terça-feira, 25 de junho de 2013
Três dúvidas
A presidente Dilma sugere que se consulte o Congresso Nacional sobre a convocação de plebiscito para a Assembleia Constituinte, através da qual a sociedade brasileira se manifeste em relação à reforma política. De modo geral, pareceu que o governo quer empurrar mais um pouco a definição de uma reforma que há mais de 20 anos todos consideram essencial. Seja como for, há três pontos que criam outras dúvidas:
1 - Como adverte o jurista Carlos Veloso, ex-presidente do STF, não há como convocar Constituinte para fim específico. Só seria aceita para tocar em toda a Carta Magna, não apenas em tema pré-estabelecido.
2 - Qual seria o critério para a indicação dos membros dessa Assembleia? Por classes representativas, como pretendia a câmara orgânica dos integralistas?
3 - Por que perguntar ao Congresso sobre como realizar uma reforma que faz parte de suas atribuições?
E o prazo?
Como muito apropriadamente disse a presidente, a reforma política é importante e urgente. Por que, sendo assim, não se fala em prazo para a sua execução?
A base ausente
Feitas as propostas da presidente, notou-se, além da perplexidade dos governadores que a ouviam, que sua base parlamentar pouco ou quase nada fez para lhe dar suporte. Diferentemente do comportamento da oposição, que aproveitou para bombardeá-la sem concessões.
“Amarrados”
Uma semana depois que as multidões foram às ruas para manifestar suas indignações, permanece o clima de perplexidade nos meios políticos e nos círculos dos futuros candidatos, que ainda não souberam identificar a gênese das manifestações e como lidar objetivamente com elas. Os fatos se transformaram em correntes dificilmente desatadas. Não sabem como, sendo contorcionistas, se livrar delas.
Em Juiz de Fora, não diferentemente, PT e PSDB têm responsabilidades com o governo e com a oposição. O PMDB, que se situa entre Belo Horizonte e Brasília, fica entre os dois fogos.
Música
A palestra mensal do Instituto Histórico e Geográfico, nesta quinta-feira, às 19h30min, no Edifício Credireal, terá como tema “Estado do movimento musical em Juiz de Fora no terceiro milênio”, podendo ouvi-la todas as pessoas interessadas. Quem fala é Rodolfo Vieira Valverde, coordenador do curso de licenciatura de música da UFJF.
Sobre drogas
Amanhã, às 10h, em Brasília, será divulgado pela ONU o Relatório Mundial sobre Drogas 2013, documento que reúne dados estatísticos e análises de tendência sobre a situação do mercado das drogas ilícitas em todo o mundo, incluindo produção, tráfico e consumo. O objetivo é servir de referência para a implementação de políticas públicas por parte dos governos.
Um alento: o consumo de drogas se mantém estável, apesar de leve aumento no número total estimado de usuários de substâncias ilícitas. Uma preocupação: a proliferação das novas substâncias psicoativas, que não passaram por testes de segurança em humanos e podem ser bem mais perigosas que drogas tradicionais.
Maioridade
Está no artigo de hoje de Eduardo Almeida Reis, que de Juiz de Fora escreve para o Correio Braziliense, sobre maioridade penal:
“E lá vão assaltando e matando, recorrendo aos mais diversos métodos, enquanto 93% dos brasileiros pedem a redução da maioridade penal para 16 anos. Se os brasileiros tivessem lido um pouquinho sobre a ferocidade dos batalhões infantis nazistas e de outras nacionalidades, todos menores de 16 anos, certamente votariam pela imputabilidade do agente do crime, pouco importando que tenha três, quatro, dezesseis, dezoito ou setenta anos, guardando o bandido mirim e/ou açu na cadeia pelo tempo necessário para pagar pelo crime cometido. Dir-se-á que cadeia não recupera ninguém, mas cabe a pergunta: continuar solto recupera o bandido? “
((( informamos, e já nos desculpamos, que a atualização diária do blog no fim de semana estará prejudicada, por causa da mudança de endereço de nossa Redação)))
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Se nada mais....
… restar dos últimos acontecimentos de rua, que o governo, os partidos e políticos de modo geral tomem com seriedade o novo e já consolidado poder das redes sociais, que acabam de arrancar multidões do comodismo. Não custa repetir que sem apoio e conhecimento de jornais e da TV, como também da oposição, elas criaram o fenômeno.
Portanto, se tudo isso der em nada, que as redes sociais passem a ser tratadas como nova força avassaladora.
E mais: os partidos e futuros candidatos precisam levar em conta que na próxima campanha eleitoral essas redes estarão totalmente liberadas e vão influir muito no voto, principalmente dos jovens.
Nova linguagem
A campanha eleitoral de 2014 vai exigir nova linguagem dos candidatos, que precisam se preparar para esse desafio. Velhos e mofados discursos poderão estar irremediavelmente condenados.
Não bastarão os palavrórios de promessas e boas intenções, mas indicação de soluções objetivas.
Modelo superado
Antes mesmo que se diga estar a presidente Dilma em maus lençóis, é preciso considerar que os partidos, se não ganharam as ruas, já subiram os primeiros degraus do cadafalso. Ou reagem logo ou estarão condenados à morte, ainda que alguns não tenham responsabilidade direta nos fracassos da última década. A questão é se terão tempo de sair da inércia e construir novos modelos políticos convincentes.
Uma alternativa
Se vivo fosse, nesta hora o senador Itamar Franco certamente estaria buscando no caótico quadro da falência dos partidos um reforço para sua tese do candidato avulso; isto é, aquele que, sem estar vinculado a qualquer sigla partidária, pudesse disputar cargo eletivo. Passados dois anos de sua morte, que se completam na próxima semana, talvez seja o momento para se discutir a ideia.
Os “governistas”
Com toda segurança, sem medo de tropeçar em equívoco, pode-se garantir que os baderneiros infiltrados em manifestações pacíficas trabalham vigorosamente a favor do governo. Permitem que uma mobilização honesta seja confundida com bagunça. É tudo o que desejam as autoridades contestadas.
Nota oficial
Em nota distribuída hoje à tarde, o gabinete do prefeito Bruno informou que “em relação ao transporte coletivo urbano, o reajuste anual da tarifa aconteceria no próximo mês de julho, influenciado por dois aumentos nos preços dos combustíveis e pela recomposição salarial da categoria executada pelas empresas concessionárias. Entretanto, por conta da desoneração de impostos ao setor, tratada em medidas provisórias do governo federal, tal reajuste se tornou desnecessário neste momento.”
Em outros municípios, vem sendo diminuída a tarifa. Mas nestes, “já tinha sido praticado o reajuste nos meses anteriores, o que não é o caso de Juiz de Fora, cujo aumento foi dado em julho de 2012, ainda assim mantendo a tarifa da cidade entre as mais baratas do País”, acrescenta o comunicado.
