Passadas duas semanas de manifestações marcadas pela variedade de reivindicações, os estudantes das grandes capitais e também de Juiz de Fora entraram por um caminho que não dá sinais de final satisfatório. Querem o passe livre nos ônibus, sem que suas lideranças advirtam que a pretendida gratuidade importa em compensações na planilha de custos e insumos do transporte; o que vale dizer, passagens mais caras para os trabalhadores e donas de casa.
No Congresso, onde não faltam vozes para soluções delirantes, há quem veja no pré-sal a fonte de compensação. Ali o dinheiro ainda não existe, mas já vai sendo prometido por conta.
Preventivos
O que se diz é que grupos políticos andam se reunindo na cidade para discutir formas de fazer frente a um golpe, eventualmente resultante de agravamento do quadro político. Uma preocupação que no momento já parece superada, porque o risco real que houve foi na ideia, logo rendida de convocação da Assembleia Constituinte.
O que fazer?
A bola está nas mãos ou nos pés dos partidos da base do governo, capitaneados pelo PT. A0 missão, a ser cumprida com ligeireza, é mostrar aos milhões de eleitores menos esclarecidos como participar do plebiscito, em fins de agosto, sobre a reforma política. Tempo exíguo e assunto complexo, com variedade de itens. Como cumprir a tarefa hercúlea?
Para a oposição, esse plebiscito tem apenas a cara da intenção de desviar o País das manifestações de rua.
Alternativa
Na semana que já vai entrar, PSDB, DEM e PPS pretendem martelar no que lhes parece ser a alternativa adequada para o plebiscito que o governo propõe. É o referendo. Ora, se o Congresso Nacional já tem todo o texto da reforma amplamente estudado e debatido, por que não aprová-lo já, para ser depois submetido ao crivo do eleitorado?
Bombeiros
O deputado Lafayette Andrada, líder do governo na Assembleia, promete que vão melhorar os serviços dos bombeiros militares em Juiz de Fora. Baseia-se no fato de que a guarnição local foi contemplada com seis novas viaturas.
Destombamento
Em sua reunião de agosto prevista para se instalar às 14h, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural vai discutir e votar um manifesto de sócios do Sport Club para que se negue atendimento à proposta da diretoria quanto ao destombamento de parte do complexo da entidade, o que atingiria a arquibancada e a sede social.
O que se pretende é o aproveitamento daquele espaço para outras obras e serviços, mas a tendência é pelo não atendimento.
Nova dinâmica
O PSDB parece disposto a intensificar suas atividades no setor de comunicação regional, e nesse projeto estão trabalhando José Maurício, assessor do deputado Marcus Pestana, e o ex-prefeito de Pequeri, Raul Salles.
Linha verde
O PMDB ainda não se sentiu completamente à vontade para traçar os rumos de sua atuação na próxima campanha, não apenas porque dispõe de tempo suficiente para tanto, como também pelo fato de sua movimentação terá de estar ajustada à administração do prefeito Bruno. Mas no partido há uma corrente que apreciaria ter a filiação do reitor da UFJF, Henrique Duque, e fazer dele seu candidato a deputado federal. Se quiser, o sinal está verde.
Memória 1
Sob a coordenação de Wanderley Luiz de Oliveira, foi publicado o livro “Excitando a memória”, em que uma das principais figuras da colônia portuguesa, Nélson Valente, conta sua vida, os primeiros anos em Portugal, a vinda para o Brasil e a fixação em Juiz de Fora, onde atuou no comércio. Valente morreu no ano passado, vítima de infarto.
Memória 2
Em palestra que pronunciou ontem no Instituto Histórico e Geográfico, abordando o tema “Movimento musical em Juiz de Fora no terceiro milênio”, o professor Rodolfo Valverde definiu como tarefa das mais importantes a cidade pesquisar e preservar a obra de Francisco Vale, nossa maior figura no campo da música erudita. Para este milênio, outra personalidade que não pode ser esquecida é de Edmundo Villani Cortes, hoje radicado em S.Paulo.
Valverde é coordenador do curso de licenciatura de música na UFJF.
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