terça-feira, 21 de julho de 2015




TEMPO JOGADO


Nada há que seja capaz de levar o prefeito Bruno Siqueira a tomar uma atitude que precipite a discussão do processo sucessório. Nem mesmo para dizer se se dispõe a disputar a reeleição, embora ninguém tenha dúvida quanto a esse projeto. Ele vai lançar mão dos recursos de última hora para se definir, criando desacertos para os adversários, que ficam sem saber exatamente como se articular e como enfrentá-lo.
No painel das expectativas adiadas inclui-se o leque das alianças. Não obstante, há sinais de que poderão chegar a 2016 acordados PMDB e PT de um lado; do outro, PSDB, DEM e PDT.
Os políticos só podem escapar de uma coisa: sejam quais forem seus projetos, em 5 de outubro fecham-se as filiações partidárias. Depois daquele dia os candidatos não mais entram nem saem.



TODOS REFÉNS


Outro dado com o qual todos devem concordar: as composições políticas para o ano eleitoral estão totalmente reféns de Brasília. O que está para acontecer lá? Quais os rumos do governo federal? E, por causa dele e de seus atores, como estarão as instituições em outubro de 2016? Os partidos do governo estarão em alta ou falidos? Não há profeta que possa responder a tais indagações.



DIAS DE CRISE


Portas de aço ao chão, cartazes do “disponível” e “aluga-se” insistindo para atrair os difíceis locadores são o sinal visível de que os tempos andam sombrios. Não menos denunciadores são as atraentes ofertas dos supermercados, ávidos para desmanchar estoques, e o setor de alimentos prontos oferecendo preços especiais para quem comer logo, independentemente do apetite. Como se lê no cartaz pitoresco de uma padaria da Rio Branco: compre um pão-com-linguiça e leve dois...



PALAVRA FINAL
 

Honrado pelo convite que me fizeram alunos do Colégio Stella Matutina para conversar sobre problemas da atualidade política, e percebendo que a muitos daqueles jovens preocupava o futuro, desejei me despedir com uma palavra que os animasse. Lembrei-me então de repetir trecho atualíssimo de uma carta que Afonso Arinos enviara a Tancredo Neves num momento de altas perturbações para o Brasil:

“A hora que vivemos neste Brasil confuso, temeroso, descrente é austera, grave, prenhe de angústias, incertezas e receios. Uma hora de desesperança, sem dúvida, mas não ainda de desespero”. 



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