Confirmou-se nesta segunda-feira que o prefeito “procurou o Tribunal de Contas do Estado para indagar sobre processo licitatório das empresas, que promoverá o estudo para a efetiva licitação do transporte coletivo na cidade”. No TCE, o processo está sendo analisado pela promotoria, para, num prazo de 15 dias, retornar para apreciação do relator designado.
sábado, 22 de junho de 2013
Na escuridão
Consultas e reunião ministerial de emergência não foram suficientes para o governo assimilar onde ou com quem estará a inspiração para os últimos acontecimentos que tomaram as ruas e avenidas mais importantes deste País. A equipe da presidente Dilma ainda navega na escuridão.
O melhor caminho, contudo, é partir do entendimento de que as queixas em relação ao transporte coletivo foram apenas a gota que faltava para entornar; tanto que elas foram retiradas e os protestos prosseguiram.
O governo se coloca diante de uma situação delicada e está desacreditado, porque o que as ruas estão exigido é tudo que o PT prometeu na sua década de poder, não fez, e a gestão de Dilma não terá mais tempo para fazer.
Ponto de vista
Sobre a atual temporada de manifestações, recebo a seguinte análise de Marcelo Frank, de longa militância na política de Juiz de Fora:
“Vejo algumas análises precipitadas de militantes de outrora comparando a conjuntura atual com momentos ruins da nossa história recente. É natural que as comparações aconteçam por aqueles que já vivenciaram um passado de autoritarismo, perseguição, tortura e morte. Mas acho que há somente semelhanças. É necessário que façamos uma autocrítica sobre a forma de se fazer política nos últimos vinte anos. Será que as organizações da sociedade civil e os partidos políticos que atuam no campo democrático-popular desenvolveram uma metodologia de politização correta? Será que o exercício do poder, nos diferentes níveis de governo, enfraqueceu o trabalho de base na conscientização da nova geração? Será que a desqualificação política das atuais manifestações populares é o discurso mais apropriado para o momento?”
Festa nos muros
As manifestações populares em Juiz de Fora venceram a semana sem excessos de violência, e neste particular parece ter sido destaque entre cidades que não são capitais. O que não impediu que os muros e paredes fizessem a festa dos pichadores, com frases contra o governo, os Tribunais, Congresso, partidos, o Papa e contra Dilma. Contra quase tudo.
Para digerir
A semana termina tendo como novidade um movimento interno no PSDB mineiro para exigir que o partido entre em 2014 lançando candidato próprio ao governo do estado. É o que revela documento divulgado ontem pelos secretariados do PSDB Mulher, Jovem, Sindical e o Núcleo da Militância Negra, o Tucanafro. Entendem que o partido tem “um quadro de pessoas comprometidas com Minas Gerais com capacidade e competência para dar continuidade aos avanços promovidos por Aécio Neves e Antônio Anastasia nos últimos dez anos”.
Falta pouco
Com algo em torno de R$ 1 milhão será possível concluir as obras da adutora que vai trazer, para os consumidores de Juiz de Fora, a água da Barragem de Chapéu D'Uvas, resolvendo problemas do abastecimento para as próximas duas décadas. A inauguração poderá ocorrer dentro de doze meses.
É a previsão da equipe do prefeito Bruno.
Jovens e números
Já que a juventude pontifica nas manifestações de rua, vale lembrar que, conscientemente ou não, o que ela pede é um novo modelo político. Basta lembrar: nas eleições mais recentes, os jovens têm representado 3/5 das abstenções, votos em branco e nulos. Dado suficiente para se entender o fenômeno.
Considerando-se que dentro de seis meses o Brasil entra no ano eleitoral, as preocupações dos partidos e dos marqueteiros deverão cuidar do comportamento do voto jovem. O que esse eleitorado quer?
Aliança legal
Em breve, os partidos estarão colocando como primeira preocupação as alianças com que pretendem eleger seus deputados e senador, mas nem sempre conferem importância ao que a legislação eleitoral exige para que tenham validade os acordos. Anis José Leão, certamente em Minas grande autoridade em Código Eleitoral, tem críticas sobre o procedimento de partidos no estado, e vê equívocos na chamada “aliança informal”, principalmente entre PSDB-PP e PT-PSB.
Explica o especialista que “ aliança é o mesmo que coligação. E coligação, de direito, é tema que o artigo 6º da Lei 9.504/97 disciplina claramente”, a começar pelo fato de que tem de ser aprovada em convenção pelos partidos participantes. Além disso, a coligação tem nome próprio. Perante a Justiça Eleitoral, ela funcionará como um partido.
O peso da Mata
O eleitorado da Zona da Mata (incluído o município de Barbacena, que faz parte da Vertentes) terá peso em 2014, quando Minas continuará sendo a segunda maior população de eleitores do País, e provavelmente com um candidato à presidência da República. Já em outubro do próximo ano, segundo estimativas de deputados experientes nessas disputas, os mineiros desta região terão chegado a cerca de 2,1 milhões. O entendimento que se tem é que, no conjunto, a participação da Mata será considerada a segunda, logo abaixo da Zona Metropolitana de Belo Horizonte.
Os sete maiores municípios representariam, em números redondos, cerca de 1 milhão de votos válidos. São eles: Juiz de Fora, Barbacena, Ubá, Muriaé, Manhuaçu, Ponte Nova e Cataguases.
Nomes que faltam
PMDB e MD já têm, com grande antecedência, candidatos certos à Assembleia Legislativa: Isauro Calais e Antônio Jorge Marques, mas não sabem quais os nomes para deputado federal. Para os peemedebistas poderia ser o reitor Henrique Duque, se este for realmente seu projeto. O PT tem assegurada Margarida Salomão para disputar novo mandato na Câmara dos Deputados, mas nada sabe sobre candidato à Assembleia, o que também é dúvida para o PDSB, onde a vaga para federal fica em aberto para Marcus Pestana. No PR também falta nome para a Assembleia, mas o federal é Edmar Moreira. Quanto ao PDT, o deputado federal Mário Heringer, médico formado pela UFJF, deve fazer de Juiz de Fora um dos principais redutos para se reeleger.
Claro, essa lista haverá de engordar muito nos próximos meses.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Enfim, juntos
Sobre as manifestações de rua, PT e PSDB podem fazer acusações e trocar responsabilidades? Em S.Paulo, por exemplo, as vozes das ruas ardem os tímpanos do PSDB, que é governo estadual, e do PT, que comanda a prefeitura.
O impossível acabou acontecendo: PT e PSDB juntinhos debaixo do mesmo temporal.
Outros tempos
Ontem, discursando na Câmara, o deputado Marcus Pestana lembrou seus tempos de líder estudantil em Juiz de Fora, para mostrar diferenças das manifestações passadas e as de hoje. Naquelas, as reivindicações eram nítidas, ao contrário de agora, que parecem difusas.
Seja como for, ele reconhece que há uma indignação popular acumulada, sendo a presidente Dilma o alvo principal dos descontentamentos.
As consequências
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi o primeiro a tocar na ferida. A redução da tarifa dos ônibus vai afetar o projeto de casas populares. Seria uma das consequências das pressões populares que vão caminhando bem sucedidas.
