar essa figura dispensável, pois se trata de eleição majoritária. Há dias, o deputado maranhense Domingos Dutra protestou contra a demora do Congresso em corrigir uma discrepância tão evidente.


Animação

A julgar pelas articulações que se desenvolvem nos partidos, vários deles retocando as comissões provisórias e diretórios, a campanha eleitoral de 2012 será das mais movimentadas, o que se confirmaria também se fossem mantidas as seis candidaturas a prefeito que vêm sendo cogitadas.
Nos próximos dias estarão mexendo em seus comandos municipais o PSDB, PSL e PSB.


Resistência

Entre as questões que ainda não foram solucionadas nas relações do PMDB com o governo da presidente Dilma está a participação do ex-ministro Hélio Costa, que, em nome da aliança, disputou o governo de Minas. Sua lealdade à aliança ainda não teve a correspondência do PT. Sem ser convidado, seu nome foi citado para posições as mais variadas, desde a presidência de Furnas até a embaixada em Cuba. Mas apenas citação.
Hoje, passados seis meses, ficou evidente que Hélio saiu da campanha duplamente credor: trabalhou para Dilma sem ter a reciprocidade do PT.


Bem entendido

O TSE deve ter percebido que tem tudo para criar dúvidas e problemas com a Resolução que insinua não constituir infidelidade e perda de mandato do agente político que deixar o partido em que se sentir perseguido e constrangido. Promete deixa a coisa suficientemente explicada, no momento oportuno.


Saudades

As sucessivas intervenções do ex-presidente Lula em assuntos políticos, além de se oferecer para fazer palestras pagas, denunciam que ele começa a sentir a ausência do cargo. Esse sentimento de orfandade está entre os males da reeleição no Poder Executivo. Para quem fica oito anos no cargo é inevitável sentir saudades dos bons momentos.



(Torna-se perigoso para políticos e partidos traçar linhas de conduta e acertar acordos, quando ainda faltam dezoito meses para a sucessão municipal, pois “a política é como as nuvens, em um momento são uma coisa; olha-se depois e tudo está diferente”. (a frase famosa é atribuída a Magalhães Pinto, mas quem a inventou foi Raul Soares).


(Publicada também na edição de hoje do TER Notícias)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Conciliar para vencer

Com necessária antecedência, para não permitir que os problemas se cristalizem, e aí as soluções ficam mais distantes, o vereador José Figueirôa se lançou, por conta própria, à tarefa de estabelecer uma linha permanente de diálogo no PMDB, com vistas à sucessão municipal em 2012. O objetivo é impedir que escapem do partido os instrumentos essenciais para disputar a prefeitura em condições favoráveis.
O projeto de entendimento do vereador, que vai ser intensificado nos próximos dias, está centrado, num primeiro passo, no ex-prefeito Tarcísio Delgado, cuja corrente tradicionalmente comanda o partido, e Bruno Siqueira, que tem a seu favor o fato de ser o único deputado do PMDB. Mas, na primeira linha das conversações, Figueirôa inclui o deputado Júlio Delgado, não só por ser considerado candidato natural do PSB, como também por ser filho de Tarcísio.
O vereador não ignora que se trata de missão difícil, a começar pelo fato de que as partes interessadas ainda não confiam totalmente na sinceridade de seu propósito.


PSB vai renovar

Já convocados por edital, os filiados ao PPS de Juiz de Fora (cerca de 120) sabem que no dia 6 de maio estarão renovando a composição do diretório municipal e este, no mesmo dia, elegerá nova executiva. Esses dirigentes é que terão a missão de preparar a legenda socialista para as eleições do próximo ano.
Quanto à composição da executiva, apenas dois dados são conhecidos. O primeiro é que o atual presidente, José Carlos de Paula, não manifesta interesse em disputar novo mandato. O segundo dado, conhecido mas ainda não confirmado, é que o ex-vereador e atual suplente de deputado Juracy Scheffer será candidato, talvez encabeçando chapa única.
As chapas poderão se inscrever no dia 3, entre 9h e 17h, na sede do partido, Rua Machado Sobrinho, 139.


