segunda-feira, 16 de abril de 2018







Pesquisa eleitoral 



Publicada no domingo a primeira pesquisa eleitoral, após a prisão de Lula. O ex-presidente lidera a corrida presidencial nas três simulações de primeiro turno em que sua candidatura é considerada, segundo o  Instituto Datafolha. Lula possui, atualmente, 31% das intenções de voto no cenário em que tem melhor desempenho, menor do que 37% da última pesquisa, no final de janeiro.

Não considerando o ex-presidente no páreo, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e a ex-ministra Marina Silva (Rede) dividem a liderança em seis cenários de primeiro turno, testados pelo Datafolha. Bolsonaro possui 17% das intenções de voto, e Mariana oscila entre 15% e 16%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais. O instituto entrevistou 4.194. pessoas entre os dias 11 e 13 de abril.

As primeiras avaliações políticas na imprensa sobre esses dados apontam algumas poucas certezas e muitas inseguranças. Com a pulverização de candidaturas e a provável ausência da candidatura de Lula, haverá segundo turno na eleição presidencial de 2018. Existirá menos recursos para as campanhas eleitorais, devido a restrição legal para doação de empresas. E a Operação Lava Jato em curso inibirá doações eleitorais para o denominado caixa dois. Embora os recursos do fundo de financiamento eleitoral  injetem dinheiro na campanha eleitoral, a prioridade dos partidos deve ser para eleger mais deputados, e ter influência garantida no poder legislativo, independentemente de quem será eleito para o cargo majoritário.

Quem aparece  bem (8% a 10%) na pesquisa, pela primeira vez, é o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, filiado no final do prazo legal ao PSB.Não é ainda considerado um pré-candidato, pois não foi anunciado como tal pelo partido, que atualmente apresenta fortes candidatos em importantes governos estaduais:
Pernambuco, Distrito Federal, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. E isto tem sido um embaraço para o partido ter uma candidatura própria, pois atrapalharia os acordos estaduais. Entretanto um avanço de intenções de votos de Joaquim nas próximas pesquisas poderá aglutinar interesses regionais, e o partido caminhar unido com uma candidatura própria para presidente.

A candidatura do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com 6% de intenção de votos, assusta os tucanos, que temem a incapacidade de ele alçar voo na disputa presidencial. E, com isto, fica em dúvida quanto ao sucesso da esperada candidatura de centro. As demais candidaturas estão ainda com pouca intenção de voto neste momento.

Mas a importância da pesquisa é apresentar um cenário conjuntural que vai se alterando com a proximidade do dia da eleição. A pesquisa eleitoral é sempre vista com desconfiança por quem está com baixo desempenho, e com excesso de confiança pelos que lideram a enquete. Por este motivo, elas são motivo de polêmicas em público, mas no privado todos fazem suas análises dos resultados.







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