Mas não fica nisso, porque se o governo pode reduzir a tarifa, não impede o aumento no preço do óleo diesel e no reajuste dos salários, nem evita o sucateamento das frotas. Os ônibus vão rodar atrasados e frequentemente quebrados.
O usuário, mais uma vez, vai pagar o pato.
Em segredo
O Brasil, desde o advento de Lula, realizou operações de empréstimos financeiros a 40 países. Mas, em dois casos, R$ 2,1 bilhões foram para Cuba e Angola sob carimbo de operações secretas, o que impede que os interesses brasileiros sejam conferidos. Atribui-se ao ministro Fernando Pimentel o papel da intermediação.
O senador Álvaro Dias, uma das poucas vozes de protesto, está cobrando imediatas explicações do governo.
Força demolidora
Essas manifestações populares que correm o País – já se disse aqui – têm um dado paralelo que precisa ser considerado como dos mais relevantes. Elas foram convocadas e coordenadas única e exclusivamente com base na força das redes sociais, sem jornais, rádio e TV. Portanto, os partidos e os políticos não podem mais ignorar essa arrasadora força de comunicação.
Nesse sentido, a primeira sugestão é que façam uso mais frequente desse instrumento para disseminar suas ideias e propostas. Em Juiz de Fora todos os blogs dos partidos estão desatualizados. Lamentável.
Ao forno
Os problemas que estão ocorrendo nas ruas ofuscam fatos políticos em curso que escapam de avaliações mais cuidadosas. Por exemplo: na segunda-feira, o senador Aécio Neves vai ao Recife para se encontrar com o governador Eduardo Campos. Muito cedo para se afirmar que os dois darão passo definitivo para se unirem em 2014, mas dessa reunião pode estar entrando no forno, para ser assada em fogo brando, a candidatura do prefeito de BH, Márcio Lacerda, ao governo de Minas.
Campanha mantida
A retomada do debate, pelo Congresso, sobre a criação de novos partidos, pela qual luta a oposição e o governo não deseja, não vai alterar o ritmo da campanha que se desenvolve em Juiz de Fora de Fora em torno de mais três siglas, segundo se apurou no início desta noite. Ainda que a restrição dê sinais de que pode acabar sendo aprovada, o Mobilização Democrática (fusão PMN-PPS), o Rede Sustentabilidade e o Partido Militar Brasileiro vão manter o apelo à adesão popular.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Voz das ruas
A presidente Dilma, num pronunciamento que cuidou de insistir no desejo do governo de “ouvir a voz das ruas”, depois de uma vaia homérica que teve de enfrentar no Estádio Mané Garrincha e das manifestações que varrem o País, deve ter sido orientada no sentido de fazer abordagens superficiais. Não entrou fundo na solução dos problemas que estão arrastando multidões às ruas; mas não deixou de falar dos grandes desafios. Talvez devesse se ater apenas à questão das tarifas dos ônibus urbanos, para tentar limitar a origem das insatisfações. Acabou confessando uma extensa pauta de dificuldades que o governo não tem conseguido superar.
Voz do mundo
Um detalhe que cabe análise cuidadosa é que o prestígio do Brasil no Exterior anda de mal a pior. Manifestações que deviam se restringir às grandes cidades brasileiras estenderam-se a metrópoles do mundo, não por causa de tarifa de ônibus, mas graças a outras insatisfações, como corrupção, desgoverno, incompetências, insegurança.
O ministro Patriota tem de fazer alguma coisa, se é que pode, para contestar a onda de denúncias e protestos. Principalmente contra a campanha que quer mostrar a incapacidade de o governo garantir estrangeiros que planejam vir para a Copa.
Vala comum
Vista logo como inconsistente a tentativa do governo de atribuir à oposição a paternidade das manifestações que lhe são hostis, também cabe aos partidos avaliar que as massas já não mais lhes dão atenções. As marchas, sendo apartidárias, atiram contra o PT, PSDB, PMDB, DEM e tantos outros que governam. Precisam reconhecer que o País os condenou a um papel marginal.
De carona
Com a campanha eleitoral se avizinhando, parece claro que os candidatos ganharam um tema para discursar: a insurreição popular. Mas vai se exigir que comecem por confessar a inércia de seus próprios partidos.
Fala Touraine
Na avaliação do sociólogo francês Alain Touraine, especialista em América Latina, “a situação econômica e social no Brasil vinha sendo descrita de maneira exageradamente cor-de-rosa". E explica que os protestos aproximaram a imagem que se tinha do Brasil da realidade: "Construiu-se uma imagem em que tudo vai bem e que o País se dirige rapidamente em direção ao crescimento e ao bem-estar", disse ele, feliz ao ver que o que acontece atualmente corresponde melhor à realidade do que as imagens que vinham sendo transmitidas.
Cenário afável
Praticamente vencido seu primeiro semestre, o prefeito Bruno, se comparado a seus antecessores no que concerne à oposição de vereadores, é o que mais desfruta de tranquilidade. Dos 19 vereadores, apenas três – dois do PT e um do PSB – têm feito cobranças.
Festa mantida
A crise nacional não removeu o PSDB do projeto de comemorar com festa o 25º aniversário de sua fundação, mesmo com o governo tucano de São Paulo sob fogo cruzado de vários segmentos da sociedade. Aécio Neves, presidente nacional do partido, recebeu Fernando Henrique em Brasília, inaugurou exposição da trajetória do tucanato e garantiu que o PSDB descobriu um novo Brasil de prosperidade.
Em campanha
Políticos de influência do PT esperam que se acalmem os ânimos das ruas para trazer a Juiz de Fora a proposta de eleição de Patrus Ananais à presidência estadual do partido.
Cobranças
Entre as esquisitices brasileiras que têm explicações cobradas no Exterior figura o fato de nosso salário mínimo estar em R$ 678,00 e o auxílio reclusão, pago aos criminosos condenados, subir para R$ 971,78.
Torcedores
Por decisão do prefeito Bruno, os servidores municipais foram liberados hoje, a partir de 15h, parta poderem assistir, pela televisão, ao jogo da seleção brasileira pela Copa das Confederações.
Nova tarefa
A discreta representação feminina no PSDB de Juiz de Fora tem parte na tarefa que acaba de ser proposta pela Secretaria Nacional da Mulher: até 2015 elas têm de tomar posse de 50% dos quadros tucanos no País. Hoje representam 38%.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
As manifestações
Ônibus, violência, pessoas feridas, destruição e protestos inspirados nas mais diferentes razões passaram a fazer parte do cotidiano das grandes capitais e também agora Juiz de Fora. O governo prefere insinuar que as consequências mais graves devem ser atribuídas a “desordeiros infiltrados”, o que parece ser argumento fácil, de difícil comprovação, para um fenômeno que deixa expostos dados importantes. O primeiro deles é que não se trata de movimentos isolados, mas resultado de “coordenação espontânea”, no que couber tal definição, à primeira vista incongruente. Nascem em S.Paulo, Rio, Niterói, Santa Catarina, Belo Horizonte. Não é prudente o escapismo do governo de culpar “infiltrados”.