PSL vê novos planos

O PSL é mais um partido que pretende reorganizar seus projetos em Juiz de Fora. No dia 7, membros da executiva estadual chegam à cidade para os primeiros contatos com a comissão provisória, quando também deverão falar sobre as relações do partido com o governo Anastasia, que tem seu apoio. Haverá uma reunião aberta a todos os interessados, às 15h30m, no Hotel César Palace.
A comissão que se encarregou de reorganizar o PSL é presidida por Carlos Araújo, tem como vice sargento Castilho e secretário J.M. Bonfante.



Fidelidade duvidosa

A fidelidade partidária, já instituída pelo Judiciário, pode estar sendo condenada ao mesmo fracasso da Lei da Ficha Limpa, que naufragou por causa de sutilezas de interpretação. Para manter certa coerência nas relações entre os agentes políticos e as legendas que os abrigam, criou-se a exigência da fidelidade, mas veio do TSE uma brecha, que pode perturbar a aplicação do dispositivo. Diz a Resolução que o detentor de mandato não o perderá, caso se desfilie quando se sentir vítima, em seu partido, de “grave discriminação”. Essa discriminação pode ser de difícil comprovação, como também facilmente aplicável se interesses paralelos se conciliarem.
Mas, antes de tudo, mais complicado ainda seria definir a perseguição interna como justificativa para um deputado mudar de legenda. Ou muito fácil: bastaria alegar constrangimento, quando uma proposta sua for considerada inaceitável pelos dirigentes.


Dilma e os nossos minérios

Já se sabia que a coincidência das comemorações de Tiradentes com a Quinta-Feira Santa limitaria a repercussão dos discursos políticos em Ouro Preto; discursos que foram importantes, mas é de se temer que, pelo mesmo motivo, o que foi dito acabe no esquecimento. Trata-se da posição adotada em relação aos interesses do estado quanto à exploração das riquezas do solo mineiro, as mesmas que, defendidas por Tiradentes, levaram ao 21 de Abril de 1792.
Primeiro, o prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo, depois o governador Antônio Anastasia, denunciaram que Minas não pode continuar assistindo à exploração dos seus minérios, recebendo por isso a migalha de 2%, além das feridas que a indústria extrativa deixa no solo. A presidente Dilma Rousseff estava presente, falou e garantiu, enfática, que seu governo vai corrigir essa injustiça. A conferir.
O assunto não é recente. Esteve na campanha eleitoral do ano passado em Juiz de Fora. Era um dos temas do candidato do PSL, Omar Peres.


(Publicado também na edição de hoje do TER Notícias)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Na ponta do dedo

A se confirmarem as previsões do Tribunal Superior Eleitoral e o entusiasmo do seu presidente, Ricardo Lewandowisk, quando os juiz-foranos forem às urnas, em 2012, para eleger prefeito e vereadores, já vão se valer da identidade biométrica. A menos que ocorram dificuldades financeiras para a Justiça ou problemas técnicos, a cidade estará entre as 4.500 que certamente obterão esse avanço em primeiro lugar.
Esse novo acesso que o processo eleitoral abre à tecnologia encontra resistências, tal como ocorreu quando chegaram as urnas eletrônicas. Mas a inovação vai eliminar, de vez, qualquer tipo de suspeita quanto a fraude. Porque, como registra a Wikipédia, “os sistemas chamados biométricos podem basear o seu funcionamento em características de diversas partes do corpo humano, por exemplo os olhos, a palma da mão, as digitais do dedo, a retina ou íris dos olhos. A premissa em que se fundamentam é a de que cada indivíduo é único e possui características físicas e de comportamento distintas”.


Pouca repercussão

As celebrações de Tiradentes, em Ouro Preto, sempre ganham repercussão política, por causa dos discursos oficiais. Talvez não este ano, por causa da coincidência do 21 de Abril com a Quinta-Feira Santa.


Sem referência

O DEM, se anda caminhando sobre dúvidas em todo o País, não é exceção em Juiz de Fora. Os militantes, aqui liderados pelo ex-vereador Romilton Faria, não sabem se persistem ou se tomam os rumos do PSD criado por Kassab. Há uma tendência de os filiados se diluírem, escolhendo legendas diversas ou simplesmente abandonando a militância.
Antes, o diretório municipal acompanhava o ex-deputado Edmar Moreira. Depois, dava obediência ao senador Eliseu Resende, que morreu no ano passado.

