Xenofobia
Esta foi uma semana em que, ao
lado de muitas razões para o mundo se preocupar, ganhou sinais de agravamento a
onda de xenofobia, ódio aos estrangeiros, fenômeno que se deve creditar aos
primeiros dias do governo Trump nos Estados Unidos. Começando pelos mexicanos,
com previsão de que em breve será mais restritiva a política de discriminação
frente aos muçulmanos, o presidente não perde oportunidade de proclamar “América
para os americanos”, isto é, para os ianques, porque em geral o governo de
Washington acha que América é o pedaço que lhes coube. México e os países
latinos seriam meros agregados.
Donald Trump impressiona nesse
particular. A começar porque Melanie, sua bela mulher, nascida e criada na
Slovênia, é mais estrangeira que qualquer cidadão do continente americano.
Trump dorme sotaque estrangeiro.
Em relação aos primeiros dias
do indigitado presidente, não custa uma previsãozinha despretensiosa: a menos
que ele adote rumos diferentes, bem diferentes, o mundo não será o mesmo depois
dele.
Pichadores
O novo prefeito de S.Paulo,
João Dória, resolveu partir para um acerto de contas com os pichadores, essa
gente que emporcalha as grandes cidades, geralmente escudada pelo rótulo de
praticantes da arte popular, o que é uma hipocrisia banal, inaceitável. Parece
que em outros lugares outros prefeitos pretendem seguir sem exemplo. Não é sem
tempo.
O direito que se pode conferir
a esses criminosos é o pichamento das casas onde moram, dos muros que os cercam.
Nunca o direito de pintar tolices em paredes e muros de propriedades alheias.
Polícia neles!
Escândalo
Talvez preocupados apenas com a
Lava-Jato e os bandidos da indústria da propina os brasileiros ainda não
revelam maior preocupação com a febre amarela, que lhes parece apenas um drama
localizado, coisa para os mineiros resolverem por sua própria conta. Mas a
febre amarela é um escândalo. Morrer como ratos em pleno século 21 é fato
escandaloso a denunciar o pouco-caso dos governos com a política de saneamento
básico.