quarta-feira, 26 de outubro de 2011

As tendências

Só quando os pequenos partidos tiverem organizado suas comissões provisórias, com os dirigentes escolhidos e definidos, é que se poderá conhecer a base das alianças que vão compor a eleição do prefeito em 2012. Os grandes atraem os pequenos, porque também na física da política é assim que as coisas acontecem.
No caso previsto, PSDB e PT devem figurar como os que exercem maior força sobre os demais. O PMDB poderá atrair um pouco, desde que tenha candidato próprio.


Os custos

Mas, em relação aos candidatos e às alianças que vão apoiá-los, já se sabe, desde agora, que o primeiro assunto objetivo que terão de tratar é a ocupação do tempo de propaganda no rádio e na televisão, para que seja aproveitada ao máximo a grade disponibilizada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Mas a campanha propriamente dita, a que vai às ruas, essa será adiada, tanto quanto possível, como solução para economizar gastos.


Diferentemente

Chama a atenção o rumo das conversações em torno da candidatura do prefeito Márcio Lacerda, em Belo Horizonte. Se a aliança a apoiá-lo tomar mesmo a forma que se delineia, vamos assistir a uma fusão esquisita: PSDB e PT juntos ao PSB e a vários outros, inclusive o PMDB, não por lhes faltarem recursos próprios, mas por conveniência circunstancial. E para mostrar que os partidos perderam sua identidade.



Quem são?

Na rodada de conversações que Dilma presidiu, com o objetivo de definir a situação do Ministério dos Esportes, que o governo transformou em feudo do PCdoB, ela bem que podia aproveitar a oportunidade e pedir a ficha dos comunistas. Quem são eles? O que têm feito pelo comunismo no Brasil? O que há de autenticidade ideológica nesses homens? Onde altos funcionários, como o ex-ministro Orlando Silva e Wadson Ribeiro, guardaram a foice e o martelo?
No Rio, Anita Leocádia, filha mais velha de Luiz Carlos Prestes, queixa-se da exploração que se faz da memória de seu pai. Aquele sim, era comunista.


Pé na estrada

Muitos deputados começaram a ensaiar suas pré-candidaturas a prefeito nos municípios onde foram majoritários ou tiveram votação expressiva. Todos os partidos já os conhecem.
Mas, no caso de essas candidaturas não vingarem, vão exigir deles atuação direta, animada e ostensiva nas alianças, com pé na estrada para arrancar votos. O que já foi exigido em ocasiões anteriores, e não faltou deputado que fizesse corpo mole, quando não eram candidatos.



Raia apertada

A notícia certamente não é das mais agradáveis para meio milhar de candidatos a vereador, que vão se aventurar nos mais diversos partidos. Mas é certo que não terão 19 ou 21 cadeiras para disputar, porque está confirmado: os atuais vereadores vão tentar a reeleição, com exceção de Isauro Calais e Flávio Cheker, se chegassem a disputar a prefeitura. Quando o vereador concorre estando no cargo, leva alguma vantagem, ainda que uma terça parte certamente não será reeleita. Alvíssaras!

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Pode-se tomar como modelo: toda vez que um ministro acusado de corrupção diz que não deixa o cargo de jeito nenhum é porque já está esvaziando as gavetas. E se disser que só sai morto é porque vai sair mais rápido que se espera.


(( publicado também na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))

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