quinta-feira, 25 de agosto de 2016







Empolgação


Agora, passada a Olimpíada, o eleitor começa a se dedicar à campanha e quando se deixa envolver com os candidatos a prefeito e a vereador, a expectativa é que a política também domine as ruas e as conversas dos grupos. Até agora tem sido um assunto quase ausente. Releva-se um interesse tardio, porque a campanha desta vez é mais curta, os recursos de propaganda escassos, além de fatores outros que retêm as preocupações de cada um. A crise financeira, por exemplo.

Mas o que realmente mais contribuiu para adiar o interesse do eleitor foram os jogos olímpicos, que atraíram as atenções, menos por causa dos nossos atletas mas por ter sido o Brasil sede do grande evento.

O ex-governador Hélio Garcia, recentemente falecido, dizia que só se consegue despertar o eleitor depois da parada de Sete de Setembro. Talvez nem tanto, pois está demonstrado que realmente o que acorda esse interesse são três outros fatores: 1) as tendências reveladas pelas primeiras pesquisas; 2) a qualidade do material de propaganda dos candidatos; 3) os debates que os candidatos a prefeitos travam na televisão.

A motivação, contudo, poderia ser maior se a atualidade política fosse marcada pelo vigor dos partidos; vigor que preponderou em outros tempos, mas acabou sufocado tanto pela carência programática das legendas como também pela sua banalização, cujos nomes nada representam, e os maiores se deixam corromper pela corrupção, pelo corporativismo  ou pelos interesses dos grupos.






  

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