A Polícia mineira sabe que foram muitos os políticos vítimas do estelionatário Nilton Monteiro, mas ainda não precisa exatamente quantos foram. É uma questão complexa, que deve exigir longas investigações.
O lobista confeccionava títulos de crédito fraudulentos que, somados, passam de R$ 300 milhões e tem, entre suas vítimas, o ex-presidente de Furnas Dimas Fabiano Toledo, o ex-governador e senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o presidente do PSB, Walfrido dos Mares Guia. O “Jornal do Commercio” informou ontem que Monteiro é apontado como o responsável pela elaboração da "Lista de Furnas", com nomes de 156 políticos de 12 partidos que teriam recebido recursos da empresa para a eleição de 2002.
A prisão de Monteiro só foi possível quando se provou que uma assinatura dele estava falsificada. O lobista cobrava uma dívida de mais de R$ 3 milhões do advogado Carlos Felipe Amadeu. Na data em que Amadeu assinou, ele estava internado, em estado grave, no Rio de Janeiro, e lá morreu. "Fizemos a perícia técnica e descobrimos que a assinatura não era dele. Outra perícia também constatou que, na situação em que Amadeu estava, não seria possível que assinasse o documento. Amadeu atuou como advogado de Dimas Fabiano Toledo, informou o delegado
Márcio Nabaki.
Pela legenda
Ontem à tarde, no Hotel Constantino, na reunião em que o PMN apresentou o vereador Isauro Calais como seu pré-candidato à sucessão de Custódio, o ex-prefeito José Eduardo Araújo, recém-filiado, elaborou uma previsão: o partido pode fazer três vereadores. Mais importante que essa expectativa: propôs uma campanha paralela para o voto de legenda, porque o PMN tem um número fácil de ser memorizado – 33.
O voto puro de legenda andava muito esquecido. O MDB fez uso dele com grande empenho nos anos da ditadura.
Em apuração
Senadores oposicionistas estão empenhados em saber se realmente a decisão da presidente Dilma de manter no cargo o ministro Orlando Silva resultou de uma ordem expressa de Lula, como publicou, em manchete, o jornal O Globo. Caso afirmativo, vão se sentir à vontade para interpelá-la: afinal, quem está mandando neste País ?
Boa impressão
O deputado Roberto Freire sempre lembra que ao se candidatar à presidência da República, em 1989, Juiz de Fora foi o colégio eleitoral que, proporcionalmente, lhe deu o maior número de votos, quando promoveu uma campanha de renovação de hábitos políticos, tendo o sanitarista Sérgio Arouca como seu vice. Na semana passada, ao pronunciar conferência na OAB, ele voltou a falar dessa performance.
Ex-vereadores
Na composição de seu diretório municipal, no domingo, o PPS teve registrados três ex-vereadores no colegiado diretor: Marcos Pinto, Rose França e Antônio Jorge, que foi eleito presidente da executiva.
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS ))
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