Observe-se, ainda, que tais manifestações vêm ocorrendo à revelia dos partidos de oposição, de sindicatos e entidades. É coisa da classe média, notadamente de jovens, que vão à rua para dizer que não é possível gastar bilhões em campeonatos de futebol, quando o ensino e a saúde estão pela hora da morte.
Em Juiz de Fora
Na noite desta segunda-feira, cerca de 2.500 jovens tomaram a Avenida Rio Branco, gritando palavras de ordem e portando cartazes com as mais diferentes mensagens, que iam desde “povo que se cala, o País não muda” até o singular apelo por um “Tibet livre”.
Um detalhe que não pode escapar dessa manifestação, a maior que a cidade já viu: a multidão foi convocada apenas pelas redes sociais, sem participação de jornais e emissoras de rádio e televisão.
Barba de molho
Em julho, que já está chegando, a prefeitura terá de definir o reajuste da tarifa do transporte coletivo. Os empresários do setor querem que ela suba de R$ 2,05 para R$ 2,20, mas certamente sabendo que não será tanto.
A questão do valor das passagens, que sempre colocou os prefeitos na berlinda, é o primeiro teste pesado para o prefeito Bruno. Com um detalhe desconfortável: há um sentimento nacional de que o brasileiro paga muito por um transporte nem sempre satisfatório.
Mais hotel
As perspectivas sobre o futuro da cidade, sejam elas comedidas ou não, estimulam alguns setores a investir. É o caso da hotelaria. No fim de semana, a Rede Arco anunciou, em Belo Horizonte, que Juiz de Fora, entre cinco centros do interior, entrou em seus planos imediatos, com previsão de inaugurar seu hotel aqui em 2015, quando o grupo, hoje com 40 unidades, espera atingir faturamento de R$ 2 bilhões.
Campanha
Zé Kodak e sua Banda Daki marcaram êxito, no sábado, em a campanha para recolher agasalhos e distribuí-los a famílias carentes da cidade. Sopa dos Pobres, Casa do Caminho e Paróquia São Geraldo receberam, cada uma, camioneta e kombi com carregamento de peças doadas.
Quem paga?
Por causa de manobras descuidadas de veículos, quatro postes do Calçadão da Rua Halfeld foram derrubados.
O piso da Calçadão, obra feita só para pedestres, afunda em vários pontos, por causa dos brucutus das transportadoras de valores.
Em ruas centrais, os proprietários cuidam de manter pintados muros e paredes, mas não são respeitados pelos pichadores anônimos.
Quem vai pagar o prejuízo?
Morre ex-craque do Tupi
Em acidente rodoviário, hoje à tarde, no quilômetro 73 da Rio – Juiz de Fora, morreu o empresário João Pires, um dos maiores nomes da história do Tupi, onde foi atleta e atualmente ocupava o cargo de vice-presidente. Detalhes do acidente ainda são desconhecidos.
João Pires tinha 72 anos. Foi a figura de destaque do Tupi na década de 60, quando o time, comandado por Geraldo Magela Tavares, bateu, em Belo Horizonte, o Cruzeiro e Atlético, e foi sparing da Seleção Brasileira, que venceu por 1x0 e depois perdeu por 2x1.
Música na UFJF
A Academia Nacional de Música, com sede no Rio de Janeiro, destaca a contribuição que o reitorado de Henrique Duque vem oferecendo ao desenvolvimento do ensino da música, o que o torna credor de citação especial entre as instituições do ensino superior no Brasil. Para manifestar seu reconhecimento, a entidade promoveu jantar, na noite de sábado, no Hotel Victory, com a presença de 200 personalidades, e para isso trouxe a Juiz de Fora toda a sua diretoria.
A presidente da Academia, professora Eliane Sampaio, conferiu ao reitor o Diploma de Honra, que, para agradecer, lembrou a vocação da cidade como cultora da música, e citou o poeta Murilo Mendes - “uma cidade cercada de pianos por todos os lados”.
Três foram as principais razões que levaram à homenagem: a instalação, em 2006, da Pró-Reitoria de Cultura; a criação, três anos depois, do bacharelado em música, e, em 2011, a incorporação pela Universidade do Centro Cultural Pró-Música.
Há 25 anos
O PSDB estará comemorando, amanhã, 25 anos de sua fundação e os 19 do lançamento do Plano Real. Não há evento programado em Juiz de Fora, mas está prevista uma exposição histórica na Câmara dos Deputados, às 14h30min, com a presença do presidente de honra, Fernando Henrique Cardoso. A mostra fica aberta até 4 de julho, “e quem passar pelos corredores de acesso ao plenário da Câmara poderá conferir um pouco da história do PSDB, criado em 1988, após o processo de redemocratização do Brasil e 21 anos de regime militar”, informa nota do partido.
Há um destaque para o Plano Real, que completa 19 anos. Implantado em 1993 no governo Itamar Franco, foi ele “o conjunto de medidas que finalmente tirou o Brasil de um longo ciclo de hiperinflação, promovendo a estabilização da economia e a retomada dos investimentos sociais e de infraestrutura”, ainda de acordo como o comunicado.
Posse na ANM
O professor Benito Taranto é o mais novo membro da Academia Nacional de Música, e foi alvo de homenagens, no Hotel Victory. Mineiro de Além Paraíba, mas há anos radicado em Juiz de Fora, ele tem em seu currículo uma extensa contribuição para a formação de jovens talentos na música.
Sem miséria
Aos protestos que se realizaram em Brasília contra excessivos gastos do País com eventos esportivos soma-se a generosidade do Banco do Brasil, que gastou R$ 1,3 milhão na compra de ingressos para jogos da Copa das Confederações oferecidos a clientes preferenciais. A Caixa Econômica foi mais modesta e gastou, com o mesmo objetivo, R$ 265 mil.
Indústria
A Semana da Indústria, que começa hoje, com missa celebrada na sede do Centro Industrial, programou para quarta-feira, uma palestra de Gustavo Becker, no Teatro Pró-Música, às 19h30min. Os convites podem ser retirados na sede da entidade, Avenida Rio branco, 2337, 13º andar.
Improvisação
De olho nos escorregões do governo, o presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana, adverte para os riscos das desonerações serem praticadas de maneira improvisada, pela via das Medidas Provisórias.
Ações destinadas a reduzir o custo de produtos são bem-vindas, mas não ao toque de caixa para buscar aplausos fáceis.
Bom exemplo
Há dias, exaltavam-se aqui o desprendimento e o espírito público do empresário católico que financiou a construção do Centro Administrativo Pastoral.
Amanhã faz 80 anos que o ex-prefeito José Procópio Teixeira inaugurou a Policlínica Juiz de Fora, construída às suas expensas. Por onde andam os homens ricos para serem seus imitadores?
Tudo é possível
Em política, as contradições são suficientes para mostrar que os desencontros não se perpetuam. O PTB tem uma bancada de 22 deputados e seis senadores. O petebista Benito Gama foi deputado federal pela Bahia e presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Atualmente, Gama está no comando do partido que abriga sua antiga vítima, o agora senador Fernando Collor.
sábado, 15 de junho de 2013
Calais no PMDB
Agora está confirmado. O vereador Isauro Calais vai se despedindo do PMN para ingressar no PMDB, o que acontecerá na próxima semana, em anúncio que deverá ficar a cargo do prefeito Bruno. A executiva do partido foi consultada e não há obstáculos.
