segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Simplicidade
Para que não se diga que as longas e cansativas solenidades são um privilégio nosso, o governador Anastasia acaba de assinar decreto determinando que nelas se adote o estritamente necessário. Há dias, a coluna havia sugerido algo parecido em relação à entrega dos diplomas de cidadania honorária.
Um dos excessos que se espera seja extinto, aqui e em qualquer lugar, é a monotonia de cada orador repetir os nomes de todos os componentes das mesas.
O que fica
Contrariando palpites anteriores, não se sente a intenção do novo prefeito de extinguir a Secretaria de Agricultura, embora ela possa, no futuro, receber mudanças em sua estrutura. Aliás, sobre essa secretaria cabe lembrar que em todo início de uma Administração Municipal ela é citada para a degola, o que nunca ocorre.
Antes do Natal
Nem todos percebem, mas a eleição do presidente da Câmara Municipal não se resume na escolha do nome do presidente. É preciso compor toda a Mesa, o que demanda outras articulações. Ainda assim, é certo que tudo estará resolvido bem antes do Natal.
As prefeitas
As bancadas femininas no Congresso fecham o ano mais animadas, pois as últimas eleições revelaram que em janeiro elas estarão comandando 12% das prefeituras, o que significa aumento de 31% em relação a 2008. É um progresso expressivo, o que vai estimular deputadas e senadoras a aproveitar o momento e ativar a campanha por uma participação maior do poder feminino na política.
Minas Gerais é o estado com maior número de prefeitas eleitas. Elas vão comandar 71 cidades a partir do ano que vem. E São Paulo é o segundo lugar, elegendo 67 prefeitas.
Desempate
Como a esperada reforma político-eleitoral sempre tem espaço para novas sugestões, já se sabe que vem aí mais uma. Trata-se da criação de um critério para a eleição de prefeito em pequenos municípios, quando ocorre empate de votos. Em Bananal, no interior paulista, por esse motivo Míriam Bruno, do PV, acabou eleita prefeita. Em Balsa Nova, no Paraná, os anos a mais de Luiz Costa, do PMDB, deram a vitória a ele. Às vezes, o eleito tem apenas alguns dias a mais de idade, e por isso sai premiado.
Muitos, e entre eles deputados reformistas, acham que o critério é injusto, e a legislação precisa descobrir outro. Mas qual?
Domésticas
Faz 40 anos, hoje, que o presidente Medici sancionou a Lei 5.859, definindo direitos do empregado doméstico, classificado como ”aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial”.
Passadas quatro décadas ainda há muito o que fazer. Segundo a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, ainda são poucas as que têm todos os direitos garantidos, pois apenas 30 ou 40% delas no Brasil têm carteira assinada. Para Francisco Xavier, secretário da entidade, “é inaceitável que nos dias de hoje a gente continue tendo o mesmo tratamento que tínhamos 30 anos atrás".
Requisitado
Ontem, na solenidade em que anunciou investimentos da ordem de R$ 530 milhões na Universidade e no campus de Governador Valadares, o reitor Henrique Duque garantiu que nenhuma função o atrai fora do reitorado, e é ali que quer permanecer nos vinte meses que lhe restam na gestão. E disse o que poucos sabiam: por três vezes o governo federal já o quis para ocupar cargos em Brasília. E, no ano passado, lembrou que partidos e amigos pretenderam lançá-lo candidato a prefeito, outra experiência que não quis trocar pela reitoria.
Boa convivência
Ainda sobre o reitor e a solenidade de ontem no Museu Murilo Mendes: ele passou dez dias em Brasília garimpando verbas e disputando emendas de deputados, e se disse particularmente grato à colaboração de Marcus Pestana.
Houve caso em determinado recurso sairia para a Universidade ou para a prefeitura. Propôs-se logo um entendimento, pois, segundo Henrique Duque, é excelente sua convivência com Bruno Siqueira.
(( publicado também na edição desta terça-feira do TER NOTÍCIAS))
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