Os candidatos

Segunda-feira, numa roda de políticos, durante almoço no restaurante da Assembleia, um dos assuntos era a eleição do prefeito de Juiz de Fora no próximo ano. Conversa puxada por gente do PV. Há oito nomes com frequência citados como possíveis postulantes, mas candidato com certeza, já desde agora definido, é Custódio Mattos.



Bom para o PT

Para um razoável número de cronistas políticos pode ocorrer de os ex-presidentes Fernando Henrique e Lula polarizarem as divergências em torno das questões momentosas do País. Seria difícil manter esse debate, mas, se de fato ocorrer, será proveitoso para o governo Dilma, que ficaria preservado, longe do tiroteio.


Reconstrutor

Em Minas, o PTB estuda plano de ação destinado a renovar suas representações nos principais municípios do interior, o que seria feito já nas primeiras semanas do segundo semestre, para que as mudanças tenham reflexos na campanha eleitoral do próximo ano. Mas é sabido que não haverá alteração em Juiz de Fora. O diretório continuará confiado ao médico Rogério Ghedin, que terá a missão de reconstuir o partido, depois da passagem sinistra do pastor alberto bejani pela prefeitura. O fato de estar exercendo atividade profissional em outro estado não seria impedimento.


(Publicada também na edição de hoje do TERNotícias)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sobre o novo Fórum

A prefeitura não disputa com o estado terrenos no final da Avenida Rio Branco, como foi divulgado ontem nesta página; pelo contrário, o que se pretende é participar da negociação, oferecer o espaço ao estado para a construção do novo Fórum. Em trocca, o município ficaria com as instalações do Benjamin Colucci, que passarão a abrigar os serviços da Secretaria de Saúde. A informação e do secretário de Administração, Vítor Valverde, para quem a nova localização dos órgãos da Justiça em nada afetaria futuros planos de expansão da Avenida.
Segundo ele, os terrenos pretendidos serão suficientes para todos os serviços da Justiça, incluindo os cartórios eleitorais e o Ministério Público.


O que muda?

Em Minas, o Partido Verde espera que o comando nacional supere divergências internas com a senadora Marina Silva, e depois saber o que fazer com as comissões provisórias no interior. Quanto a Juiz de Fora, chegado o momento de fazer mudanças, a executiva estadual vai querer ouvir o fundador, José Elías Valério.

Protesto no táxi

Duas vezes adotada e outras tantas banida, foi retomada a decisão da Settra de proibir ligeiras paradas de táxis na Avenida Rio Branco para embarque e desembarque de passageiros. O protesto é geral, mas principalmente dos idosos que frequentam clínicas e consultórios, em sua grande maioria na Avenida, onde, ao contrário, são tolerados os caminhões de coleta de lixo, que não se contentam em estacionar. Interrrompem e engarrafam o tráfego.


Obras em escolas

O deputado Lafayette Andrada tornou-se secretário de Defesa Social, mas está acompanhando a evolução de ações políticas anteriores, quando ainda estava na Assembleia Legislativa. No final do ano passado, ele fez o levantamento da situação das escolas locais quanto a obras diversas e o mobiliário. Ontem, recebeu mensagem do secretário de Governo, Danilo de Castro, informando sobre a liberação de R$ 420 mil para as escolas Olavo Costa, Emílio Esteves dos Reis, Maria das Dores de Souza, Fundamental e Médio, Lindolfo Gomes, Aly Halfeld, José Freire, Fernando Lobo, José Sainr Clair, Maria Elba Braga, Francisco Bernardino, Teodoro Coelho, Tiradentes, Sebastião Patrus, Maria de Magalhães Pinto, Duque de Caxias e Padre Frederico.




Cuidados com a prévia

Preocupado se pode acabar desagradando a mineiros ou paulistas, o PSDB ainda não sabe exatamente como reagir ao projeto do senador paranaense Álvaro Dias que torna obrigatória a realização de prévia partidária para a escolha de candidatos. O temor sugere cuidados, porque no ano passado quem a pretendeu foi Aécio Neves, sob visível contrariedade dos tucanos de São Paulo. Álvaro adotou a paternidade da ideia, já pensando em prévia na eleição de 2014, mas agora com caráter eleitoral bem definido.
Todos concordam, contudo, que é assumnto para ser resolvido logo, porque, decidida a consulta, o PSDB terá de recadastrar todos os filiados.

