RENOVAÇÃO NA CÂMARA
1 – Recolho pontos das análises de quem acompanha a política municipal, e também vou adotar como o mais provável é que a renovação nas bancadas da Câmara Municipal ficará em torno de 50%, tal como se observou em eleições passadas. A média oscila sempre em torno disso. E as novas candidaturas que se apresentam não parecem suficientes para grandes mudanças.
2 - Ainda assim, é preciso considerar que neste ano, para animar os principiantes, estarão ausentes da disputa pela vereança alguns que certamente teriam fôlego para ganhar um novo mandato. É o caso da delegada Sheila Oliveira, que se tornou deputada estadual, e agora volta para concorrer à prefeitura.
3 – Também desta vez longe da Câmara Municipal estão Charles Evangelista e Betão, que são deputados estaduais. Outro que não disputará com os vereadores é Kenedy, que é o candidato a vice no PT, onde Margarida Salomão é cabeça de chapa. Ana do Padre Frederico decidiu não disputar a reeleição.
4- Só aí já são cinco vagas na legislatura municipal anterior. O que, em tese, ajudaria a ampliar as expectativas de maior renovação. Mas para que isso não ocorra com facilidade há outro detalhe: os vereadores que estão no exercício do mandato dispõem de um poderoso handicap: passam quatro anos em contato direto com o eleitor.
5- Na linha das dificuldades que se colocam diante dos postulantes de primeira viagem há o fato de que alguns atuais são considerados “pole de dez” para a reeleição. Pelo menos uns três.
PRESENÇA FEMININA
1 – Dividem-se as opiniões sobre maior ou menor interesse do eleitorado feminino em relação às urnas de novembro. Os mais otimistas lembram que, assim como ocorre no resto do Brasil, na cidade as mulheres constituem maioria também nos títulos eleitorais. Contudo, nas últimas eleições isso não influiu.
2 No caso de Juiz de Fora acresce o fato de serem cinco as que disputam a prefeitura. Um dado que, por si só, revela maior disposição feminina de atuar diretamente na política, além da certeza de que uma delas irá ao segundo turno; pelo menos. Inédito.
3 – Para os pessimistas: dúvidas permanecem em relação à vereança. Aqui as previsões são modestas, ainda que as mulheres tenham garantia legal de ocupar 30% das vagas nas chapas dos partidos para a disputa da Câmara. Com mais de 160 anos de autonomia política, até hoje o município teve apenas dez vereadoras.
4 – Mas a população feminina tem conquistado avanços que, mais cedo ou mais tarde, deverão levar a uma representação política maior. Tem 30% de vagas nas disputas para vereador, 50% dos recursos do Fundo Partidário e 10% nos tempos de propaganda no rádio e na TV.
5 - Em 2016 o Brasil já elegera 694 prefeitas e 7.808 vereadoras. Um crescimento de 11%. Há quem não acredita na repetição da performance, e culpa a Covid 19, que obrigou as mulheres a permanecer mais em casa, distantes da vida política. De fato, desde março, quando a coronavírus começou a se alastrar, 7 milhões delas saíram do mercado de trabalho.
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