Eleição 2024 em pauta ( XXVI)
1 - O governador Zema deverá estar em Juiz de Fora no próximo dia 7. No tocante ao fortalecimento do partido na cidade, com vistas às eleições municipais, a intenção é ter chapa completa para vereador e candidato próprio à prefeitura. O partido Novo, ao indicar um nome para prefeito, terá de optar por alguém próximo do governador. Como, por exemplo, o médico Carlos Eduardo Amaral, que foi secretário de Estado da Saúde, na gestão anterior, e candidato a deputado federal em 2022, obtendo 11.264 votos.
2 - Uma indagação insistente, que perturba políticos de todos os matizes: sendo ou não condenado, nas próximas horas, pelo Tribunal Superior Eleitoral, qual será o peso do ex-presidente Jair Bolsonaro nas próximas eleições? Para muitos, tornando-se inelegível, figurando como mártir, ele teria mais peso eleitoral, reeditando os louros que colheu em 2018, quando sofreu atentado em Juiz de Fora.
3 - A propósito, disse o “Jornal do Brasil” na terça-feira: ” Se condenado, pode ser que ele reedite o papel do mártir, sem o sangue da facada de setembro de 2018, mas com o mesmo potencial eleitoral, o que resultaria, se não de imediato, uma futura cadeira do Senado; tal como se deu com Fernando Collor, apeado do cargo por força do impeachment, mas com o consolo de ter o Congresso garantido. Se, de outro lado, o ex-presidente passa ileso pelo TSE, sai fortalecido do episódio, o que também é aborrecimento para os adversários”.
4 - Durante entrevista na FM O Tempo, segunda-feira, disse o deputado federal Pinheirinho (PP), presidente estadual do partido: eventual saída do governador Romeu Zema do Novo em direção ao Partido Progressistas torna-se grande especulação no cenário político para as eleições presidenciais de 2026.
Afirmou o parlamentar: “em Minas Gerais temos um alinhamento muito grande com o governador. O Progressistas foi um dos primeiros partidos a apoiá-lo na reeleição, e certamente estaremos fazendo junto a ele essa discussão para a sucessão no estado em 2026. Mas, primeiro temos que vencer essa etapa, das eleições municipais do próximo ano, fortalecer o partido em todos os municípios, para podermos aumentar a bancada de deputados federais, que é o nosso primeiro objetivo”.
5 - A quem acha que ainda é cedo para se preocupar com a eleição municipal do próximo ano, cabe lembrar que a deputada Ione Barbosa, tida como presença certa na disputa, já tem equipe de colaboradores percorrendo os bairros, levantando problemas e aspirações da população.
6 Sobre a fusão, em andamento, do Patriota e do PTB, o Mais Brasil, ou PRD (Partido da Renovação Democrática): ela utilizará nas urnas o número 25, que pertenceu ao DEM.
Vale lembrar, o DEM se fundiu ao PSL, que utilizava o número 17, em fevereiro de 2022. A junção se tornou o União Brasil.
Hoje, a nova fusão depende do TSE. Dirigentes do PTB, contrários, pedem ao Tribunal que impugne o registro do Mais Brasil ou PRD. O motivo alegado é que a convenção do PTB que chancelou a fusão foi irregular.
7 - Comissão Eleitoral do PSB discute diretrizes sobres as eleições municipais. O objetivo é organizar, com estados e municípios, o projeto eleitoral socialista no país. A meta é fortalecer o crescimento do PSB por todo território nacional. O partido hoje tem em suas fileiras o vice-presidente Geraldo Alckmin, com pretensões para as eleições gerais de 2026. Diga-se, já se faz necessário que o PSB não continue georreferenciado em Pernambuco, o que acontece desde a época do ex-governador Miguel Arraes.
8 - A TV Câmara está iniciando uma série de gravações para o programa JF Entrevista. Amanhã à tarde grava com o ex-prefeito Tarcísio Delgado.
9 - O assunto é aliança pela direita:
A quase um ano do início da campanha, quando serão eleitos vereadores e prefeitos, muitas reflexões já são feitas pelos operadores da política. Mesmo que prefiram dizer, de público, que a eleição está longe, nos bastidores as conversas são intensas.
Juiz de Fora não é diferente. A prefeita Margarida está aparentemente tranquila no seu projeto de reeleição, pois ainda não surgiu o nome de adversário para disputar no mesmo patamar.
Entretanto, as conversas informais falam sobre a necessidade de uma aliança eleitoral pela direita. A resultante dessas conversas tem sido buscar uma composição entre Wilson Rezato e Ione Barbosa, respectivamente segundo e terceiro colocados no primeiro turno de 2020.
Há quem considere aliança de potencial fortíssimo. Analistas anônimos esperam que o projeto avance para se ter disputa eleitoral com muitas emoções.
Na Velha República, o presidente da Câmara Municipal era, ao mesmo tempo, chefe do Executivo, eleito pelos vereadores, e tinha que ser um deles. Pedro Marques foi vereador e deputado estadual, porque nada impedia que as duas funções fossem exercidas simultaneamente, desde que uma delas fosse gratuita. Para ser presidente da Câmara tinha de ser reeleito no período seguinte, o que não ocorreu com ele. Candidatou-se então a vereador, deputado e senador. Disputando três mandados diferentes, uma surpresa: Pedro foi eleito deputado e senador, mas não a vereador… Mais tarde, valendo-se do conhecimento estadual que conquistou, foi vice-governador.