Pelos idosos
Entende o vereador Isauro Calais que as políticas de defesa e promoção dos idosos não podem ficar restritas às iniciativas federais, aliás muito modestas. Para ele, importante é estender essas políticas para o âmbito municipal. Até porque, é a comunidade que tem os idosos, com eles convive e conhece seus problemas.
Ontem, em coletiva à imprensa, o vereador fez uma primeira exposição sobre iniciativas que a Câmara pode pretender, bem como a criação de comissão especial para trataer dessa população.

(Publicado também na ediçãode hoje do TER Notícias)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Renovação no tucanato

O comando municipal do PSDB será renovado no dia 1º de maio, e entram em fase final as conversações para que os grupos internos se ajustem. O atual presidente, Rodrigo Mattos, está no segundo mandato, e o estatuto do partido impede que ele dispute o terceiro. Mas os tucanos que acompanham a liderança do prefeito não gostariam de ver o vereador ausente da executiva, e podem trabalhar para que ele fique com a vice-presidência.
Considera-se que outro vereador, José Laerte, pode somar votos suficientes para comandar o diretório, o que também seria do agrado do deputado federal Marcus Pestana, agora presidente do partido em Minas.
Marcus, embora com quase todo seu tempo dedicado a Brasília, tem cuidado de acompanhar a política municipal. Há dias, sobre esse mesmo assunto, ele teve longa reunião com o senador Itamar Franco, do PPS. Há sinais de que as duas legendas vão discutir a possibilidade de caminharem juntas na sucessão municipal.


Voto como obrigação

Passando à frente da Câmara, o Senado Federal apresentou propostas que entende serem essenciais à reforma política, duas delas capazes de marcar presença no grande projeto que se pretende aprovar antes de outubro, o que permitiria já inovar alguma coisa no pleito de 2012. É o caso do financiamento público das campanhas e o fim das coligações em eleição proporcional.
Mas, se a comissão especial do Senado que tratou da matéria sugere esses passos à frente, também vai contra a tendência das modernas democracias ocidentais ao recomendar que seja mantido o voto obrigatório. A comissão deve ter sido influenciada pelo antigo temor de que, desobrigado, o eleitor vai trocar a urna por um fim de semana no litoral. Depois, se safa dos castigos pagando multa simbólica.
A liberalidade devia ser adotada, ainda que houvesse risco de volumosa abstenção. O voto obrigatório tem facilitado o protesto raivoso. E, em rigor, a obrigação que o eleitor tem é comparecer à seção. Pode anular o voto, que é uma forma de estar ausente do processo.


Presença na Copa

Já se falou sobre a possibilidade, muito remota, de a cidade ter participação, ainda que modesta, na próxima Copa do Mundo, caso o Brasil consiga até lá cumprir todo um cronograma de obras e estrutura de prestação de serviços. Mas, há alguns detalhes a considerar, que devem ser estudados para a eventualidade. Na semana passada, mesmo sem alimentar sonhos, o Senac promoveu encontro de entidades diretamente interessadas para debater.
Entre as exigências que se fazem a uma sede de jogos e preparativos estabelece-se que as seleções fiquem próximas de hospitais bem estruturados. No caso local, duas dessas unidades distam apenas um e dois minutos de onde ocorreriam a emergência. A FIFA exige que os jogodores voem, no máximo, 60 minutos, o que coloca o aeroporto regional em condições de prestar o serviço. Quanto à dimensão dos campos, tratando-se de seleções mais modestas, há os estádios municipal e da Universidade Federal.
Não custa se preparar para uma possibilidade, ainda que distante.


