quinta-feira, 19 de julho de 2012

Congresso no futuro

A decisão dos grandes partidos, principalmente PSDB e PT, de insinuar que o mapa dos prefeitos a serem eleitos neste ano vai oferecer sólidas projeções para a disputa presidencial de 2014, pode trazer influências sobre o Congresso Nacional. Por dois motivos: muitos parlamentares encurtam sua presença em Brasília, preferindo estar no interior e influir na campanha de seus candidatos favoritos, e por isso prejudicam o quórum nas votações mais importantes; ou porque, desde já, querem se posicionar em relação ao embate seguinte. A se confirmarem tais interesses, os próximos dois anos estarão correndo o risco de se tornarem algo volátil, com constantes mudanças na forma e no conteúdo. As votações passariam a se inspirar nos interesses do quadro de 2014. Em razão disso, é possível que não consigam tramitação matérias muito polêmicas, capazes de acirrar ânimos e provocar divisionismo.
Ausência
Pela primeira vez, consideradas as campanhas eleitorais da cidade nos últimos vinte anos, estará ausente Antônio Jorge Marques, secretário estadual de Saúde. Fica em Belo Horizonte integrando a comissão de coordenação da campanha do prefeito Márcio Lacerda. Em 2010 ele trabalhou para a eleição do deputado Marcus Pestana. Dois anos antes atuava na coordenação da campanha de Custódio Mattos. Seu plano é dedicar todo o período de férias à campanha da capital.
PIB em dois tempos
Há quatro meses, não mais, o governo promoveu festivo alarde para anunciar que o PIB brasileiro havia atingido um patamar invejável para o mundo, e nisso até andou fazendo pouco caso de outros países. Comparava-nos à Inglaterra, como se ela fosse indigente diante do Brasil. Agora, quando o nosso PIB vai despencando, a presidente Dilma muda de opinião, para dizer que ele não tem maior importância.
Eleição cara
De dois em dois anos sobe, em torno de 20%, o custo de uma eleição. Ainda agora, só para garantir a manutenção das urnas, o Tribunal Superior Eleitoral terá de investir R$ 130 milhões. É o suficiente para excitar os que acham que o Brasil gasta muito e desnecessariamente com eleição.
Ordem é ordem
Laszlo Csatary, 97 anos, o carrasco nazista mais procurado do mundo, responsável pela morte de 16 mil judeus, acaba de dizer que o que fez foi para cumprir ordens. O mesmo que disseram os que torturaram e mataram nas ditaduras brasileiras. É a história de sempre. Toda vez que o sujeito se envergonha do que fez, diz que estava cumprindo ordens.
Sem alteração
A presidência nacional do Partido Trabalhista Brasileiro está de novo com o ex-deputado Roberto Jefferson, que foi figura central nas denúncias contra o mensalão. Com isso, pode ser que se altere o projeto eleitoral trabalhista em algumas cidades, menos em Juiz de Fora, onde o PTB apoia Custódio Mattos, em cuja equipe atua um irmão de Jefferson, Ricardo.
Os ecológicos
Recém-criado, o Partido Ecológico Nacional sabe que ainda tem muito caminho a percorrer. Não há como pensar em comissões provisórios municipais, e só agora consegue o primeiro deputado para formar sua bancada. É Francisco Francischini, a quem se poderá recorrer no momento em que se pensar na comissão de Juiz de Fora, pela via de afinidades e de lideranças evangélicas.
Mistura difícil
Ubá, que faz parte das cinco maiores cidades da Zona da Mata, também integra o mapa da mais difícil entre as alianças políticas, a união do PT com o PSDB na disputa das prefeituras. São 27 as prefeituras mineiras disputadas com tucanos e petistas de braços dados. Quando se trata da disputa do poder municipal costumam ser secundárias as divergências partidárias em Brasília. ((( publicado no TER NOTÍCIAS desta sexta-feira))

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