Notas do dia
1)
As primeiras avaliações em torno das tendências eleitorais em Juiz de Fora
revelam que a disputa pela prefeitura caminha para a decisão nom segundo turno,
que acontece no último domingo de outubro. Nessa segunda rodada, é da tradição,
podem influir dois fatores: a migração dos votos do primeiro turno dados aos
menos votados, que vão em benefício do candidato que lhes parecer mais
semelhante ao não eleito, como também passa a influir decisivamente o peso da
rejeição.
2)
Quando se trata de eleger o prefeito, estão fazendo falta os debates na
televisão e nos auditórios de entidades e associações de classe. Esses debates
vêm sendo substituídos por entrevistas isoladas, muitas vezes insuficientes,
porque o candidato diz o que quer, sem que tenha ao lado alguém para
contestá-lo.
3)
Ainda para cumprir a tradição, quase todos os partidos tiveram de se desdobrar
em grande esforço para cumprir dispositivo que garante às mulheres 30% das
vagas em chapas de eleição proporcional. Predomina a resistência delas em atuar
no processo eleitoral, não obstante representarem mais de 50% do eleitorado.
4)
É incalculável o prejuízo do País com a demora do Senado em definir a sorte da
presidência da República, depois do afastamento de dona Dilma. São nove meses
de um presidente provisório e sua antecessora exilada em palácio secundário.
Por causa da prolongada discussão, temos o presidente Michel Temer
constitucionalmente assumido, mas sem dispor de toda a linha da legitimidade,
vizinho de Dilma, que nada mais pode fazer. O julgamento no Senado é uma arenga
sem fim e sem propósito, já que nada mais precisa ser esclarecido aos juízes,
sejam eles contra ou a favor.