Eleições municipais
As eleições municipais de 2020 trazem a expectativa do debate sobre a qualidade dos serviços públicos municipais ofertados pelas prefeituras. Nas médias e grandes cidades os temas prioritários serão saúde, mobilidade urbana e segurança. Não necessariamente nesta ordem a prioridade das prioridades.
Na avaliação de especialistas na análise das pesquisas de opinião eleitoral, a maioria dos prefeitos é mal avaliada. Eles não conseguem atender as demandas da população, devido a insuficiência de recursos.
Embora já se aproximam as datas decisivas do calendário eleitoral deste ano, chegam à imprensa as notícias de que os partidos estão com dificuldades para estruturar alianças com antecedência, devido a novidades da legislação eleitoral. As coligações partidárias proporcionais, que antes interessavam a vereadores com mandato, hoje não existem mais, por força legal. Os recursos financeiros para a campanha dependem de acesso às cúpulas nacionais, que gerenciam politicamente os recursos partidários proveniente do financiamento público.
Parece que os deputados federais, ao programarem o início da limitação de coligações proporcionais pelos vereadores pretendem fazer aí um pré-teste. Caso a avaliação dos resultados aponte prejuízos eleitorais na eleição de 2022 para a Câmara Federal, farão o restabelecimento da regra antiga, permitindo a coligação. Outro fator sob análise é o financiamento público exclusivo das campanhas, que, devido a manifestações contrárias nas redes sociais, poderá ensejar a volta da permissão de financiamento privado.
Nas maiores cidades brasileiras (em torno de 100) haverá segundo turno para a escolha dos futuros prefeitos. Alguns aspectos vão determinar isto. Com períodos mais curtos de campanha (na prática 45 dias), e considerando que o eleitor toma conhecimento do pleito depois da parada de 7 de setembro, o processo de escolha acaba favorecendo a quem já é conhecido. E aqueles prefeitos que estão bem avaliados pela população certamente vão se reeleger. A influência do presidente Bolsonaro e do ex-presidente Lula no pleito municipal ocorrerá na medida em que a polarização ficar evidente. O custo da campanha tende a ser reduzido pela escassez de recursos, e pela assunção das redes sociais como espaço obrigatório de ocupação pelos candidatos.
É necessário relembrar que na eleição de 2016 houve em elevado número de votos nulos e bancos, que, somados às abstenções, superaram a votação dos eleitos, o que sinaliza falta de representatividade dos políticos com mandato frente à população, e isto traz consequências no cotidiano da gestão pública.
Em 2020 a expectativa dos cientistas políticos é de que haverá mais de um milhão de candidatos a vereador, a prefeito e vice-prefeito.Isto trará a pulverização no processo eleitoral com as consequências inimagináveis no momento. Aposta-se que teremos mais candidatos ao cargo de prefeito, de forma que as organizações partidárias tenham mais visibilidade, e com isto os vereadores podem ser beneficiados pelo voto de legenda.
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