A chegada do vereador ao novo domicílio partidário resulta de uma decisão pessoal, sem envolvimento dos grupos políticos que o acompanham. Para os peemedebistas significa já terem o candidato à Assembleia Legislativa, onde Calais figura como suplente há quatro anos.
Ponto nevrálgico
O deputado Eduardo Azeredo analisou o que considera desvirtuamento dos objetivos originais do Programa Bolsa Família, recorrendo ao vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2006, o indiano Muhammad Yunus, para quem “dar dinheiro para os pobres mascara a miséria”. Fundador do Grameen Bank e autor do livro "O banqueiro dos pobres", Yunus acha que o empreendedorismo é solução mais eficaz que programas assistencialistas na redução da miséria.
Ainda segundo o deputado mineiro, é preciso combater a miséria, e a questão da doação do dinheiro é solução, mas como algo temporário. A solução permanente é, na verdade, o microcrédito, o empreendedorismo, o apoio ao pequeno empreendedor, defendeu ele, repetindo reflexão do Nobel da Paz.
Política militar
Até o dia 20, o PMB – Partido Militar Brasileiro espera coletar 4.000 adesões em Juiz de Fora, segundo previsão otimista de seu coordenador, César Grazzia, que cita a participação dos simpatizantes locais como importante para a homologação definitiva do partido no Tribunal Superior Eleitoral.
Quem conhece os soldos na rede bancária garante que em Juiz de Fora residem mais de 4.000 militares da Reserva, e é deles que o PMB mais espera.
Mais deputados
Minas vai ganhar mais dois deputados federais e dois estaduais a partir de fevereiro de 2015, eleitos em outubro do ano anterior. É o que estabelece a Resolução 23.389 do TSE, baseando-se no aumento do colégio eleitoral e em dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com relação à população.
O estado passará a ter 55 cadeiras na Câmara dos Deputados. Na Assembleia, as vagas sobem de 77 para 79.
Pela ordem
A discussão sobre a criação de novos partidos e a equiparação de seus direitos aos que estão criados é devolvida ao Congresso pelo Supremo Tribunal Federal. Baseou-se a maioria dos ministros em dado já antes objeto de advertência: não se pode pretender arguir a constitucionalidade de uma lei que ainda não existe de fato...
Expectativa
Há uma expectativa entre os dirigentes do PSB de Juiz de Fora em relação à possibilidade de o deputado Júlio Delgado tornar-se presidente do partido em Minas. Mas também uma preocupação: o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, avocou a si o direito de definir o nome. Ora, sendo o deputado opção natural, já podia ter decidido. E o atual presidente, Mares Guia, recusa o critério da prevalência parlamentar.
Um relatório
Não custa insistir: a população espera, até porque merece, conhecer um relatório sobre as atividades dos vereadores à Câmara Municipal neste primeiro semestre. Ideal é que a prestação de contas se faça pela via da individualidade, para que os que nada fazem não se escondam sob a capa dos que têm bom desempenho.
Em destaque
A figura de destaque no mês é o arcebispo, dom Gil Antônio, que fez coincidir com a festa do padroeiro a inauguração do Centro Administrativo Pastoral, junto ao seminário Santo Antônio. Reunidos ali todos os seus órgãos administrativos, a Igreja ganha, segundo palavras do metropolita, uma “união de serviços”.
A obra foi realizada sob patrocínio da família do empresário Estêvão Assis, do Supermercado Bretas. Os muitos agradecimentos da Cúria estavam simbolizados com a entrega das imagens de São Bento, São Francisco e Santo Antônio a três representantes da família patrocinadora.
Sem a tradição
Como sempre se critica o que é mal feito, é justo que se registre o bem feito. A Virtual Telecom instala cabos de fibra ótica no Calçadão da Rua Halfeld e está recolocando com cuidado o calçamento das pedras portuguesas.
O que é raro, porque a reposição de pedras portuguesas nos passeios da cidade é sempre um servicinho lambão.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Tempo oportuno
Por motivos vários, a começar pelas especulações em torno de candidatos, o calendário eleitoral vai se tornando cada vez mais próximo. Ainda não é hora de os postulantes apresentarem ideias e propostas, mas já é tempo de as entidades de classe abrirem discussões sobre o que a cidade espera dos que pleiteiam representá-la nas casas parlamentares.
O que se diz, com alguma razão, que hoje em dia os deputados podem pouco. Mas eles devem se esforçar para que Juiz de Fora tenha presença política mais expressiva no estado e em Brasília. E já será muito.
Movimentação
Menos de quatro meses para que os quadros partidários tenham definitivamente registrados os que vão disputar vagas no Congresso e na Assembleia. É exigência da legislação que cada qual esteja em seus lugares para se habilitarem.
Permanece a previsão de poucas surpresas.
Diferentemente
A menos que ocorram grandes mudanças no painel dos pré-candidatos, o quadro das disputas em 2014 vai revelar, ao contrário do que ocorreu em anos anteriores, um maior número de concorrentes à Câmara dos Deputados; mais que os pretendentes a cadeiras na Assembleia Legislativa. Para estas, até agora apresentados apenas Antônio Jorge e Isauro Calais. Para Brasília, já se conhece a disposição de Lafayette Andrada, Margarida Salomão, Marcus Pestana, Júlio Delgado e talvez Henrique Duque.
Tal como cá
Por mais que oportuno e verdadeiro, vale pinçar o que acaba de escrever Eduardo Almeida Reis no “Estado de Minas”. Nada a acrescentar no que couber a Juiz de Fora:
“Em algumas cidades de Minas, o projeto Minha Casa, Minha Vida vem esbarrando no problema das gangues dos bairros. Pois é: existem gangues em muitos bairros, que se digladiam com os “inimigos” dos outros bairros, dando razão ao imenso Guilherme Figueiredo quando disse que o homem é a escória da Humanidade. Pelo fato de morar num bairro, o imbecil odeia o morador do bairro vizinho – e vice-versa ao contrário (…) Como resultado imediato da mistura de gangues num só conjunto do Minha Casa, Minha Vida, são inúmeros os casos de brigas e destruição dos imóveis distribuídos”.
Quanto a Juiz de Fora, acrescenta:
“Passados três meses, leio num jornal de Juiz de Fora matéria de página inteira informando que a situação de convivência humana ficou insustentável nos bairros construídos pelo programa governamental”.
Posse rotária
No dia 2 de julho, em jantar festivo, Marcus Vinícius Botti passa a presidência do Rotary Club Norte a Alicério Campos, que, como seu antecessor, terá mandato de um ano. Os clubes rotários funcionam na Rua Roberto de Barros.
New look
Já se percebeu que o ex-presidente Lula passou a colorir o bigode, num marrom fusco que mal esconde os fios brancos, o que se confirmou nas fotografias de sua recente viagem ao Peru. Há quem aprecie.
