Garantia de Governabilidade
O julgamento da ação que pode levar à cassação do mandato do
presidente Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral começou hoje. É um
episódio inédito no Brasil. A defesa do presidente adotou a estratégia de
tentar desvincular as contas de campanha dele e Dilma Rousseff. Os advogados de
Temer também encaminharam ao TSE um parecer complementar defendendo que os
depoimentos de ex-executivos da Organização Odebrecht sejam desconsiderados.
Esse julgamento é o desfecho de ações propostas pelo PSDB
ainda em 2014, que visavam a atingir Dilma. Agora que integram o governo
federal, os tucanos vêm defendendo desvincular o presidente de sua antecessora.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a cassação de Temer traria
transtornos ao País, o que certamente ocorreria. Já no ano passado
FHC defendeu esse mandato presidencial complementar como uma ‘pinguela’
que precisamos atravessa para chegarmos salvos às eleições de 2018.
O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, declarou que depende
dos seus colegas na Corte se a tese da “garantia da governabilidade”
preponderará sobre os critérios técnicos. Avaliou que o tribunal geralmente é
“cauteloso” em decisões complexas.
Tenho acompanhado suas lúcidas análises.
ResponderExcluirÉ preciso que existam jornalistas que interpretem, como você, a realidade, trazendo ao público o que esta a acontecer no País.
Parabéns. Continue.