domingo, 17 de abril de 2011

Desinteresse pela reforma

Corre solta nas câmaras municipais a discussão sobre a reforma política que o Congresso está propondo. Em São Paulo, são poucas as que ignoram o assunto. Quanto a Juiz de Fora, os vereadores parecem desinteressados, mesmo sabendo que as mudanças podem afetar seus projetos em fututo próximo.

Intervalo

A chegada da Semana Santa vai decretar a paralisação das atividades políticas. Tudo fica para ser tratado e resolvido depois da Páscoa, o que incluiu acertos para a renovação das executivas municipais dos partidos, que, alteradas agora, terão poder de decisão nas convenções do próximo ano, quando se elegem prefeito e vereadores.

JF na lista

O PSD, novo partido que Kassab e Afif Domingos criaram em São Paulo para ocupar espaços do exaurido DEM, já tem Juiz de Fora na lista dos municípios mineiros onde se pretende criar, de imediato, comissão provisória. Pode ocorrer de o coordenador local sair das fileiras do PHS, que ainda não conseguiu progredir.

Duvidoso

A legenda que acaba de ser proposta por Kassab não é a única tentativa de ampliar o papel do sistema partidário brasileiro, onde já se acotovelam 32, sem contar quase outras tantas que estão batendo à porta do TSE pedindo registro.
Persiste a dúvida: o excesso de partidos fortalece ou pulveriza a representação políticas nas casas legislativas?

Juízes de paz

Em junho vão se completar dois anos da publicação da decisão da Justiça determinando que os governos estaduais se preparassem para convocar os eleitores e pedissem seu voto para juiz de paz, que três décadas passadas eram escolhidos pelo voto direto. Concluiu-se que não fica bem o Juizado de Paz ser ocupado pela via da preferência política dos governadores, mas a voltar à prática da eleição caiu no esquecimento.

Esforço em vão

Acabou que a comissão de senadores encarregada de propor a reforma política cedeu à tentação de ficar bem com a população feminina, e sugeriu uma escala na formação das chapas de candidatos a vereador e deputado. A proposta é para que nas listas aprovadas em convenção sejam intercalados homens e mulheres, resultando a distribuição equânime.
É uma intenção que a prática vai condenar ao fracasso. Poucas mulheres manifestam interesse em disputar. Hoje. como há dispositivo legal determinando que a elas sejam assegurados 30% das vagas, os partidos acabam recorrendo a senhoras e senhoritas absolutamente inviáveis.

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