sábado, 6 de dezembro de 2014

MODISMO

Atribui-se, sem exagero, à presidente Dilma uma sólida incursão revolucionária no campo da linguagem, depois de decidir que para ela seu cargo é de “presidenta”, o que mandou para as calendas velhas lições do particípio ativo nos derivados verbais. Como ensina um cuidadoso professor de Português, graças ao particípio ativo do verbo ser, o atacar nos dá atacante, pedir dá pedinte, cantar dá cantante. O particípio ativo do verbo ser é ente, independentemente do que dona Dilma julgar conhecer do idioma do povo que representa.

Capela ardente não é “ardenta”, superintendente não veste saia para ser superintendenta”, estudante não é “estudanta” e paciente  não é “pacienta”. Se não cessar essa onda, daqui a pouco também estarão no lixo os termos chamados unívonos, as mulheres serão da humanidade e os homens do “humanidado”. Millôr e
Veríssimo já haviam se horrorizado com a possibilidade de não serem mais pessoas, mas “pessoos”...

Por causa do modismo presidencial, nossos oradores políticos andam abrindo seus discursos com o dispensável  boa noite  “a todos e a todas”.

DE PRESENTE

O vereador Rodrigo Mattos, que acaba de ser eleito presidente da Câmara, destinou R$ 20 mil de suas emendas ao orçamento municipal para o Museu Mariano Procópio mandar restaurar três telas do acervo que estavam seriamente danificadas. Elas já estão em S.Paulo, com a sorte de serem confiadas a Raul Carvalho, considerado um dos três maiores restauradores brasileiros.

EXPECTATIVA

Diante de um quadro político sombrio, que gera tamanhas perplexidades, não podia ser outro o sentimento das lideranças, sobretudo na área econômico-financeira. Ninguém tem coragem de apostar num futuro próximo. O que vai acontecer com este Brasil tão molestado?




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