quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

 



Eleição 2024 entra em pauta (VI)



1- Um grupo de observadores da cena política da cidade, durante almoço, na semana passada, avaliava os supostos pretendentes em condições de concorrer na eleição municipal de 2024 para o Executivo. Concluiu que a prefeita Margarida (PT), se for candidata à reeleição, não tem adversário para derrotá-la, considerado o cenário de hoje.


2- A direita de Juiz de Fora, caso pretenda concorrer à prefeitura, e defender suas principais pautas - costumes, liberalismo econômico e rigor na segurança pública - precisará fazer uma composição entre dois dos possíveis prefeitáveis: Vereador Mello Casal (PTB) e o ex-deputado federal Charlles Evangelista (PP). Eventual divisão entre eles significaria a possibilidade de insucesso eleitoral.


3- Não é a primeira vez que se especula, neste espaço, sobre a possibilidade de os simpatizantes da direita terem candidato a prefeito em 2024. Surge agora um dado capaz de despertar as aspirações: o governador Romeu Zema acaba de anunciar, como seu projeto político, organizar as forças de direitas em Minas, já pensando na sucessão de Lula em 2026. Assim sendo, mantendo-se esse ânimo, a influência dele na disputa da prefeitura pode ganhar importância maior.


3 - A prefeita Margarida postou, em sua rede social, nesta semana, informação sobre a visita da deputada federal Ana Pimentel. Segundo ela, foi a oportunidade para debater um trabalho conjunto de interesse da cidade. "Há várias frentes de atuação, mas, claro, o tema Saúde segue sendo prioridade", citou.

A deputada conhece a política de saúde do município, pois foi secretária no setor. Pode ser o principal trunfo para o projeto de reeleição da prefeita. A nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, oriunda da Fundação Osvaldo Cruz, onde foi presidente, pode ser grande aliada de ambas.


4- O vereador Cido Reis foi reeleito pelo PSB (2020), tornou-se candidato a deputado estadual pelo REDE, em 2022, mas não obteve sucesso. Processado pelo antigo partido, por infidelidade, às véspera de um veredicto da Justiça Eleitoral filia-se novamente ao PSB, que o aceita de volta. Pergunta-se: na eleição do ano que vem será que o vereador mudará novamente de partido?


Os partidos, quando elaboram chapas de candidatos à vereança, preocupam-se mais em conquistar o maior número possível de cadeiras na Câmara Municipal. Objetivo que veio se tornado difícil com o passar do tempo, porque o prestígio deles deteriora-se como organização política. Nem Arena e MDB, nos tempos da ditadura, ou o PT, depois dela, não conseguiram, mesmo com as possibilidades determinadas pelo momento.

A luta é antiga, mas nenhum deles chegou à façanha do velho PR – Partido Republicano, de influência bernardista, que, na década de 40, elegeu oito dos 15 vereadores, além do prefeito Dilermando Cruz.



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