quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Abrangência

Amanhã, em hora e local ainda não definidos, o vereador Isauro Calais (PMN) e o deputado Bruno Siqueira (PMDB) vão se reunir para conversar sobre o quadro sucessório que se avizinha. Calais é pré-candidato já apresentado pelo partido, enquanto no PMDB cerca de metade do diretório admite como viável a candidatura do deputado. Num primeiro momento, além de estar ou não na disputa, o que eles têm para conversar é a abrangência de uma possível aliança.


Desoneração

Em seu boletim de prestação de contas, que divulgou na terça-feira, o vereador José Sóter Figueirôa reclamou um maior esforço para a reforma tributária, que seja capaz não apenas de desburocratizar e simplificar, mas também combata a guerra fiscal, que ele define como “predatória, antropofágica e suicida”.
O vereador considera que, pelas características da cadeia produtiva, essa reforma tem especial importância para o município.



Rota oposta

Nem sempre as alianças parlamentares têm como objetivo conter ou policiar as atividades do governo, como ainda agora acordam o PSDB e o novato PSD. Decidiram apoiar a ideia de conferir à presidente Dilma a prerrogativa de promover desvinculações de receita da União em até 20%. Com isso, ela poderá rearticular recursos de rubricas diversas, sem que o Congresso possa protestar. É liberdade demais.
Mas, para que essa gentileza se concretize é preciso combinar com os demais partidos.


Prioridades

Depois de terem elaborado amargas queixas quanto ao desprestígio de Minas nas grandes decisões nacionais, o que nos tem valido escassez de recursos para obras, os partidos mais expressivos do estado decidiram atacar. Vão levantar a voz em Brasília, dando-se ao governador Antônio Anastasia a missão de encaminhar as propostas.
Elabora-se uma pauta de reivindicações. Já se sabe que dela constará a duplicação da BR-267 entre Juiz de Fora e Leopoldina, conforme sugestão do deputado Marcus Pestana.


Fala grosso

Animado com o prestígio que ganhou nos últimos dez dias, sob os holofotes da roubalheira que sua gente aprontou no Ministério dos Esportes, sem perder o poder de mando nesse campo generoso, o PCdoB engrossa a voz ao tratar do apoio à reeleição do prefeito Márcio Lacerda, em Belo Horizonte. Só adere depois de saber qual a secretaria que lhe caberá.


Missão

Ainda sobre o PCdoB, que acaba de confirmar seu grande prestígio junto a Dilma, como herança do governo Lula: com o afastamento de Aldo Rebelo, que se tornou ministro dos Esportes, a bancada comunista deve, naturalmente, assumir a defesa dos projetos que deixou para trás. Entre eles, a criação do Dia Nacional do Saci-Pererê, o Programa Nacional Pró-Mandioca e a limitação de expressões estrangeiras no comércio, nas artes e no cotidiano dos brasileiros.



Sinistrose

As enfermidades, quando escolhem pessoas de grande expressão, como é o caso de Lula, costumam gerar interpretações confusas, muitas vezes até se prestam a boatos maldosos. Também não faltam os “urubulinos”, capazes de elaborar previsões as mais sinistras.
O ex-presidente padece de um câncer que os especialistas definem como perfeitamente contornável, mas nem por isso deixam de se antecipar algumas previsões aterradoras. Pois esse câncer, por si só, sem complicações e sem novas surpresas, não vai removê-lo do campo de altas influências no poder. É prematuro, portanto, achar que a presidente Dilma começar a navegar com as suas próprias velas. Lula não ancorou.


(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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