quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Tempo para corrigir
Três ministros do governo Dilma - Ideli Salvati, Fernando Pimentel e Antônio Andrade – prometeram estar em Juiz de Fora nesta sexta-feira, para ouvir prefeitos mineiros, suas queixas, sempre embalados por raras esperanças de ver atendidas as reivindicações. Na verdade, o que poderia torná-los felizes e risonhos seria uma cota mais generosa no Fundo de Participação dos Municípios; mas quando esse assunto entra em tela os agentes do governo preferem fazer ouvidos de mercador. Tem sido assim.
Mas nesta sexta-feira, e exatamente em Juiz de Fora, os 140 prefeitos esperados têm excelente oportunidade para pedir aos ministros que façam ver à presidente a necessidade de vetar a lei que propõe a criação de novos municípios. Criar mais quase duas centenas de prefeituras é empobrecer as atuais e garantir indigência para as que serão criadas. Mais prefeitos, mais vereadores, mais impostos, para não se falar nos R$9 bilhões de gastos com administração e funcionalismo.
Caberia lembrar aos visitantes que exatos 50 anos atrás Juiz de Fora assistiu à emancipação de três dos seus principais distritos, e nenhum deles conseguiu ir além do que se convenciona chamar de pequenas cidades, a despeito de suas populações dedicadas e trabalhadoras. Meio século passado, continuam dependendo dos serviços essenciais de que dispõem em Juiz de Fora. Grande parte do que produzem vêm gastar aqui.
Há o caso de Filgueiras, também ilustrativo. Sem ter como avançar, pediu para voltar a se incorporar ao território de Juiz de Fora. Conseguiu.
Porre de campanha
Está decidido que, ao contrário do que ocorreu em anos anteriores, as redes sociais poderão ser amplamente utilizadas na campanha eleitoral de 2014. Uma certeza: vamos ter um porre de discursos e discussões políticas. Um desafio: os candidatos terão de exercitar a criatividade, porque velhas e superadas propostas eleitoreiras não convencem mais. É preciso inovar. Outro detalhem este mais evidente, é que o twitter tem tudo para precipitar a campanha que, aliás, já vai mostrando sua cara.
Note-se, contudo, que ainda há dúvidas quanto à eficácia desse recurso, como deixou clara a votação da matéria na Comissão de Reforma Política: 222 votos contra 161.
Eleição inovada
O deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas, pode estar em véspera de assistir ao nascimento de sua mais influente incursão na vida política brasileira. Grupo de trabalho do Congresso Nacional que estuda inovações no processo eleitoral, anunciou admissibilidade para a proposta do deputado que cria e divide distritos de eleitores, de forma que o candidato só pode receber votos na circunscrição em que se acha registrado, evitando que tenha de correr o estado inteiro em busca de eleitores que nunca viu e provavelmente nunca mais verá. Minas, para citar um exemplo, seria dividida em sete regiões distritais.
Não se pode dizer que se trata de uma ideia já vencedora, pois tem adversários poderosos. Mas é fato que houve um avanço.
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