Para assustar
Do jeito como caminha a violência
urbana, principalmente quanto aos homicídios,
Juiz de Fora poderá chegar ao fim do ano esbarrando em uma estatística
altamente preocupante, não apenas em relação aos números, que são elevados, mas
também quanto aos agentes e sua faixa etária.
1 - Os centros de reabilitação (sic) de
menores delinquentes não estão
conseguindo êxito em sua proposta. Pelo contrário, os jovens
”infratores” costumam sair de lá em condições piores que aquelas com que entraram.
2
- Serão devidos a eles 65% dos homicídios registrados na cidade, caso as
páginas policiais do segundo semestre tenham situações semelhantes ou iguais às que estão sendo
registradas pela crônica policial neste primeiro.
3 – Superlotados, os presídios tendem a
explodir.
4 - É insuficiente, quase um fracasso,
a política de combate ao tráfico de drogas, que, por sus vez, é o que alimenta
o crime e pratica a eliminação cruel e fria dos que tentam detê-lo.
5 - Cada vez mais se vê o envolvimento
de meninas nas brigas de gangues, e tem sido decisivo seu papel na organização do crime dos meninos.
6 - A eliminação de jovens e entre os jovens
se faz geralmente com o emprego de motos, e os ocupantes raramente podem ser
identificados, por causa do uso obrigatório de capacetes.
7- A polícia, por mais equipada que
seja, pode muito, mas pouco pode fazer no campo da prevenção.
Escudo urgente
Preocupado em defender os costados do
governo federal, obra hercúlea, por causa do volume dos escândalos, o PT ainda
não se mostrou suficientemente
interessado em construir uma blindagem para o governador Fernando Pimentel, em
Minas. Mais que qualquer outro governador, ele tem sido bombardeado com
denúncias de irregularidades, e
seu partido ainda não se mostrou interessado em entrar na briga para
defendê-lo; mesmo sendo do conhecimento de todos, mas principalmente dos
petistas, que Pimentel é o favorito da presidente;
Portas fechadas
Notam todos, bastando que transitem
pelas ruas e galerias, que cresce cada dia mais o número de imóveis fechados,
que até há pouco eram ocupados para as mais diferentes atividades comerciais. O
ânimo para investimentos retraiu-se e os aluguéis dispararam, agravados com a
audácia que se vê na cobrança de luvas. Tirantes os bancos e as vendedoras de celulares
não há quem aguente.
Para esclarecer
Se é verdade que perguntar não ofende,
ainda que por simples curiosidade, seria oportuno que os responsáveis pelo setor
expliquem a razão, se é que possam explicar, de às 3 ou 4 horas da madrugada as
ambulâncias trafegarem pelas avenidas Rio Branco e Itamar Franco com as sirenas
no mais alto volume, sabendo-se que nessa hora não há tráfego a ser advertido.
Na intenção de socorrer uma pessoa, acordam uma população inteira nas suas
horas de repouso.
Há um juiz-forano que serviu durante
algum tempo na embaixada brasileira no Iraque que não consegue entender: as
ambulâncias de Juiz de Fora são mais barulhentas que
as de Bagdá, onde a média diária é de 35 mortos ou feridos.
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