Indefeso
No momento
em que os brasileiros, num misto de espanto e indefesa, com a corrupção e a
incompetência política minando as bases da sociedade, sufocando derradeiras
esperanças, é oportuno lembrar a antiga perplexidade do professor José Honório
Rodrigues: “O povo brasileiro é um povo historicamente derrotado pela minoria
dominante”.
Presença
Não obstante
a consagradora votação que o governador Fernando Pimentel obteve em Juiz de
Fora, são pouquíssimos, sem maior expressão, os cargos que ele destinou a
políticos daqui. Mais que o governador, fez o prefeito de Belo Horizonte,
Márcio Lacerda, que de Juiz de Fora levou três para ocupar cargos de expressão:
Vitor Valverde, Custódio Mattos e Sueli Reis.
Frustração
A crise
energética que desabou sobre o País contribuiu para tornar ainda mais
insignificantes os resultados do sempre intempestivo Horário de Verão. Os
setores responsáveis têm procurado falar pouco sobre o assunto, para não terem
de confessar a frustração. À modesta economia em megawatts somam-se os
inconvenientes enfrentados pelo relógio biológico, prejuízo que não tem como
ser mensurado.
Experiência
Para não
sair do campo da energia. É incompreensível a resistência e a crítica de
sindicalistas e deputados não suficientemente informados sobre o projeto da
Cemig de criar um conselho consultivo dos seus cinco ex-presidentes. Sozinha, a
nova diretoria não tem como enfrentar a complexidade administrativa da companhia,
que passou a ser uma das maiores do mundo durante os 16 anos em que foi
conduzida por Djalma Morais.
É preciso
agregar a experiência dos antigos, sem discriminações políticas e ranhetices
partidárias.
Pode ajudar
O que se diz
nas rodas próximas ao prefeito Bruno Siqueira é que ele não tem revelado ânimo
para conversar agora sobre a eleição de 2016, quando certamente disputará um
novo mandato; até porque algumas das chaves para abrir a temporada eleitoral
ficam na dependência do que virá da aliança nacional do seu partido, PMDB, com
o Partido dos Trabalhadores.
Mas para a
construção dessa aliança na cidade o prefeito já contará com a simpatia do
governador Pimentel e do vice Antônio Andrade. Um bom começo.
O que é bom
Nada é tão
ruim que não se possa extrair algum proveito. Diziam os antigos chineses, cada
vez mais confirmados em sua nunca desmentida e velha sabedoria. Isto vem a
propósito da decisão do Senado de acolher o projeto da chamada Lei da Bengala,
permitindo aos ministros do Supremo permanecerem na corte até os 75 anos, não
mais na “expulsória” dos 70.
Na verdade,
uma trama da oposição para cassar à presidente Dilma o direito de indicar novos
ministros. Mas ainda que seja uma urdição política, a Bengala serve para
corrigir grave distorção: hoje, os julgadores vão para o pijama no auge de sua
experiência e quando a Justiça mais deles precisa.
Manifestação
Estranhamente
marcada para o domingo, 15, quando é mais difícil a mobilização de massas, a
anunciada manifestação contra o governo não terá como fugir das experiências
anteriores: precisa ter o apoio de setores essenciais, como transporte, limpeza
urbana e saúde.
Em cada
época uma atividade traça o rumo das manifestações de descontentamento,
dependendo de sua importância. Em Juiz de Fora, nos primeiros anos do século
passado, uma greve estava destinada ao fracasso se não contasse com a adesão de
carroceiros e alfaiates, atividades hoje praticamente extintas.
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