quarta-feira, 25 de julho de 2012
Blindagem
No Partido dos Trabalhadores é quase consenso que Brasília vai se esforçar ao máximo para consolidar o nome do ministro Fernando Pimentel como candidato a governador de Minas em 2014. Não disputando a prefeitura de Belo Horizonte, como anteriormente se desejou, ele permanece blindado por mais dois anos. Essa blindagem é outro serviço que estaria prestando ao partido a candidatura de Patrus Ananias.
Referência
Nos encontro que o prefeito e candidato à reeleição Custódio Mattos tem promovido com representantes da comunidade, com o objetivo de se cumprir uma pauta temática, quando o assunto é cultura e turismo a principal referência é o Museu Mariano Procópio. Fechado há quatro anos, não há quem não tema pelo futuro daquele acervo, um dos mais ricos do País.
Presença de Lula
Lula continua sendo necessário ao PT. Mesmo cuidando de uma grave enfermidade, precisa dar uma pausa no tratamento e fazer campanha para o partido. No início de agosto ele vai se submeter a exames e avaliar o quadro clínico, para depois poder entrar na campanha. Mas, agosto tem o julgamento dos réus do mensalão, onde seu nome vai ser arrolado nos depoimentos. Afinal, o episódio ocorreu no seu primeiro governo. Então, Lula tem dois embates pela frente: as eleições municipais e o julgamento de seu governo no STF. O legendário líder do PT sabe do momento que vive. Pode ser que esteja sob tensão, mas não deixa transparecer. A vivência de um retirante nordestino fez com que ele adquirisse um instinto de sobrevivência capaz de construir uma história que começou como um 'pau de arara' que chega à presidência da República, e hoje é o ícone de seu partido.
Pouca fé
Conversa ouvida ontem à tarde entre três crentes que esperavam o sinal verde, na esquina de Rio Branco com Floriano Peixoto:
“Quando chega a eleição, muitos candidatos querem o apoio dos evangélicos, mas depois a gente nunca vê um deles nos cultos”.
Manifesto
Em data mais próxima das eleições, possivelmente nos últimos dias de agosto, os partidos que fazem parte da base do governo Anastasia vão divulgar manifesto de apoio aos candidatos recomendados pelo Palácio da Liberdade nos municípios do interior. Sendo nove, a dificuldade estará no fato de que nem todos apoiam, em conjunto, os candidatos apresentado pelo PSDB, líder da bancada. Formam a base, além dos tucanos, o PSD, PTB, PHS, PPS, PR, PRP, PRTB e PT do B.
Mais espaço
Tão certo de que se sairá bem no balanço geral das eleições deste ano, o PMDB vai se preparando para postular mais espaços no governo federal. Mas deve saber que seu poder de exigência fica na dependência de outro balanço, o do PT. À medida que os petistas crescerem, e eles também esperam por isso, fica reduzido o poder de pressão dos demais aliados.
No fundo, o que parece motivar a todos é uma nova discussão sobre o papel das alianças contempladas. Por exemplo, o que se considera um capricho da política, que mantém o PCdoB, o mais modesto entre os partidos da base parlamentar, no comando do Ministério dos Esportes, um posto que o projeta internacionalmente, graças a dois eventos notáveis: a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Fiscalização
Entre os temas que exigem maior discussão, e que estão sacrificados pelas eleições e pelos desdobramentos políticos imediatamente seguintes, estão as antigas suspeitas de que nem todas as ONGs – Organizações Não Governamentais – têm sincera e desinteressada disposição de ajudar o Brasil a resolver seus problemas. E por isso impõem-se instrumentos legais para a depuração. Sob o manto da filantropia ou da orientação religiosa, geralmente praticada em pontos distantes dos grandes centros (há um gosto especial pela Amazônia) elas já fizeram muito para justificar a fiscalização de suas ações. Mas o governo não tem revelado ânimo para tanto, nem mesmo quando se denuncia um absurdo. É o caso de uma delas, que chegou a estimular índios do Pará a lutarem pela separação de suas aldeias, constituindo-se em nação independente.
(( publicado na edição desta quinta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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