quinta-feira, 20 de junho de 2013
Enfim, juntos
Sobre as manifestações de rua, PT e PSDB podem fazer acusações e trocar responsabilidades? Em S.Paulo, por exemplo, as vozes das ruas ardem os tímpanos do PSDB, que é governo estadual, e do PT, que comanda a prefeitura.
O impossível acabou acontecendo: PT e PSDB juntinhos debaixo do mesmo temporal.
Outros tempos
Ontem, discursando na Câmara, o deputado Marcus Pestana lembrou seus tempos de líder estudantil em Juiz de Fora, para mostrar diferenças das manifestações passadas e as de hoje. Naquelas, as reivindicações eram nítidas, ao contrário de agora, que parecem difusas.
Seja como for, ele reconhece que há uma indignação popular acumulada, sendo a presidente Dilma o alvo principal dos descontentamentos.
As consequências
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi o primeiro a tocar na ferida. A redução da tarifa dos ônibus vai afetar o projeto de casas populares. Seria uma das consequências das pressões populares que vão caminhando bem sucedidas.
Mas não fica nisso, porque se o governo pode reduzir a tarifa, não impede o aumento no preço do óleo diesel e no reajuste dos salários, nem evita o sucateamento das frotas. Os ônibus vão rodar atrasados e frequentemente quebrados.
O usuário, mais uma vez, vai pagar o pato.
Em segredo
O Brasil, desde o advento de Lula, realizou operações de empréstimos financeiros a 40 países. Mas, em dois casos, R$ 2,1 bilhões foram para Cuba e Angola sob carimbo de operações secretas, o que impede que os interesses brasileiros sejam conferidos. Atribui-se ao ministro Fernando Pimentel o papel da intermediação.
O senador Álvaro Dias, uma das poucas vozes de protesto, está cobrando imediatas explicações do governo.
Força demolidora
Essas manifestações populares que correm o País – já se disse aqui – têm um dado paralelo que precisa ser considerado como dos mais relevantes. Elas foram convocadas e coordenadas única e exclusivamente com base na força das redes sociais, sem jornais, rádio e TV. Portanto, os partidos e os políticos não podem mais ignorar essa arrasadora força de comunicação.
Nesse sentido, a primeira sugestão é que façam uso mais frequente desse instrumento para disseminar suas ideias e propostas. Em Juiz de Fora todos os blogs dos partidos estão desatualizados. Lamentável.
Ao forno
Os problemas que estão ocorrendo nas ruas ofuscam fatos políticos em curso que escapam de avaliações mais cuidadosas. Por exemplo: na segunda-feira, o senador Aécio Neves vai ao Recife para se encontrar com o governador Eduardo Campos. Muito cedo para se afirmar que os dois darão passo definitivo para se unirem em 2014, mas dessa reunião pode estar entrando no forno, para ser assada em fogo brando, a candidatura do prefeito de BH, Márcio Lacerda, ao governo de Minas.
Campanha mantida
A retomada do debate, pelo Congresso, sobre a criação de novos partidos, pela qual luta a oposição e o governo não deseja, não vai alterar o ritmo da campanha que se desenvolve em Juiz de Fora de Fora em torno de mais três siglas, segundo se apurou no início desta noite. Ainda que a restrição dê sinais de que pode acabar sendo aprovada, o Mobilização Democrática (fusão PMN-PPS), o Rede Sustentabilidade e o Partido Militar Brasileiro vão manter o apelo à adesão popular.
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