Empolgação
Agora,
passada a Olimpíada, o eleitor começa a se dedicar à campanha e quando se deixa
envolver com os candidatos a prefeito e a vereador, a expectativa é que a
política também domine as ruas e as conversas dos grupos. Até agora tem sido um
assunto quase ausente. Releva-se um interesse tardio, porque a campanha desta
vez é mais curta, os recursos de propaganda escassos, além de fatores outros
que retêm as preocupações de cada um. A crise financeira, por exemplo.
Mas
o que realmente mais contribuiu para adiar o interesse do eleitor foram os
jogos olímpicos, que atraíram as atenções, menos por causa dos nossos atletas
mas por ter sido o Brasil sede do grande evento.
O
ex-governador Hélio Garcia, recentemente falecido, dizia que só se consegue
despertar o eleitor depois da parada de Sete de Setembro. Talvez nem tanto,
pois está demonstrado que realmente o que acorda esse interesse são três outros
fatores: 1) as tendências reveladas pelas primeiras pesquisas; 2) a qualidade
do material de propaganda dos candidatos; 3) os debates que os candidatos a
prefeitos travam na televisão.
A
motivação, contudo, poderia ser maior se a atualidade política fosse marcada
pelo vigor dos partidos; vigor que preponderou em outros tempos, mas acabou
sufocado tanto pela carência programática das legendas como também pela sua
banalização, cujos nomes nada representam, e os maiores se deixam corromper
pela corrupção, pelo corporativismo ou pelos interesses dos grupos.
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