Homenagem
A Academia Nacional de Música envia a Juiz de Fora, no sábado, sua diretoria e outras personalidades, para o jantar que vai oferecer ao reitor da UFJF, Henrique Duque, no salão Aquário do Victory. O jantar está previsto para 20h.
Deve-se a homenagem ao fato de ter sido criado no reitorado de Henrique Duque o curso superior de música, bem como incorporado o Centro Cultural Pró-Música ao patrimônio da instituição.
Sem previsão
Já se fez a pergunta, sem uma resposta que não se sabe quando virá: quanto vai custar a campanha para deputado federal em 2014? Um dado que tem tudo para assustar é que também ela ficará ao sabor de como andará a inflação. Outra questão é que os gastos se elevam na proporção da importância dos partidos, porque entre os maiores há uma disputa feroz. É preciso investir muito.
Gente experiente nesse setor diz que sem uma reserva mínima de R$ 3 milhões o candidato deve desistir da aventura.
E as festas?
Berço incontestável das festas juninas, que procuravam manter vivas as músicas, os doces e costumes do interior, Minas praticamente esqueceu essa tradição; e se delas ainda se mantém alguma coisa deve-se às escolas de primeiro grau. Não se vê festa junina, e quando uma ou outra aparece vem com a horrorosa deturpação das bandas e dos metaleiros.
Grande obra
Hoje, nas comemorações do padroeiro, Santo Antônio, a comunidade católica vive um dia de muita festa, com a inauguração, às 15h30min, da nova sede da Cúria, em ato presidido pelo arcebispo, dom Gil Antônio. Haverá celebração de missa e apresentação de orquestra e coral.
O novo prédio, junto ao Seminário Santo Antônio, é dedicado a dois cinquentenários – Concílio Ecumênico Vaticano II e criação da Diocese de Juiz de Fora - para abrigar a Cúria Metropolitana, Centro Pastoral, Arquivo Eclesiástico, Centro Arquidiocesano de Comunicação, Tribunal Eclesiástico Interdiocesano, Auditório Mater Ecclesia, Museu Arquidiocesano e Rádio Catedral.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Não para mais
Iniciadas as obras de despoluição das águas do Rio Paraibuna, a garantia que se dá é que elas não param mais; vão até o fim, segundo o presidente da Cesama, André Borges de Souza. Mas é um trabalho que não deverá estar concluído antes de dois anos, de acordo com sua previsão.
Esse projeto de despoluição arrasta-se há anos, quase sempre por falta do vultoso dinheiro que as campanhas educativas e sentimentais não conseguiram substituir. “Abraçar” o rio sempre foi um gesto simpático, porém improdutivo.
Provocação
Tem sido, frequentemente, de iniciativa do deputado Newton Cardoso, as criticas do PMDB ao projeto presidencial do senador Aécio Neves. Sua mais recente espetada foi para dizer que o prestígio da candidatura de Aécio não sai das divisas de Minas. Acha que não é conhecido no resto do País. Na contestação, os tucanos lembram, com razão, que conhecimento é algo que se constrói, quando se pretende chegar à presidência. Exemplo: Fernando Collor e Dilma.
Jogo pesado
Corre na internet uma campanha pesada contra o Brasil, alimentada principalmente por gente dos Estados Unidos. É nossa bandeira nacional com vários furos de revólver e a seguinte advertência:
"NÃO VÁ AO BRASIL
Lá o crime é livre e tem total suporte do governo. Os menores de 16 têm passe livre para todo tipo de crime. A Justiça do país não tem lei para os crimes cruéis de morte e estupro em transporte público.
De volta
Ainda não se disse o que pensa a nova Administração Municipal em relação aos outdoors, que custaram uma guerra enfrentada pela ex-secretária de Atividades Urbanas, Sueli Reis. Enquanto isso, elas vão reaparecendo, aos poucos e discretamente, em alguns pontos mais movimentados do centro da cidade.
Letra morta
Chega à maioridade, a natimorta Lei 8.429, de junho de 1992, sancionada pelo presidente Fernando Collor, que “dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências."
Pois nunca se enriqueceu tanto, conflitando com o que desejou tal lei.
Os mentores
Na campanha para o governo do estado, em 2014, há dúvidas e certezas, quando se trata de mostrar, entre as lideranças locais, quem será quem, isto é, quem terá responsabilidades diretas na mobilização do eleitorado local. Já se sabe que Marcus Pestana, Lafayette Andrada e Antônio Jorge terão como tarefa carregar o candidato de Aécio Neves. A Margarida Salomão caberá defender a candidatura do petista Fernando Pimentel. As dúvidas ainda pertencem ao prefeito Bruno e ao deputado Júlio Delgado.
Retorno
Depois de quinze dias em estudos em Paris, está de volta o presidente do Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio, arquiteto Antônio Carlos Duarte.
sábado, 8 de junho de 2013
PPS já tem candidato
Hoje pela manhã, num encontro de prefeitos, ex-prefeitos e outras liderança regionais, o secretário de estado da Saúde, Antônio Jorge Marques, confirmou sua candidatura à Assembleia Legislativa, pediu apoio, prontificou-se a servir de embaixador das prefeituras junto ao governo e defendeu a necessidade de a Zona da Mata revigorar seus projetos de desenvolvimento.
A reunião, mesmo sendo na sede do PPS, partido ao qual se acha filiado o secretário, foi uma cena de miscigenação política. Estavam presentes políticos de vários partidos.
Preferência de Pestana
O encontro deste sábado no PPS também teve a presença do deputado Marcus Pestana, presidente estadual do PMDB, um dos nomes de que o partido dispõe para disputar o governo de Minas. Discursou e deu logo o recado: não aceita ser candidato ao Senado e nem a vice-governador, porque são cargos que, segundo ele, não se adequam ao seu temperamento de executivo. E garantiu: se não for candidato a governador disputará novo mandato como deputado federal.
PSB avaliando
Percebe-se que, chegando o segundo semestre, as posições políticas vão sendo tomadas. Ocorreu também no PSB. Os dirigentes se reuniram neste fim de semana com o deputado Júlio Delgado, quando se anunciou que o partido terá sua sede em julho, depois de estar funcionando, há longo tempo, no escritório do parlamentar.
Mais importante, contudo, é que ainda na primeira quinzena de julho, em nova reunião, o PSB vai avaliar e se posicionar frente à administração de Bruno, que já fechou o primeiro dos oito semestres de sua gestão. Na eleição passada, os socialistas apoiaram Margarida Salomão.
Sem oposição
Não deve ser descartada a possibilidade de o PSB tomar as rédeas da oposição ao novo prefeito, atividade que naturalmente caberia ao Partido dos Trabalhadores, que, contudo, tarda em abraçar a missão. Ressalva para alguns pronunciamentos críticos do vereador Castelar.
Cisão mineira
Neste fim de semana, um dos assuntos preferenciais em Brasília é que, se preocupam à presidente Dilma as rachaduras na sua base parlamentar, aborrecem muito mais os sinais que se percebem em alguns estados de dificuldades de se acoplarem os projetos imediatos do PT e PMDB. Minas está nesse caso.
