quarta-feira, 18 de maio de 2011

Efeito cascata

A decisão do prefeito Custódio Mattos de abrir conversações com vista à eleição do próximo ano, na qual disputará um novo mandato, fará com que outros partidos, além do PSDB, iniciem consultas, mesmo sabendo que está longe a temporada das definições. Os que na eleição anterior apoiaram o atual prefeito, não têm como evitar logo o debate sobre a reedição da aliança, se ela for mesmo possível. O PT, que em 2008 disputou com Custódio, tem os que consideram que o tema pode entrar logo em discussão, mas há também quem proponha esperar que o tempo passe mais um pouco. Os três vereadores petistas, que seguem correntes internas diferentes ainda não se pronunciaram publicamente sobre o assunto. A anteciapação das discussões parece não motivar o presidente estadual, Reginaldo Lopes.
Na área de ação dos tucanos, conhecida a disposição do prefeito de disputar, o passo seguinte deve envolver os líderes estaduais das legendas aliadas, como o DEM, o PDT e o PP.

Haja suor

O Banco Mundial divulgou a lista dos países em que mais se trabalha para pagar impostos. O Brasil em primeiro lugar. Em 2011 cada um de nós terá de dar 2.000 horas de trabalho ao governo, mais que o boliviano, com 1.080 horas, o vietnamita com 941 horas e o venezuelano com 864 horas. Nossa tributação é mais que o dobro da segunda colocada.
Ficamos bem distantes dos países com melhores índices de desenvolvimento social, como Luxemburgo, que cobra 58 horas por ano e a Irlanda com 76 horas.
O mais folgado é quem nasce nos Emirados Árabes, que neste ano vai trabalhar apenas 12 horas.


Passar batido

O governo não tem interesse em alimentar discussão sobre a denúncia de que o ministro Antônio Palocci conseguiu, em quatro anos, aumentar seu patrimônio de R$ 375 mil para R$ 7,5 milhões. A presidente Dilma calou, a senadora Martha Suplicy discursou, garantiu que Palocci é um homem honrado, e o Palácio vai tentar deixar que o assunto morra por aí, apesar das fustigações de senadores da oposição.


Articulação

Há três meses, num encontro que promoveram no escritório do senador Itamar Franco, prefeitos da Zona da Mata diziam que boa parte dos problemas de seus municípios resulta de competente articulação política regional, quase sempre deficiente em relação ao poder estadual, mais ainda quanto ao centro de decisões em Brasília. Em 1968, então prefeito, Itamar promoveu um seminário de integração, e muito claro ficou que a região precisava articular politicamente. Passados 43 anos, a mesma questão estava patente na sexta-feira passada, quando muitos dos novos prefeitos se reuniram na Universidade Federal. Vê-se, portanto, que estamos diante de um velho problema.


Buscando a saída

Decidiram os deputados mineiros criar uma comissão especial de trabalho para estudar a solução de um problema certamente vem tirando o sono do governdor: as dívidas do estado, que já compromentem 15% do orçamento. Tão importante como discutir o endividamento acumulado, é preciso que os caminhos a serem adotados não comprometam o programa mínimo de obras e serviços.


Pela memória

No sábado, véspera do encerramento da 9a. Semana do Museu, Douglas Fasolato promove, no parque do Mariano Procópio, a Ação Educativa Baú de Leitura, para crianças de seis a nove anos. Mais importante é que o tema das leituras será a memória da cidade, e é bom que a garotada se incie nesse campo.


Blindagem

O fim das coligações não fez parte da pauta da reunião que tiveram, em S.Paulo, representantes do PT, PCdoB, PDT e PSB, quando se acertou um esforço desses partidos para fazer a reforma política prosperar. Sem surpresa, porque são exatamente os partidos que sempre gostaram de se coligar. Em rigor, o que eles querem da reforma é a manutenção do sistema proporcional e o voto obrigatório.


(( Publicado também na edição de hoje do TER NOTÍCIAS ))

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