Eleição 2024 em pauta (XXXVII)
1 – As conversações que os dirigentes nacionais do PV vão realizar, nas próximas semanas, incluem a avaliação do desempenho do partido no interior do país. Evidente que, com dados a serem obtidos, baseados em relatórios procedentes dos estados, o Verde começará a projetar linhas e alternativas para o ano eleitoral. Parece que, sem diferenciar de outras pequenas siglas, serão escassos seus recursos para mobilização eleitoral. Então, a tendência é tentar concentrar as forças disponíveis em grandes e médios centros urbanos, até porque é nesses que podem encontrar maior receptividade as mensagens ecológicas, que são a base de suas propostas. Seriam 100 os pontos urbanos referenciais.
Em Juiz de Fora, onde integra aliança com o PT, o PV tem a presidência da Câmara.
2
- O
jornal
O
Pharol informa
que uma comissão do Ministério do Planejamento aprovou a carta
consulta para as obras de drenagem nos bairros Santa Luzia,
Industrial e Mariano Procópio. Primeira
etapa vencida na tramitação do Projeto Juiz de Fora +100: Águas no
Futuro. Como
as operações de crédito externo para estados e municípios têm
de ser
autorizadas pelo governo
Federal e Senado, o projeto passa
por quatro
etapas principais.
Agora, depende da Secretaria do Tesouro Nacional, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e, por último, do Senado. A fase seguinte é avaliar as finanças do município e as condições do empréstimo. A prefeitura tem de provar que tem como honrar a contrapartida: US$ 16 milhões (R$ 79,7 milhões).
3 - A prefeita terá de usar influência política ao nível federal para liberação da verba desejada, antes das eleições municipais de 2024. A drenagem naqueles bairros deve ser mais um tema de debate na campanha eleitoral .
4 - O governador Romeu Zema dá o tom de seu discurso na campanha eleitoral do próximo ano. Ele chama a atenção dos mineiros para a “tragédia que foi a passagem do PT pelo governo do Estado”. E é com esse discurso que pretende alçar voo para o cenário nacional. Como tem se dado muito bem com o colega Tarcísio, pode vir daí a reedição da politica café com leite, que no passado unir mineiros e paulistas.
5
- A primeira pesquisa Datatempo para as eleições municipais aponta
o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) liderando as
intenções de voto, com 16,1% no cenário estimulado para a
prefeitura de Belo Horizonte. Considera-se margem de erro de 2,83
pontos percentuais. Em seguida, aparece o senador Carlos Viana
(Podemos), que soma 10,4% das intenções.
Na sequência, vêm a deputada federal Duda Salabert (PDT), com 9,1%, e o atual prefeito da capital Fuad Noman (PSD), com 8,7%. Noman, desconhecido para 72,8 % dos eleitores ouvidos, tem o governo aprovado por 56,8%.
A pesquisa aponta, preliminarmente, a liderança de intenções de votos de dois candidatos jornalistas com experiência na TV, ligados ao segmento evangélico: deputado Tramonte e senador Carlos Viana. Já a terceira colocada, Duda Salabert, é ativista LGBTQIA+, primeira pessoa transgênero a se candidatar ao Senado. A capital mineira vai ter disputa eleitoral acirrada, onde a questão de gênero deve pautar debates entre os segmentos evangélico e LGBTQIA+.
6 - Tomemos, por empréstimo, texto do “Jornal do Brasil”, de terça-feira, que coincide com comentário da coluna sobre a diferença entre os pleitos nacional e municipais:
“A realidade nunca desmentiu. Quando se sai das capitais e se mergulha no interior do país, a conversa é outra, com encaminhamento complicado, pois ali a realidade política vive e sobrevive com base nos interesses locais, muitas vezes acima e até contra orientação dos comandos regionais e nacional. Quanto a isso, não ignoram os governistas, tanto fiéis de carteirinha como os chamados “iogurte”, de validade limitada… E, tanto mais distantes dos rincões, mais independentes do que Brasília manda que façam”
7 -O ex-deputado federal Júlio Delgado (PV) informa que está conversando com os dirigentes estaduais e nacionais do partido, de forma que possa viabilizar sua candidatura a prefeito.
Acontece que o PV faz parte de federação partidária, juntamente com PC do B e PT. Como o projeto do PT é a reeleição da prefeita Margarida Salomão, a vontade do ex-deputado pode não se viabilizar ante o pragmatismo político, que determina o que é mais conveniente em cada situação.
Há quem interprete que se trata de uma tentativa de se viabilizar a vice-prefeitura na chapa liderada por Margarida.
8 - Nos bastidores, comenta-se que o vereador José Márcio Garotinho, presidente da Câmara, já veterano no PV, também acalenta o projeto de ser vice.
9 - O governo federal quer aprovar logo uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que impede a entrada de militares da ativa na política. O Planalto pretende a aprovação da medida antes das eleições municipais.
10 - Mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global, foram, até agora, tema secundário nas disputas políticas municipais nas pequenas, médias e grandes cidades do país. Contudo, espera-se cenário diferente para as eleições de 2024.
As alterações drásticas na natureza tornaram-se a nova realidade do clima. Isto está demonstrado pelas tragédias que atingem anualmente várias localidades do Brasil. Em 2023 não está sendo diferente. A última tragédia, ocorrida em cidades do interior gaúcho, matou dezenas de pessoas.
11 - A deputada Soraya Santos (PL-RJ) é relatora de uma PEC que propõe percentual de cadeiras reservadas a mulheres na Câmara dos Deputados, Assembleias e Câmaras Municipais. Inicialmente, a reserva de vagas seria de 10% nas eleições municipais de 2024, e 16% na disputa eleitoral seguinte.
A interpretação de alguns parlamentares é que isso seria retrocesso, pois reduziria a cota de gênero, hoje equivalente a 30%, com redução do valor do fundo eleitoral.
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12 - A tragédia ocorrida na cidade, com o atropelamento coletivo de pessoas que estavam em festa de torneio leiteiro, teve grande repercussão. A prefeita Margarida decretou luto no município por três dias. Comentários nas redes sociais usam a tragédia para fins políticos, na tentativa de responsabilizar a prefeitura, mesmo sem o inquérito concluído, mas sabendo-se da responsabilidade de um motorista transtornado, causador do acidente. Nota da PM assegurou que já havia cumprido seu tempo no policiamento do local. O resto, portanto, seria responsabilidade da prefeitura. Seja como for, há uma tentativa de atribuir culpa à prefeita nesse episódio, sugerindo iniciativa de opositores, pensado nas eleições do ano que vem.
Rei morto, rei posto. A cidade, que tanto bajulava D Pedro II, e por ele cinco vezes visitada, logo procurou esquecê-lo com a chegada da República. Pedro Nava dizia que foi um adesismo vergonhoso. Nomes de ruas que lembravam o imperador foram substituídos pelos novos poderosos. A Câmara Municipal não foi exceção, embora mantendo, por alguns dias, o retrato de Pedro na parede… O vereador Ernesto Braga quis ir mais longe, com projeto que mandava substituir o nome Morro do Imperador por “Alto do Estado de Minas”. Não foi levado a sério, e o Morro acabou sendo Do Cristo, como está até hoje.
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