Para a Saúde
Segundo o deputado Lafayette Andrada, líder do PSDB na Assembleia, houve, para 2013, um reajuste da ordem de R$ 2,4 milhões nas verbas destinadas aos hospitais Teresinha de Jesus, Universitário, Pronto Socorro e Santa Casa. Neste ano, eles vão receber cerca de R$ 7,5 milhões.
Sonho e pesadelo
Vive-se de novo em Minas o delírio da emancipação de distritos e localidades, que querem se transformar em município, muitas vezes sem avaliar a extensão do ônus que vem logo depois. Nada menos de 55 pretendem se emancipar, fazendo vistas grossas para situações que tiram o sono dos prefeitos, como, por exemplo, e principalmente, o fato de 70% de todas as prefeituras mineiras dependerem do Fundo de Participação dos Municípios, que vem se empobrecendo de mês a mês.
Seria útil se avaliassem algumas experiências já vividas no interior, como o caso de Filgueiras, que preferiu voltar a fazer parte do mapa de Juiz de Fora.
Só para sugerir
Está muito claro que a vida do juiz-forano não terá como esperar mais dois anos para ver implantado o novo plano de mobilidade urbana. Antes disso o trânsito estará mergulhado no caos. Faz-se necessária, portanto, a adoção de medidas capazes de aliviar as dores desde agora.
Se é consensual que o excesso de veículos congestiona ruas e avenidas, claro que a redução do tráfego pode ajudar. Por exemplo: por que não permitir que desembarquem no centro, sem serem obrigados a ir ao terminal rodoviário, centenas de usuários de ônibus que atravessam toda a cidade, vindos do Rio e de outras cidades fluminenses?
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Retomada
Nesta sexta-feira, prefeitos da região têm mais uma reunião para discutir problemas da Zona da Mata, principalmente a operacionalização do aeroporto de Goianá, o que vai acontecer no próprio aeroporto. É um encontro articulado pelo deputado Marcus Pestana, que passa o fim de semana Juiz de Fora para cumprir um intenso programa político.
Os prefeitos e empresários com os quais o deputado se reúne saberão que estarão falando com um dos poucos nomes de que dispõe o PSDB para disputar o governo de Minas em 2014.
Apetite amigo
Catorze anos passados, muita gente do governo revelou mágoa e ressentimento com a declaração de Fernando Henrique de que é mais difícil conter os amigos ansiosos pelo poder do que enfrentar os adversários. Mas, antes dele e depois dele, não há quem possa negar fundamento nessa observação. Que o diga a presidente Dilma.
Carro oficial
O que se diz é que abuso cada vez mais comum está no uso de carros oficiais em atividades e expedientes que nada têm a ver com o interesse público. Exatamente por causa dessa irregularidade as frotas continuam sendo muito disputadas.
Um vício que vem de longe. Em suas memórias, o deputado Último de Carvalho já escrevia: “Carro oficial é como o esquife do Senhor Morto na Procissão do Enterro. Se a gente tira a mão dele, só na outra Semana Santa consegue pegar na alça”.
Ao Calçadão
A primeira manifestação partidária do ano no Calçadão, cenário preferido pelos políticos, acontece neste sábado, e fica por conta do Partido Militar Brasileiro. Depois de uma semana pedindo assinatura de eleitores para a sua constituição, o PMB vai promover passeata de seus simpatizantes.
Visita ilustre
Há um esforço para que a agenda de setembro do vice-presidente da República, Michel Temer, inclua viagem a Juiz de Fora, para a comemoração dos 70 anos de fundação do Clube Sírio e Libanês. Ele é descendente de família árabe.
Para avaliar
O comando municipal do PSB tem reunião nesta sexta-feira com o deputado Júlio Delgado. Encontro da semana passada serviu para o partido tratar de questões de administração interna. Agora, começa a conversar sobre política e eleições.
Como antigamente
No dia 13, às 15h30min, coincidindo com a festa do padroeiro da cidade, o arcebispo, dom Gil Antônio, preside a inauguração do centro administrativo pastoral, junto ao Seminário de Santo Antônio, seguramente uma das obras físicas mais importantes da Igreja em Minas.
Detalhe importante é que o projeto foi executado com recursos financeiros oferecidos por um único empresário, cuja generosidade o arcebispo tem elogiado em suas homilias, embora sem citar-lhe o nome. Diga-se de passagem: generosidade tão antiga como rara, pois ficou sendo virtude de biografias como Bernardo Mascarenhas, Batista de Oliveira e Alfredo Ferreira Lage.
A obra
O prédio, dedicado a dois cinquentenários – Concílio Ecumênico Vaticano II e criação da Diocese de Juiz de Fora - vai abrigar a Cúria Metropolitana, Centro Pastoral, Arquivo Eclesiástico, Centro Arquidiocesano de Comunicação, Tribunal Eclesiástico Interdiocesano, Auditório Mater Ecclesia, Museu Arquidiocesano e Rádio Catedral.
MPs na berlinda
Leitor encontrou, ocasionalmente, é remeteu texto deste redator publicado na edição de 8 de dezembro de 1998 no jornal “O Tempo”, para mostrar como é antigo e inútil o protesto contra a enxurrada de Medidas Provisórias de que tem se valido o Executivo. Na ocasião, protestavam os deputados José Machado e Rita Camata.
Ainda no texto da nota, que lamentavelmente não envelheceu: “As MPs deviam se destinar apenas a situações inusitadas, conjunturais, imprevisíveis e emergenciais. Fora disso, elas chegam muito próximo dos decretos-leis, de triste memória dos tempos da ditadura”.
A esperança frustrada é que no ano seguinte, 1999, o governo se revelaria comedido no emprego das Medidas.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Sede regional
O PMB – Partido Militar Brasileiro, que nesta semana abriu campanha de assinaturas em Juiz de Fora, para propor o registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral, conta com o otimismo do seu coordenador, o advogado César Grazzia. Suas previsões são de que até o dia 20 terá sido coletado número suficiente de adesões para que o processo seja levado a Brasília, resultado de uma tarefa ingente, porque, sendo militar, o partido não pode contar com o pessoal da ativa, impedido de atividades políticas pelas normas de caserna.
Grazzia é vice-presidente estadual do PMB, e espera que o diretório regional tenha Juiz de Fora como sede.
Ineditismo
A notícia é dada por José Carlos Barroso, no jornal semanal de São João Nepomuceno, que vale reproduzir, pela singularidade:
“Moradores de um dos bairros da cidade solicitaram ao prefeito a paralisação do recapeamento dos buracos das ruas, principalmente porque os motoristas e pilotos vão fazer do bairro um espaço para corridas, e as ruas vão servir para as famosas competições conhecidas como pegas”.
