MODISMO
Atribui-se,
sem exagero, à presidente Dilma uma sólida incursão revolucionária no campo da
linguagem, depois de decidir que para ela seu cargo é de “presidenta”, o que
mandou para as calendas velhas lições do particípio ativo nos derivados
verbais. Como ensina um cuidadoso professor de Português, graças ao particípio
ativo do verbo ser, o atacar nos dá atacante, pedir dá pedinte, cantar dá cantante.
O particípio ativo do verbo ser é ente, independentemente do que dona Dilma
julgar conhecer do idioma do povo que representa.
Capela ardente não é “ardenta”, superintendente não veste saia para ser superintendenta”, estudante não é “estudanta” e paciente não é “pacienta”. Se não cessar essa onda, daqui a pouco também estarão no lixo os termos chamados unívonos, as mulheres serão da humanidade e os homens do “humanidado”. Millôr e
Veríssimo
já haviam se horrorizado com a possibilidade de não serem mais pessoas, mas
“pessoos”...
Por causa do modismo presidencial, nossos oradores políticos andam abrindo seus discursos com o dispensável boa noite “a todos e a todas”.
DE PRESENTE
O vereador
Rodrigo Mattos, que acaba de ser eleito presidente da Câmara, destinou R$ 20
mil de suas emendas ao orçamento municipal para o Museu Mariano Procópio mandar
restaurar três telas do acervo que estavam seriamente danificadas. Elas já estão
em S.Paulo, com a sorte de serem confiadas a Raul Carvalho, considerado um dos
três maiores restauradores brasileiros.
EXPECTATIVA
Diante
de um quadro político sombrio, que gera tamanhas perplexidades, não podia ser
outro o sentimento das lideranças, sobretudo na área econômico-financeira. Ninguém
tem coragem de apostar num futuro próximo. O que vai acontecer com este Brasil
tão molestado?
Nenhum comentário:
Postar um comentário