quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Em gotas

Col Wcid 10 nov 11


Em gotas

Já se viu que seis ministros foram defenestrados, e o sétimo está a caminho. Essa sucessão, em tão curto espaço de tempo, é inédita, e pode ser considerada uma interrogação para a reforma ministerial que tem de vir nas primeiras semanas de 2012: se, por um lado, tamanha desocupação facilitaria o trabalho da presidente, pode também ser um problema, porque os provisórios que estão chegando vão querer mostrar serviço para serem mantidos. De qualquer forma, pode ser uma reforma tratada em regime de conta-gotas.


Apertado

Não obstante alguns expedientes que aplicou para salvar a própria pele, no temporal das denúncias contra seu Ministério, Carlos Lupi parece estar em corda bamba por causa de um detalhe, que agrava sua situação: há três meses ele foi chamado a palácio e recebeu orientação para conter a sede de dinheiro de seus assessores. Não tomou providências.


Reflexo

A crise que envolve o Ministério do Trabalho não se restringe à posição do ministro e dos principais assessores. Ela se estende ao PDT e à Força Sindical, que, da mesma forma como se deu com o PCdoB no Ministério dos Esportes, querem se manter no controle da Pasta, o que reduz em muito a capacidade de o governo articular.


Secretário

Eleito, no dia 23 do mês passado, segundo secretário da executiva do PPC de Juiz de Fora, o ex-vereador Marcos Pinto já vai assumir a cadeira de primeiro secretário, que ficou vaga na terça-feira com a morte de Wagner Riani.


Os partidos

A definição vem de Rudá Picci, sem sofrer reparo:
“ Sem partidos inseridos no cotidiano nacional, há pouco protagonismo social. Os partidos parecem fechados nos seus velhos esquemas de contrapeso, de chantagens, pressões, trancamento de pautas parlamentares e composições. Fecham-se em si mesmos, se alimentando desse sistema que se auto-promove. Assim, acabam por gerar um pêndulo que se bifurca entre as eleições e os jogos palacianos. Os jogos palacianos têm nos parlamentares seus protagonistas, quase sempre avalistas de ministros ou que chantageiam diariamente os governos”.


Sem solução

Na Assembleia Legislativa, deputados começaram a colher sugestões para discutir, numa conversa franca, o problema da dívida de Minas com a União. Uma conclusão óbvia: tendo de pagar juros em cima de uma dívida de R$ 64 bi, ela jamais poderá ser saldada.

Lapicua

Na política, como em qualquer campo de atividade, não faltam supersticiosos. No Congresso, todos conhecem essa característica do senador José Sarney. Mas são muitos que, por exemplo, não gostam de brincar com números. E, amanhã, vão preferir não tomar atitudes mais importantes, por causa da lapicua (números que, invertidos, dão no mesmo, como as letras palíndromas): 11 do 11 do 11.
A inversão mais perfeita, incluindo horas e minutos, quando nenhum dos atuais políticos estará vivo, será daqui a 101 anos: 21 12 21 12 2112. A última lapicua perfeita da História.


(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS))

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