Justiça busca novo espaço


Começou em 2002 a discussão em torno da necessidade de um novo Fórum, quando as atuais instalações, na Rua Marechal Deodoro, já comprometiam o trabalho das Varas, dos cartórios e dos serviços de apoio. O prédio vem da década de 60, no governo Israel Pinheiro, depois ampliado em apenas um pavimento, o máximo que pôde suportar quando a demanda exigia muito mais.
Há dias, através do Tribunal de Justiça e Secretaria de Obras, foram retomados os estudos para construção de uma nova sede. Anos atrás, falou-se na possibilidade de o estado ocupar o espaço do atual Terreirão do Samba, ideia logo descartada, citando-se vários inconvenientes. Agora, ainda que não seja do agrado de muitos advogados e serventuários, fala-se em uma área próxima ao Supermercado Carrefour, onde outra dificuldade é que a prefeitura também demonstra interesse pelo terreno, que pode, no futuro, facilitar a extensão da Avenida Rio Branco. /
Onde quer que se localize o novo Fórum, não é obra para ser iniciada de imediato, pois, para tanto, o governo do estado vai pretender, como primeiro passo, vender o imóvel em que se encontar o atual, para, com o dinheiro obtido na transação, talvez algo em torno de R$ 45 milhões, dar início à construção.
Quem trabalha para aplicar a Justiça ou depende dela terá de amargar mais algum tempo de desconforto.




Dilma entre o querer e o poder

Faltando pouco para completar o prkimeiro quadrimestre de sua investidura, a presidente Dilma vai colecionando pontos que, se não divergem, pelo menos mostram diferenças em relação a seu antecessor. É mais discreta, dispensa o falatório inútil e, nos encontros com seus assessores, prefere soluções imediatas, sem reuniões protelatórias.
Antes mesmo de se concluir se está certa ou errada, reconheça-se que ela tem direito de adotar seu próprio estilo de trabalho.
Vai daí que se tornam numerosos os que antecipam conflitos entre ela e Lula, que, se ocorrerem, serão para o futuro.
Mas Dilma começa a enfrentar o que, não raro, enfrentaram os presidentes eleitos por força de esquemas políticos poderosos ou sob bênçãos de grandes lideranças populares. A presidente vive a relação entre dois polos éticos, como há vinte e três anos o senador Artur da Távola diria a respeito das dificuldades de Fernando Henrique: a ética do pensamento e a ética da responsabilidade.
Quanto ao pensamento, ela não pode deixar de reconhecer que é fruto de monumental estrutura política que Lula montou e executou. O segundo polo ético é o da responsabilidade, já que se tornou presidente de todos os brasileiros, não apenas dos que a elegeram. Pensamento e ação são, portanto, questões éticas desafiantes, das quais certamente não tem como escapar. O sociólogo Max Weber falava sobre isso em 1904.
No caso de Dilma, esquerdista revolucionária, oriunda da resistência armada à ditadura, um outro exemplo claro e recente: pelo pensamento de quem pegou em armas em nome dos oprimidos, o novo salário mínimo que ela fixou não podia ser a miséria que se viu. Mas a responsabilidade da governante impôs coisa diferente. Em suma: quando se está na oposição é mais fácil defender convicções.


*** O reitor Henrique Duque, que retorna de uma viagem à Europa, pode sinaliazar financiamento externo para obras no Parque Tecnológico. Como toda instituição federal, a UFJF deve se preocupar com as ameaças de corte nos orçamentos federais.


*** Entidades que atuam no campo dos direitos humanos dedicam o resto do mês a estudar o texto da minuta do projeto que Conselho das Políticas sobre Drogas. Todas assustadas com o sinistro aumento do consumo de crake entre os jovens.

*** Passagem do ano e carnaval indicaram significativo aumento nos acidentes fatais nas rodovias. A Semana Santa preocupa. As condições das pistas ajudam nas estatísticas, mas as autoridades rodoviárias garantem que a imprudência dos motoristas continua em primeiro lugar.

*** O governador Antônio Anastasia vai figurar entre os agraciados com a Comenda Henrique Halfeld, no ponto alto das comemorações do aniversário da cidade.


*** Estão sendo propostas ao prefeito Custódio Mattos mudanças na metodologia de cálculo da depreciação de imóveis tombados. O objetivo é estimular o proprietário a conservar o bem que for considerado importante para a história e a arquitetura do município, de forma que pague menos imposto. O cálculo proposto fala em até 50% sobre o valor venal.


*** Duas vezes adotada e outras tantas banida, foi retomada a decisão da Settra de proibir ligeiras paradas de táxis na Avenida Rio Branco para embarque e desembarque de passageiros. O protesto é geral, mas principalmente dos idosos que frequentam clínicas e consultórios, em sua grande maioria na Avenida, onde, ao contrário, são tolerados os caminhões de coleta de lixo, que não se contentam em estacionar. Interrrompem e engarrafam o tráfego.

domingo, 17 de abril de 2011

Desinteresse pela reforma

Corre solta nas câmaras municipais a discussão sobre a reforma política que o Congresso está propondo. Em São Paulo, são poucas as que ignoram o assunto. Quanto a Juiz de Fora, os vereadores parecem desinteressados, mesmo sabendo que as mudanças podem afetar seus projetos em fututo próximo.

