quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Preto no branco
Pode ser considerado um dos fatos importantes da política, neste ano que vai acabando, a decisão da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, de tornar públicos os nomes de pessoas, empresas e grupos que financiaram a campanha de seus candidatos favoritos. A liberação vem para atender solicitação feita por meio da lei de acesso a informações públicas. Os recursos divulgados são os recebidos até o dia 2 de agosto.
A lei faculta aos candidatos informar duas vezes, uma em agosto e uma em setembro, quanto receberam e quanto pagaram, mas lhes permitia manter em segredo o nome dos doadores. Agora, a ministra suspendeu o segredo. Vence o direito de o eleitor saber. Nos Estados Unidos, até a arrecadação da pré-campanha é pública.
Ação e reação
A decisão do prefeito eleito, Bruno Siqueira, de publicar parcialmente o secretariado, deságua em duas consequências: de um lado, elimina as especulações em torno dos cargos que têm seus nomes indicados. De outro lado, intensificam-se as pressões em relação às secretarias ainda não ocupadas.
Seja como for, haja paciência.
Bem discretos
Nos contatos que manteve com pessoas consultadas sobre a possibilidade de servirem no primeiro escalão, a partir de janeiro, Bruno sugeriu que guardassem reserva, para que se preservasse o desejado espírito de equipe. E não há como condená-lo por isso. O apelo explica o fato de alguns convites já terem sido aceitos, mas os convidados o neguem.
Breve explicação
E-mail de leitora que se apresenta como Maria do Carmo Salesi, residente na Avenida Itamar Franco, expõe sua versão sobre a preocupante escassa participação da mulher na política, a despeito de terem sido muitas as prefeitas eleitas em outubro último. Advogada, embora afastada da profissão nos últimos meses, diz ela que as culpas começam com os livros de história nas escolas: “os atos heroicos e os grandes êxitos das mulheres raramente são citados. Os homens é que aparecem. As meninas leem isso e já vão se formando como condenadas à inferioridade”.
Diplomação
Marcada para o dia 19 a diplomação dos eleitos em outubro, a esperança é que a Justiça Eleitoral trace a programação de forma que a plateia e autoridades convidadas não se cansem. Em rigor, apenas dois discursos são necessários: do juiz do foro eleitoral e, para exaltar o trabalho da Justiça, o prefeito eleito, que fala em nome de todos. E pronto.
A propósito: há um decreto, recentemente assinado pelo governador que manda simplificar as solenidades públicas no estado de Minas.
A longo prazo
Em Paris, onde se encontrava antes de voar para Moscou, a presidente Dilma fez um discurso que parece embutir seu projeto de disputar a reeleição e ficar mais quatro anos. Disse ela que vai construir “nos próximos anos” 800 aeroportos e 15.000 quilômetros de rodovias. Um projeto ambiciosíssimo para os dois anos que lhe restam de mandato.
Solução radical
Quem quer que seja o novo titular da Secretaria de Transportes ( o vereador José Figueirôa continua sendo o nome para ocupá-la) deve se preparar para ouvir de técnicos qualificados que Juiz de Fora chegou a tal ponto de saturação urbana, que só resta adotar a solução radical: carros com chapas de números pares trafegando nas segundas, quartas e sextas-feiras; e chapa com chapas terminadas em números ímpares com permissão para trafegar às terças e quintas-feiras e sábados. Nos domingos, liberação geral.
A zona urbana é cruel e econômica quanto a alternativas, enquanto o número de veículos tem um crescimento diário.
Não viu, não ouviu
A internet e os navegadores criativos passaram a semana perseguindo o ex-presidente Lula, por causa de sua insistência em se eximir de qualquer culpa no mensalão, ao mesmo tempo em que nega relacionamento com a quadrilha formada por seus antigos assessores. Nada viu, nada ouviu, nada falou.
Mas essa garantia de inocência não ganhou plena confiança no Supremo Tribunal Federal, e há proposta de quatro ministros para que Lula seja investigado. É a primeira vez na história da mais alta corte de Justiça do País que se levanta suspeita desse tipo.
(( publicado também na edição desta sexta-feira do TER NOTÍCIAS ))
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