Na elaboração do programa que vai apresentar em novembro, em rede nacional de televisão, o PSDB decidiu que não podem aparecer o senador Aécio Neves e o ex-governador paulista José Serra. Os dois, apontados como pré-candidatos à presidência da República em 2014, já andaram se estranhando, e, como cada qual suspeita que o outro leva vantagem, a solução é não permitir que os dois apareçam na tela para falar.
Essa decisão serve para desabonar os tucanos que garantem não haver luta interna com vistas à sucessão de Dilma.
Nova escalação
Duas são as motivações que devem levar a presidente a reorganizar seu ministério nos últimos dias deste ano ou nos primeiros de 2012. A primeira é a queda de seis ministros, todos acusados de prática de irregularidades, o que acabou deixando um vácuo na máquina administrativa, e vários de seus substitutos resultaram de improvisações. A segunda motivação é que, ao menos quatro titulares querem disputar a prefeitura em seus redutos e precisam se desincompatibilizar.
Outro aspecto a considerar é que, dependendo da duração do tratamento do câncer sofrido pelo ex-presidente Lula, ele terá de se afastar das atividades políticas, interferindo menos nas coisas dos ministérios, onde muitos dos que lá se encontram são mais lulistas e menos dilmistas.
Entre famílias
Mas para ajudar a complicar a missão presidencial, considerem-se também os laços de parentesco no primeiro escalão. Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, é marido da senadora Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil. Já Gilberto Carvalho, Secretário-Geral da Presidência da República, é irmão de Mirian Belchor, ministra do Planejamento, que já foi casada com Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, que morreu assassinado. , ;
Resto a pagar
O Tribunal Regional Eleitoral detectou uma irregularidade na demostração de despesas realizadas pelo PSDB na última eleição realizada em Minas. São despesas feitas com recursos do fundo partidário, mas sem documentos de comprovação. O partido tem 60 dias para repor os R$ 70 mil não demonstrados.
Grande desafio
Os governos, não é de hoje, enfrentam altos custos de obras públicas, muito mais caras do que podiam custar, por causa dos grandes interesses, e demoram na conclusão, até porque obra demorada é que dá mais lucro às empreiteiras. Há uma estrutura de poder tão influente e poderosa, que nem a honestidade pessoal do presidente ou dos ministros é suficiente para conter a gulodice. Há uma comparação entre duas pontes, uma no Brasil e outra na China, para mostrar como o contribuinte brasileiro é espoliado. Por exemplo: a deles, com 42 km, custou R$ 2,4 bi e demorou quatro anos para estar concluída. A nossa, em Guaíba, com extensão de 2,9 km, custou R$ 1,16 bi, e também quatro anos para terminar.
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))
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