Intervalo

A chegada da Semana Santa vai decretar a paralisação das atividades políticas. Tudo fica para ser tratado e resolvido depois da Páscoa, o que incluiu acertos para a renovação das executivas municipais dos partidos, que, alteradas agora, terão poder de decisão nas convenções do próximo ano, quando se elegem prefeito e vereadores.

JF na lista

O PSD, novo partido que Kassab e Afif Domingos criaram em São Paulo para ocupar espaços do exaurido DEM, já tem Juiz de Fora na lista dos municípios mineiros onde se pretende criar, de imediato, comissão provisória. Pode ocorrer de o coordenador local sair das fileiras do PHS, que ainda não conseguiu progredir.

Duvidoso

A legenda que acaba de ser proposta por Kassab não é a única tentativa de ampliar o papel do sistema partidário brasileiro, onde já se acotovelam 32, sem contar quase outras tantas que estão batendo à porta do TSE pedindo registro.
Persiste a dúvida: o excesso de partidos fortalece ou pulveriza a representação políticas nas casas legislativas?

Juízes de paz

Em junho vão se completar dois anos da publicação da decisão da Justiça determinando que os governos estaduais se preparassem para convocar os eleitores e pedissem seu voto para juiz de paz, que três décadas passadas eram escolhidos pelo voto direto. Concluiu-se que não fica bem o Juizado de Paz ser ocupado pela via da preferência política dos governadores, mas a voltar à prática da eleição caiu no esquecimento.

Esforço em vão

Acabou que a comissão de senadores encarregada de propor a reforma política cedeu à tentação de ficar bem com a população feminina, e sugeriu uma escala na formação das chapas de candidatos a vereador e deputado. A proposta é para que nas listas aprovadas em convenção sejam intercalados homens e mulheres, resultando a distribuição equânime.
É uma intenção que a prática vai condenar ao fracasso. Poucas mulheres manifestam interesse em disputar. Hoje. como há dispositivo legal determinando que a elas sejam assegurados 30% das vagas, os partidos acabam recorrendo a senhoras e senhoritas absolutamente inviáveis.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Contra as drogas

Hoje, na Câmara, às 19h, abre-se um período de apreciação da minuta de uma proposta de criação do Conselho Municipal de Políticas Integradas sobre as Drogas. Essa minuta já está com o vereador Flávio Cheker, que se entusiasmou com a ideia.
Marcelo Frank, que representa nesse movimento a Secrertaria de Estado do Desenvolvimento Social, define a importância do novo Conselho:
“O crescimento do uso de drogas, sobretudo o crack, tem trazido impactos preocupantes nas áreas de segurança pública, saúde e assistência social. A população de rua de nossa cidade, segundo aqueles que lidam neste segmento, tem demonstrado o agravamento da questão do uso do crack com efeitos preocupantes para toda sociedade.”

Velha disputa

Entendem os observadores políticos que o recente e longo pronunciamento do senador Aécio Neves sobre o papel da oposição ante o governo Dilma deixou a questão bem definida, sem, contudo, remover os temores de que os tucanos mineiros e paulistas conflitam quanto à liderança. É uma queda de braços antiga, que no ano passado contribuiu para enfraquecer o PSDB na corrida presidencial.



Olho na reforma

Muitos só estarão dispostos a definir seus projetos políticos depois que o Congresso sinalizar, com segurança, os rumos da reforma política. Entre eles, o ex-prefeito José Eduardo, acessível a um plano em que possa tornar-se candidato a vice-prefeito em 2012.


Militância nova

O PPS, do senador Itamar Franco e do secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge, será um novo peso na próxima campanha eleitoral, embora o partido não tenha definido se faz parte de seus planos disputar a sucessão com candidato próprio.
A legenda já nasceu com cerca de dois mil filiados, que foram para as ruas na campanha de Itamar, Aécio e Anastasia.


