sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A festa dos honorários

A festa dos honorários

Queixa-se, com frequência, do desinteresse que geralmente se dedica às solenidades de diplomação de cidadãos honorários ou beneméritos. Em geral, elas são assistidas apenas por familiares ou pessoas cuja presença é obrigação social, mesmo que em alguns casos sejam reconhecidos os méritos do homenageado.
Os vereadores podem contribuir para tornar mais atraentes as sessões solenes destinadas a esse títulos. Por exemplo: evitar a desnecessária repetição dos dados biográficos de quem vai se preparando para ser juiz-forano por força de lei. Atualmente, como são três os longos pareceres das comissões, os vereadores encarregados dessa tarefa citam os mesmos dados curriculares, que serão repetidos, uma vez mais, pelo orador oficial. Tudo trabalhando para o enfadonho.
Essas solenidades também poderão se tornar mais agradáveis quando a Câmara acatar sugestão do Instituto Histórico para que se elimine o canto seguido do refrão do hino da cidade.


Presos livres no Natal

O problema se repete. Aproxima-se o Natal e os criminosos que cumprem pena e são tidos como de razoável comportamento ganham o direito de passar a festa cristã em companhia da família, graças ao indulto presidencial e aos critérios do juiz. Horas antes de serem soltos ouvem severa preleção sobre o compromisso de retorno à cela.
Muitos não voltarão, como não voltaram nos anos anteriores, o que devia ser motivo de adoção de critérios mais rigorosos na concessão de tal liberalidade. Em Juiz de Fora, há cerca de quatro anos, elaborou-se um estudo que serve para todo o Brasil, como acaba de informar o deputado Paulo Pimenta, da CPI da Violência Urbana: 70% dos criminosos que saem no Natal ou em qualquer outra época do ano reincidem. E geralmente cometendo crimes ainda mais graves.


Vinho, o grande aliado

Em uma década de pesquisas, os cientistas ainda divergem sobre as relações da gema de ovo com o colesterol, bem como os reais efeitos do cigarro em relação aos chamados “fumantes passivos”, mas eles não mais duvidam de que o vinho, consumido civilizada e comedidamente, é poderoso aliado para uma vida saudável.
Em Juiz de Fora, quem pesquisa a eficiência do vinho, seja ele tinto ou branco, é o psiquiatra Wanderli Monteiro. Em palestra no Instituto Santo Tomás de Aquino, ele lembrou que remonta à Idade Média o uso medicinal do vinho, e, muito mais tarde, Pesteur concluiu que é a mais saudável das bebidas.
Um cálice habitual participa do efeito antioxidante, ajuda na circulação e tem papel comprovado nas artérias coronárias.
(Cite-se que palestra sobre esse tema tem tudo a ver com uma instituição de cultura cristã, como o Santo Tomás. O vinho é citado cerca de 400 vezes na Bíblia. E ainda: No momento mais grave e solene de sua vida, fazendo a ceia com os apóstolos e dando vida à Eucaristia, Cristo não serviu leite de cabra, mas vinho...




Uma rodovia prioritária

Quando o governo Anastasia já tiver todos os homens nos devidos lugares, mas principalmente os que vão cuidar do plano rodoviário, terá chegado o momento em que as lideranças serão chamadas a tratar das prioridades regionais. E terão de trabalhar ligeiro, porque os projetos rodoviários em Minas costumam demorar décadas, não faltando casos em que são pedidos e negados em mais de meio séculos.
Há um projeto engavetado e esquecido, raramente citado, mesmo encostado em Juiz de Fora. É a estrada que, a partir de Orvalhos, vai ligar a região a São Paulo, passando por Santa Bárbara, na divisa com o estado do Rio, e dali até Quatis. De todos os bons serviços que ela pode prestar, o mais importante é que representa redução de 84 quilômetros na distância entre Juiz de Fora e São Paulo.
Acanhadamente iniciado, o abandono do projeto não pode ser explicado na carência de recursos financeiros, porque faltam apenas 24 quilômetros para sua conclusão. Qualquer resto de orçamento resolve.

Um comentário:

  1. Caro Wilson Cid,
    Trecho Orvalhos-Santa Barbara
    Esse deveria ser um dos projetos prioritários para JF no governo Anastasia.
    Além de permitir uma redução considerável de 84 kms, evitaria o martírio que é passar dentro de Volta Redonda . Se pensarmos que São Paulo é o maior centro consumidor do país e se JF pretende aproveitar sua localização geográfica como grande centro distribuidor, já estamos atrasados nesse projeto.
    Ótimo Natal e 2011 com nova ligação JF-SP
    Samir Rahme

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