Eleição 2024 em pauta ( XXXIX)
Movimentação
Analistas que acompanham os bastidores da política local, quando o assunto é relativo à eleição municipal, a ser realizada no próximo ano, já sabem que é intensa a movimentação de pré-candidatos, de partidos e grupos políticos. Por pura malícia política, alguns pretendentes aos cargos municipais nem sempre assumem a pretensão eleitoral, com grande antecedência.
Há um ditado mineiro ensinando que "candidatura antecipada é candidatura queimada”.
Republicano
À medida em que intensifica contatos políticos, aqui e em BH, armando sua candidatura a prefeito, o ex-vereador Isauro Calaes vai reduzindo sua caminhada rumo ao Republicanos. O que ele, aliás, não nega. E pode fazer a definição dentro de algumas horas. Deputado Lafayette Andrada, da bancada mineira, pode ser um apoio decisivo.
Emendas
Na semana passada, a Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara Municipal começou a discutir com a Secretaria de Planejamento do Território e Participação Popular detalhes técnicos que vão acelerar a execução das emendas parlamentares no orçamento de 2024. Segundo a página da Câmara no Facebook, cada vereador vai direcionar R$ 2,4 milhões no orçamento municipal, ficando desse valor R$ 1,2 milhão para a Saúde.
Os vereadores estão atentos à execução de suas emendas no próximo ano, que, além de ser o último do mandato, todos eles buscam a reeleição, candidatos às 23 vagas existentes no legislativo municipal a partir de 2025.
Estratégia
No Calçadão da rua Halfeld, que aos pouco vai retomando sua tradição de palco das conversas políticas, ouvia-se, na semana passada, entre gente da área, que a estratégia da direita para disputar a prefeitura deveria ser a seguinte: trabalhar para que haja o maior número possível de candidatos no primeiro turno. E tentar uni-los no segundo turno para enfrentar a esquerda. Mas é preciso que tudo fique bem combinado, com antecedência.
Tutelares (I)
O jornal O Tempo informa que lideranças da esquerda e da direita em BH mobilizam-se para as eleições do Conselho Tutelar, no dia 1°. Em vídeo divulgado na internet, a vereadora Iza Lourença (PSOL) diz que é importante escolher pessoas comprometidas com os direitos de todas as famílias. Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em outro vídeo, defende um candidato mais alinhado ao conservadorismo.
Tutelares (II)
Em Juiz de Fora, no domingo, haverá eleição dos futuros conselheiros tutelares. Os locais de votação são a Escola Normal (Rua Espírito Santo) e no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Rua Dr. Prisco). Serão escolhidos 25 conselheiros titulares e, no mínimo, 25 suplentes, que atuarão na garantia e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
A deputada Ione Barbosa gravou vídeo e o postou em suas redes sociais, estimulando a participação dos votantes, já que o eleitor pode participar de forma facultativa. No último pleito o segmento evangélico fez uma grande mobilização, elegendo algumas pessoas.
Inutilidade
Gente poderosa do PT não gostou quando sua presidente Gleisi Hoffmann, definiu como instituição inútil o Tribunal Superior Eleitoral. É que, diferentemente, os petistas gozam de muitas e generosas amizades na corte. Fato, contudo, é que um tribunal que se reúne duas vezes por semana, consome R$ 750 milhões. O Brasil é dos raros países em que funciona esse tipo de tribunal. Não se pode acusar Gleisi de tropeçar na verdade.
Acessibilidade
A Câmara marcou a passagem do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, pretendendo, com isso, que vereadores e fiscalizadores sintam as dificuldades da falta de acessibilidade em espaços públicos. No primeiro momento, os vereadores vendaram os olhos ou se sentaram em cadeiras de rodas e tentaram se locomover pelo parque Halfeld e pela Rua Halfeld.
O vereador Maurício Delgado, disse que “a ideia é propagar o 21 de setembro como o dia da luta da pessoa com deficiência”.
No atual mandato legislativo, não está representado o segmento das pessoas com deficiências. Na campanha eleitoral de 2020 verificou-se a presença de diversos candidatos defendendo a causa.
Distorção
Deputados pragmáticos que apoiam o governo Lula, por força dos acordos, ainda não entenderam bem a aritmética e o diagrama da distribuição de ministérios, quando se sabe – ninguém nega – que o objetivo da distribuição é garantir votos no plenário da Câmara. Pois bem, o PSB tem 15 votos no plenário, e ganhou três ministérios; o PP e Republicanos, que, juntos, têm 90 votos, ficaram com dois cargos na Esplanada. Os números não batem.
Sobre o óbvio
Uma conversa que havia começado em Juiz de Fora, meados de 1945, tratava da criação de um novo partido, capaz de ajudar o país a vencer as passadas amarguras da ditadura e, ao mesmo tempo, atraísse forças democráticas. Estava nascendo o PSD… Já no Rio, em seu apartamento na rua Raul Pompeia, Benedito Valadares reuniu-se com Amaral Peixoto, Agamenon Magalhães e Marcondes Filho. A ideia original era que o partido se chamasse, como fiel retrato do pessedismo mineiro, Partido Nacional Democrático Republicano – PNDR. O que queria dizer coisa nenhuma, porque qualquer um que se criasse seria um partido nacional, não podia deixar de ser democrático, muito menos seria antirrepublicano…