quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sigla e estigma

Se for verdade que o novo PSD vai pautar suas ações como partido eminentemente de centro, segundo seu fundador, prefeito Gilberto Kassab, ele estará ressuscitando o primeiro PSD, criado em 1945; já então no centro, mas na maioria da vezes com posições de um conservadorismo que se identificava mais com a direita. Muitas vezes no foco das grandes decisões, um de seus últimos líderes, almirante Amaral Peixoto, dava a receita dos êxitos obtidos: tirar o melhor que tem a esquerda, o melhor da direita e decidir no centro.
Quando veio o golpe militar, o PSD foi extinto em 65. Reapareceu na década de 80, novamente se recolheu, voltando em 2003 pelas mãos de Nabi Chedid. Mas nunca mais sem a antiga importância.
Quando Vargas criou o PTB para cuidar da política urbana, mandou que amigos fieis fundassem o PSD para cuidar dos fazendeiros e coronéis, que seriam hoje os capitães do agronegócio. Kassab e seu novo partido prometem promovê-los numa linha de nítida prioridade.


O custo do minério

Já está protocolizada na Comissão de Infraestrutura do Senado a proposta de Aécio Neves sobre a nova forma de indenização aos estados e municípios que sofrem as consequências da exploração predatória de minérios. Nesse campo, o ônus mais pesado sempre fica com a economia mineira. Atualmente, a indenização paga pelas empresas que se dedicam à mineração vai de 0,2% a 0,3%. O senador quer 5%.
Em Juiz de Fora não se explora minério, mas a revisão da taxação foi tema de destaque do candidato Omar Peres nas campanhas de 2008 e 2010.



Maioridade


O Partido Verde admite que acaba de atingir sua maioridade em Minas, com diretórios ou comissões provisórias em 429 do 853 municípios do estado, segundo seu presidente, Ronaldo Vasconcellos. Os verdes estão, portanto, representados em 50% dos municípios.


JF no distrital

Entre as propostas políticas mais excitantes do PSD, partido que acaba de ser criado, está a experiência do voto distrital, a começar pelos 85 municípios com mais de 200 mil eleitores, o que já valeria para a eleição proporcional de 2014. A Redação procurou obter, S.Paulo, detalhes da proposta, confirmando que Juiz de Fora faria parte da relação experimental.


Ânimo total


Os políticos têm registrado a animação do ex-prefeito Tarcísio Delgado, que promove reuniões, convida interlocutores, desloca-se para Belo Horizonte, critica e opina sobre as questões mais momentosas da cidade. Como se fosse candidato a um quarto mandato, o que ele já desmentiu, alegando que está dedicado ao escritório de advocacia que dirige.


Terceira via


Andou circulando que o ex-deputado Paulo Delgado, hoje dedicado a escrever, estaria se vinculando ao PPS, depois de uma vida inteira dedicada ao PT. A mudança não é objeto de análise mais profunda, mas a notícia não foi apenas fruto dos ventos. Durante um jantar político de mineiros em S.Paulo, falava-se sobre a “inconveniência” da polarização PSDB-PT na sucessão municipal em Juiz de Fora. E a importância de uma terceira via.


((publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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