Tempo de águas
Cidades que o descaso do serviço público vem transformando em mais líquidas que certas, mergulhadas em temporais com alto poder destrutivo, Rio e S.Paulo tornaram-se referência para se avaliar o que elas e outros grandes centros urbanos do país passam a sofrer nessas épocas do ano, que geralmente se situam entre novembro e abril. Importantes concentrações urbanas, nelas, quase sem exceções, não se realizam obras e serviços indispensáveis para impedir que as chuvas causem grandes estragos; a começar pelo maior deles, a tragédia das vidas humanas que se perdem. Observe-se o noticiário: em todas as regiões brasileiras grandes prejuízos por causa das águas que não escoam.
No Rio, para não ser preciso sair de casa, cita-se que são antigos os planos de contenção de encostas, todos referentes a lugares de maior risco, cuja execução independe de investimentos monstruosos. E, mesmo que assim fosse, poderiam ser realizados paulatinamente. Ora, desde os tempos de Pedro Ernesto a prefeitura sabe onde se situam as áreas perigosas e vulneráveis no tempo das águas.
Mas, ainda que fosse possível justificar a negligência ante o custo das obras, há que se considerar que boa parte dos estragos que o Rio enfrenta nos últimos meses é consequência da ausência de serviços comuns, como limpeza de córregos e bocas de lobo. Acumuladas toneladas de detritos, a água não tem como ser canalizada. Os resultados já conhecemos, e com eles muito sofremos, também em Juiz de Fora. Ora, serviço de limpeza não pode ser razão para as desculpas de prefeitos, que continuam emprestando ares de perplexidade aos desastres que as populações tem enfrentado.
Com as chuvas ou sem elas, temos sido condenados a coisas exóticas no Rio de Janeiro: na administração, um “bispo licenciado”, o que constitui singularidade em qualquer organização religiosa. E um prefeito fatalista, sem reconhecer, com humildade, ser ele próprio uma fatalidade. (Wilson Cid, hoje, no “Jornal do Brasil” )
Possível aliança
Segundo a imprensa paulistana, lideranças do PV, PDT, PSB e Rede avançam para costurar alianças em cerca de 120 cidades na eleição do ano que vem, com vista à escolha dos prefeitos. Certo que Juiz de Fora está na lista para tais negociações. Naturalmente a cabeça de chapa ficaria com o nome que nessa aliança se mostrasse mais competitivo. Segundo a mesma fonte, novas reuniões devem ocorrer ainda neste mês.
Em Juiz de Fora, a se viabilizar o entendimento, parece que o cabeça de chapa seria Wilson da Rezato (PSB). Possível vice, o vereador Zé Márcio (Partido Verde).
Emendas
Raramente na política municipal uma liderança do Partido dos Trabalhadores admitiu razão para entender-se com os tucanos. A deputada Margarida Salomão encurtou as distâncias, foi estar com o prefeito Antônio Almas. E explicou em sua página eletrônica a reunião que tiveram, “somando esforços para que as emendas sejam totalmente executadas, para que o município não perca nenhum centavo”, declarou a deputada sobre emendas parlamentares anteriores, ainda não completamente executadas, além do anúncio das indicações de novas emendas ao orçamento de 2020”.
Ela destinou para o próximo ano R$ 5,4 milhões para a prefeitura, metade destinada à conclusão de duas obras de Unidades Básicas de Saúde que estão paralisadas em São Benedito e Jóquei Clube 1.
Quanto ao "dever de casa", uma sugestão oara os problemas das enchentes é, Sem dúvida, a manutenção da limpeza de bocas de lobo e córregos, ininterruptamente. A Prefeitura NÃO PODE fazer isso só em épocas de chuvas. QUANDO FAZ...
ResponderExcluirNa política, o velho ditado, " CAVALO DADO, NÃO SE OLHA OS DENTES" - Mesmo que a verba venha do PT ou do PQP, vamos aceitar, agradecer e usar com parcimônia, para render.