Vice-presidente

A Minas Participações, que tem o estado como principal acionista, está empossando Edmar Moreira na sua vice-presidência, eleito com base em indicação do Partido da República. A propósito do partido, em Juiz de Fora a comissão provisória continua esperando que Edmar, seu presidente, indique os rumos a serem seguidos aqui.


Marin Melquíades

Sepultado, ontem à tarde, no Parque da Saudade, o corpo do jornalista Marim Toledo Melquíades, que nos últimos trinta anos militou na imprensa de Petrópolis, mas sua carreira começou em Juiz de Fora, como editor do Diário da Tarde, onde produziu algumas das reportagens mais polêmicas da imprensa local. Morreu vítima de infarto.

(Coluna de hoje no TER Notícias )

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Notas do dia 13

Sem alternativa





Tomando-se o mapa das cidades brasileiras em que o PMDB tem comando consolidado, dificilmente se encontrará uma que se compare a Juiz de Fora. Quatro décadas atrás, o partido (e seu antecessor, MDB) teve momentos sob o comando de Sílvio Abreu Júnior ou Itamar Franco, mas em quase toda a sua trajetória quem o dominou foi mesmo o grupo de Tarcísio Delgado. Mesmo derrotado na disputa pela prefeitura, no ano passado, não é fácil admitir que ele tenha disposição de se retirar, o que valeria a entregar o partido a outra facção.

Posta tal contingência, escapando alternativa aos peemedebistas, não seria surpresa a candidtura de Tarcísio em 2012.





Documentos




Cerca de duzentos documentos de Alfredo Ferreira Lage, referentes ao Museu Mariano Procópio, e até agora desconhecidos do grande público, foram localizados por Douglas Fasolato junto a descendentes daqueles beneméritos. Alfredo foi quem doou ao município o acervo do Museu, hoje administrado por Fasolato.







As mazelas




O prefeito Custódio Mattos diz que alimenta a esperança de ver a reforma política ser realidade, o quanto antes. Para ele, está suficientemente demonstrado que a ausência dessa reforma tem contribuído demais para a prática da corrupção.

Ao pedido para que aponte uma prioridade entre os itens que compõem o projeto de reforma, ele diz que ficaria bem se as mudanças começassem pelo expurgo das coligações em eleições proporcionais.







Primeiro os meus...




Dos 513 deputados que assumiram em 1º fevereiro metade tem parentes, ex-mulheres e namoradas trabalhando em seus gabinetes, segundo revela levantamento feito pelos jornalistas Edson Sardinha e Renata Camargo. No total, 271 cargos. O PMDB é o campeão, com 55 gentilezas familiares.







Praça renovada




O secretário municipal de Administração, Vítor Valverde, foi a Belo Horizonte, ontem, para uma reunião com dirigentes dos Institutos de Patrimônio Histórico estadual e federal. Na pasta, os estudos para a revitalização da Praça da Estação, já garantida uma parceria com a MRS.


Lei duvidosa




Cercada de dúvidas, a Lei da Ficha Limpa passou pelas fases de debate, maturação, votação no Congresso e julgamento no Supremo, sempre tramitando em total insegurança. Os problemas se aprofundaram quando sobreveio uma insinuação sutil: o STF decidiu que a lei não valeu para 2010, mas não deixou implícito se valerá para 2012... O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowisk (foto) quer que se esclareça esse ponto, antes que os corruptos ganhem mais um round.

Posse e ressaca




Não é de agora que se discute mudança no calendário de posse de eleitos para cargos executivos, alegando-se as inconveniências do 1º de janeiro. No caso do presidente da República, seria a dificuldade da presença de estadistas estrangeiros. Mas o que realmente desagrada é uma solenidade de posse, com todas as formalidades, vir poucas horas após o reveillon e os sinais da celebração etílica...
Há anos, os prefeitos assumiam em 31 de janeiro e os presidentes em março. Livres dos incômodos da ressaca, ainda hoje os deputados só começam a trabalhar em 1º de fevereiro.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Da Coluna

(Ter Notícias Juiz de Fora)

Distrital em cotação

Trinta e oito por cento dos títulos eleitorais brasileiros estão em cidades com mais de 200 mil votantes, entre elas Juiz de Fora. Entretanto, ocupam apenas 2% do mapa nacional. Tamanha concentração certamente tem contribuído para estimular alguns senadores a debater a adoção do voto distrital municipal, talvez já em outubro de 2012.

