quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

 


Eleição 2024 entra em pauta (V)



1 – Difícil imaginar, desde agora, quais serão as consequências da crescente fragmentação partidária nas eleições municipais de 2024, além do esperado desmanche das federações, que hoje mantêm unidas várias siglas. No cenário nacional, em 2018 eram 30 partidos em disputa. Já no ano passado estavam reduzido a 19.


2 – O Partido Verde não tem planos de retirar-se da federação que o mantém unido ao Partido dos Trabalhadores. De seus planos para 2024, já agora definidos, consta o apoio ao projeto de reeleição da prefeita Margarida Salomão.


3 -- O ex-deputado estadual e ex-presidente da Câmara Municipal Isauro Calais (PSC) tem dito, para quem lida na política local, que será candidato a prefeito em 2024.


4 - O diretório do MDB vem se movimentando muito sob a direção do médico João César Novais (ex-vice-prefeito 2000/2004) com vistas à próxima eleição municipal. Há quem diga que o MDB deseja o retorno do ex-prefeito Tarcísio Delgado, para fortalecer a legenda.


5 - Quem está de volta à política local é o médico Eduardo de Freitas, ex-presidente da Câmara e ex-vice-prefeito, com vistas à reorganização do seu partido, o PDT. A informação vem de um antigo militante pedetista.


6- Na campanha do ano passado não faltou quem sugerisse ao governo estadual antecipar a inauguração das obras de restauração do solar de Vale Amado, onde funcionavam os Grupos Centrais, mesmo que inacabadas. Ajudaria os candidatos governistas. Fica para a próxima eleição.


7 - O sempre prometido e nunca iniciado Hospital Regional passou por todos os candidatos nos últimos 10 anos, sem que um deles tenha se lembrado de sugerir que tanto dinheiro, pronto para ser desperdiçado, ficaria melhor na compra de leitos ociosos da rede hospitalar privada. Em política, muitas vezes, a evidência é suspeita.


8 – Aconteceu, ontem, em Brasília, a posse das deputadas federais Ione Barbosa (Avante-MG), delegada de polícia civil, e Ana Pimentel ( PT-MG), médica. Ambas novatas, representam JF na Câmara. Fato inédito na história política da cidade ter duas mulheres parlamentares federais na mesma legislatura. E de posições ideológicas bem diferentes. Em relação à eleição municipal de 2024 a deputada Ione Barbosa pode ser candidata à prefeitura. Já a deputada Ana Pimentel deve apoiar a reeleição da prefeita Margarida.


9 - Curiosidade das profissões de prefeitos e vices nos últimos 50 anos:


Agostinho Pestana, empresário/ vice João Carlos Arantes, médico; Itamar Franco, engenheiro / Saulo, médico; Mello Reis, professor/ vice José Natalino, engenheiro; Tarcísio Delgado, advogado/ vice João Arantes, médico; Alberto Bejani, radialista/ vice Marcial Fontes, servidor público; Custódio Matos, advogado / vice Ivan de Castro, médico; Tarcísio Delgado, advogado/ vice, João Novais, médico; Tarcísio, advogado/ vice, Sebastião Helvécio, médico; Alberto Bejani, radialista /vice José Eduardo, empresário; Custódio Matos, advogado / vice Eduardo de Freitas, médico; Bruno Siqueira, engenheiro/ vice Sérgio Rodrigues, jornalista; Bruno Siqueira, engenheiro/ vice Antônio Almas, médico; Margarida Salomão, professora/ vice Kennedy, empresário.


9 – Os médicos têm história nas eleições municipais. Nos últimos 50 anos apareceram oito vezes como vice-prefeitos. Na primeira, em 1947, tanto o prefeito, Dilermando Cruz, como o vice, Eudóxio Infante, eram médicos.



Nestes dias em que as denúncias de fraude ganharam dimensão, e a ela atribui-se a eleição do presidente da República, a crônica política da cidade registra que foram três lideranças locais que entraram para a história como as maiores vítimas desse tipo de crime eleitoral. Na eleição parlamentar de 1909 a Comissão Verificadora propôs e obteve a nulidade de 15.000 votos que tinham sido dados a Duarte de Abreu, João Penido e Francisco Bernardino, com todas as evidências de que a decisão tinha o propósito de facilitar a eleição de Artur Bernardes, que vinha majoritário de Viçosa, mas com votos insuficientes para eleger-se. O Jornal do Commercio abriu a manchete “Vitória da Fraude”. As Comissões Verificadoras eram rigorosas, mas não necessariamente honestas. No caso dos candidatos de Juiz de Fora, a alegação para a cassação era que haviam os mesmos mesários funcionado em várias seções eleitorais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário