Superficialmente
Os primeiros
passos da reforma política no plenário do Congresso não têm sido suficientes
para aguçar a esperança dos que nela acreditam sinceramente. Os pontos atacados
deixam transparecer temores para a tomada de decisões profundas, como, por
exemplo, o que se pretende com a Cláusula de Barreira. Dar direitos a todos os
partidos, nanicos que sejam, desde que tenham um representante em cada casa é o
mesmo que elaborar no nada, quando se sabe que ideal é que lhes seja limitado o
poder de negociação dos tempos de propaganda política no rádio e na televisão.
Outro ponto
que garante a reforma na galeria das superficialidades é não mais exigir mínimo
de 30 anos para candidato a governador. Agora ele pode ter 29! Para efeito de
legislação eleitoral, um ano de vida o que representa na competência de um
executivo?
Maioridade
Se a partir
de agora o deputado federal tem sua maioria eleitoral reduzida de 21 para 18
anos; se prefeito e vereador podem se eleger com 18 anos, não mais com a
exigência de 21; se a maioridade eleitoral do senador cai de 35 para 29 anos,
por que um garotão de 16 anos, que pode votar, não deve responder pelos graves
delitos que comete?
Madureza
Na mesma
linha de indagações, o que leva as lideranças políticas e seus partidos a negar
o direito ao voto facultativo e se justificarem com a alegação de que a
sociedade brasileira ainda não se encontra suficientemente “madura”. Em que
argumento se baseiam para garantir que “maduro” é o cidadão obrigado por lei a
ir à seção eleitoral.
Linha aberta
Bastou a
confirmação de que a regra eleitoral será mantida na sucessão municipal em 2016
para que o PMDB abrisse a programação de reuniões e articulações com vistas ao
lançamento da candidatura do prefeito Bruno Siqueira a um segundo mandato.
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