Missão difícil
É conhecido o propósito do senador Aécio Neves de transferir para o fim do ano a definição de sua base aliada em relação ao candidato a governador, de tal forma que as disputas internas não causem dificuldade para seu projeto nacional, a disputa da presidência da República. Mas convencer os pretendentes não se revela tarefa das mais fáceis. Não pela vontade própria deles, mas são os grupos que lideram, ansiosos por medir e marcar o terreno da disputa.
Desinteresse
Trata-se de uma constatação: em Juiz de Fora os partidos políticos têm revelado desinteresse em utilizar os instrumentos da internet para tornar mais conhecidos seus programas, bem como os projetos daqueles que dentro de mais alguns meses estarão apresentando como candidatos. Alguns poucos criaram seus blogs, mas raramente atualizados.
Sabedoria
Recolho de uma página que Eduardo Almeida Reis publicou nesta semana no jornal ”Estado de Minas”:
“ O cidadão Edson Arantes do Nascimento, tricordiano de outubro de 1940, quase foi crucificado quando constatou que o brasileiro não sabe votar. Parece que a frase foi dita em 1970. De lá para cá, as eleições só têm confirmado a constatação do melhor jogador de futebol de todos os tempos”.
Grande dúvida
O deputado mineiro Bonifácio Andrada está entre os que conservam dúvidas em relação ao debate ressuscitado sobre a conveniência de as atividades parlamentares se pautarem pelo voto secreto ou descoberto. Noite passada, numa entrevista à TV Câmara, dizia ele que predomina o temor dos situacionistas em relação ao poder do governo de policiar a fidelidade dos deputados nas votações mais importantes.
Meta 2014
A campanha do PSDB para as eleições em Minas começa no final do ano, quando encontros regionais serão realizados, simultaneamente, em 45 municípios. Há um objetivo central: o fortalecimento dos diretórios para que seja ampliada, a partir de janeiro de 2014, a representação partidária no interior. Hoje os tucanos perdem apenas para o PMDB, no conjunto dessas forças.
Proibir faz bem?
Em tempos sombrios da Idade Média radicais malucos pregavam que não devia haver vinho, por causa dos bêbados. Talvez não quisessem a noite, por causa dos ladrões, nem a luz, para impedir os delatores, nem mulheres, para evitar o adultério.
Jornal da capital criticava um vereador, autor do projeto que proíbe copos e garrafas de vidro nos bares e restaurantes, porque em caso de briga podem servir de arma...
Houve quem ironizasse: o vereador deveria pensar na proibição de garfos, facas e pratos, também perigosos em caso de briga. E os fogões? Não, pois podem causar incêndio. E acabemos com as vitrinas, pois os vidros se quebram e ferem.
Olho na verba
Municípios mineiros que têm verbas pendentes no Ministério dos Transportes colocaram-se em alerta. Sabem que a crise que se abateu sobre esse setor pode evoluir para uma situação de congelamento de recursos, e, em consequência, a suspensão de muitos serviços, sobretudo de conservação das pistas. Faz sentido, porque Minas detém a mais extensa malha rodoviária do País.
Quem tem mais, também sofre mais, quando as liberações são suspensas. No caso de Juiz de Fora, no momento, apenas a BR-440, que, no auge de uma crise, pode ter sua prioridade mais uma vez contestada.
sábado, 1 de junho de 2013
Nos seus lugares
A expectativa é que se intensifiquem, já a partir deste começo de mês, as reuniões ou especulações sobre filiações partidárias dos que pretendem disputar vagas na Assembleia e Câmara dos Deputados. Para quem discorda da previsão, basta lembrar que dentro de quatro meses os candidatos deverão estar nos partidos pelos quais concorrerão, porque a legislação impõe que a filiação se defina com um ano de antecedência.
Continuam sendo consideradas escassas as possibilidades de grandes novidades. Aliás, no quadro de hoje, a única mudança partidária significativa que pode ocorrer é o vereador Isauro Calais aceitar o convite para ingressar no PMDB. Todos os demais cogitados para o teste das urnas não deixarão a legenda onde se encontram. Entre os que têm ou pretendem ter base eleitoral em Juiz de Fora: Marcus Pestana, Custódio Mattos, Antônio Jorge, Lafayette Andrada, Edmar Moreira, Júlio Delgado e Margarida Salomão.
Sem mistério
Tem havido esforço no sentido de se adiar, tanto quanto possível, o anúncio sobre a filiação do vereador Isauro Calais, que também prefere dizer que nada se definiu. Mas no dia 25, em São João Nepomuceno, houve um encontro regional de líderes do partido, e lá esteve Isauro possando entre eles, como se vê em foto publicada ontem pelo jornal “Bazar de Notícias”.
Longo feriado
Há quem faça previsão pessimista sobre 2014, no que se refere à produtividade. Para começar, o carnaval será em março, e geralmente antes dele só se produz o que não pode ser adiado. Logo depois, a Semana Santa, cabendo lembrar que, segundo Tancredo Neves, em ano eleitoral nada se decide antes da Procissão do Enterro.
Chegando junho, além das convenções partidárias, vem a Copa do Mundo, e toda a vida nacional se altera em função dela. Seguem-se as eleições. Depois o Natal. O ano vai terminar e passar à história dos nossos calendários como aquele que agitou muito e fez pouco.
Revendo placas
O Instituto Histórico e Geográfico vai ser convidado a colaborar com a prefeitura na revisão das placas indicativas de logradouros públicos, pois muitas apresentam incorreções.
Outro objetivo é fazer com que as inscrições contenham o essencial e ajudem o pedestre a conhecer melhor as personalidades e instituições nelas homenageadas.
Os ausentes
Por falar no Instituto Histórico e Geográfico: bastou um mês para que sua diretoria sofresse duas sentidas ausências: o secretário Wilson Jabour Júnior e a vice-presidente Creuza Cavalcanti, sepultada na tarde da última quinta-feira.
Dúvida interminável
Deputados à Assembleia reanimam as discussões sobre a conveniência de as matérias levadas a plenário serem tratadas pelo voto aberto ou secreto. Questão antiga, sobre a qual jamais se obterá consenso, porque se para alguns a votação descoberta permite ao eleitor saber como tem se comportado aquele em quem votou, para outros é o voto secreto que permite ao parlamentar decidir sem se submeter a pressões e interesses, como opina Lafayette Andrada, líder da bancada do governo.
Em política, as coisas ficam mais distantes de uma definição exatamente quando cada lado tem razão.
A conferir
Leitor escreve para manifestar seu protesto. Transcrevo:
Na quarta-feira passada, 10h15min, na esquina de Padre Café com Itamar Franco, uma gari, trabalhando para o Departamento de Limpeza Urbana, não se fez de rogada: juntou o lixo que acabava de recolher e o depositou no bueiro mais próximo. É por uma dessas que nossas ruas logo ficam alagadas depois de uma chuva mais forte.
Encontro no Rio
O prefeito Bruno, que tem viajado frequentemente para Belo Horizonte e Brasília, muda de rota na quarta-feira. Vai ao Rio para conversar com seu colega carioca, Eduardo Paes. Trocam ideias e informações sobre política, sem excluir o futebol, já que Juiz de Fora se tornou referência alternativa para alguns jogos.
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