Lições de outubro
As eleições deste outubro, tanto a majoritária como a proporcional, mostram-se fartas em advertências para os partidos e as pretensas lideranças municipais; essas lideranças que descuidaram de promover debates, estudos e seminários sobre o momento político que estamos vivendo. No que dependeu dessa gente, faltou ânimo suficiente para animar a eleição. Uma ressalva: a militância do PT, mesmo sem o volume das ações que revelou em campanhas passadas e com velhas manchas de cisões internas, foi para as ruas na missão difícil de enfrentar o bombardeio que se praticou contra a presidente Dilma; ela, apenas ela, no momento em que teve de assumir e incorporar os desgastes do petismo. Sobre os outros partidos de maior expressão, salta, em primeiro lugar, a olhos vistos, a implicância que domina os grupos que compõem o PSDB. Quase uma tradição, que tem como resultado flagrante a resistência dos dirigentes locais à candidatura do deputado Marcus Pestana, a despeito de ser presidente estadual do partido. Os grupos, onde geralmente se contrapõem Pestana e o ex-prefeito Cuistódio Mattos, vão se alternando na linha das antipatias recíprocas. Fica sem resposta a pergunta ao diretório municipal: o que se fez em Juiz de Fora, partidariamente, o PSDB pelas candidaturas de Aécio Neves e Pimenta da Veiga? (Outra ressalva: a atuação do PPS, inspirado pelo deputado eleito Antônio Jorge, que procurou ocupar espaços que os tucanos deixaram em aberto). Quanto ao PMDB, não diferentemente,permaneceu a impossibilidade de suas alas conviverem em torno de projetos comuns. Não foi unânime o acatamento da proposta do prefeito Bruno Siqueira de apoio às candidaturas de Isauro Calais à Assembleia e Pestana à Câmara, como também dividiram-se as simpatias entre outros candidatos, sendo ou não de Juiz de Fora. Foi o caso do prestigiado vereador Antônio Aguiar, cuja foto apareceu nos posters de Rodrigo Pacheco, que o eleitorado local não conhecia. Uma lição a extrair, portanto, neste outubro de muito calor e campanhas mornas, é a necessidade de os partidos trabalharem pela unidade, primeiro passo para se fortalecerem, antes de pensar em candidaturas.
Em decorrência
(Este blog esteve desativado durante algumas semanas, por razões diversas. Volta agora, agradecendo a atenção e o acolhimento que sempre mereceu de seus frequentadores)
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