Presença do PMN

Há uma tendência entre os dirigentes do PMN mineiro a levar o partido a ter candidato próprio em todos os grandes e médios municípios, independentemente de alianças e coligações. É um projeto que, na próxima semana, será exposto e proposto ao vereador Isauro Calais (foto), a quem caberia a missão de disputar, pois acaba de ganhar 25 mil votos na disputa de uma cadeira na Assembleia.


Cota feminina

Não se pode negar razão ao senador Itamar Franco quando define como discriminação a proposta de elevar para 50% a cota feminina nas chapas de candidatos em eleição proporcional. É impossível aperfeiçoar a democracia representativa pela via de favorecimento do gênero, porque ao tentar incluir acaba excluindo. Mais importante é fazer a mulher acreditar na política, antes de acreditar em eleição.
Demais, é preciso lembrar que, dez anos antes, a deputada Maria Elvira conseguiu transformar em lei a cota de 30%. E hoje os partidos passam maus momento para cumpri-la.


Velho preconceito

Antropólogo, doutor pela Universidade de Harward, Roberto Da Matta nasceu em Niterói, mas viveu bons anos da mocidade em Juiz de Fora, cidade que sempre considerou “muito fechada” e com acentuados lances de preconceito, citando como exemplo o homossexual Jacy de Souza. Mas, se abomina o tratamento diferenciado, reconhece que os preconceitos locais o ajudariam a interessar-se pelo estudo das intolerâncias sociais.
É o que ele acaba de dizer, ao agradecer ao vereador Castelar o título de Cidadão Honorário que há dias lhe foi concedido.

Disponibilidade
Não se sabe se o ex-vereador Gilberto Vaz de Melo desistiu de formar chapa e encabeçá-la para disputar o comando do diretório municipal do PSB. Nos primeiros dias do ano dizia-se entuasiasmado.

Vício antigo

Desconhece-se a razão de tamanha celeuma que ainda provoca a sincera confissão da presidente Dilma Rousseff sobre a frequente necessidade de acertar, individualmente, o apoio dos deputados para que o governo tenha matéria de seu interesse aprovada a tempo e a hora. É um misto paciência e sacrifício de princípios (quando existem) a que estão condenados todos os presidentes: os que já passaram e os que virão. Dilma não seria exceção.

Documentos

Cerca de duzentos documentos de Alfredo Ferreira Lage, referentes ao Museu Mariano Procópio, e até agora desconhecidos do grande público, foram localizados por Douglas Fasolato junto a descendentes daqueles beneméritos. Alfredo foi quem doou ao município o acervo do Museu, hoje administrado por Fasolato.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Proposta ousada

A reforma política, a mais prometida e mais adiada, recebeu, durante a recente campanha eleitoral, uma nova proposta, que ganha lugar entre as que mais afetam a atual organização partidária; e tanto afeta, que provavelmente exigirá grande esforço para ser incluída na pauta das discussões do Congresso. Partiu do ex-presidente e atual senador Itamar Franco a ideia de se pensar no candidato avulso; aquele que poderia disputar cargo eletivo sem a necessidade de estar filiado a qualquer partido. Para tanto, não faltaria a experiência única que tivemos na década de 30, e só naquela vez, pois logo veio a reação demolidora dos dirigentes de grandes partidos, que se viam prejudicados e desprestigiados. Com a mesma intensidade, essa reação certamente será reeditada, se o senador mineiro se dispuser a levar avante a proposta.
Mas, mesmo que o autor não consiga viabilizá-la, fica o sinal de que alguma coisa tem de ser feita contra a ditadura dos partidos, que esqueceram suas bases, impõem decisões laboratoriais nas convenções, escravizam os que dependem da legenda, além de terem sepultado seus compromissos programáticos.



Novo jornal

Começa a circular na segunda-feira, dia 11, o TER Notícias Juiz de Fora, com distribuição gratuita e tiragem inicial de 6.000 exemplares/dia. A iniciativa é do grupo empresarial fluminense que, ao lado de outras atividades, edita jornais distribuídos em terminais rodoviários de Niterói, Petrópolis e Macaé.
Antônio Braga, que foi o principal executivo da TV Panorama, está à frente da equipe que vai produzir o novo matutino.