sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Alguma reforma
Como é habitual em fim de ano, e duas décadas estão aí para confirmar, a velha e sempre sonolenta reforma política está de volta ao cenário. Na próxima semana, a comissão do Congresso que trata da matéria vai dar forma definitiva (pelo menos é o que está prometido) a um dos itens mais emperrados, a regionalização do voto. Um passo rumo ao que se convencionou chamar de voto distrital. Isto posto, o candidato a deputado só poderá ter votos em sua região, o que, segundo seus defensores, entre os quais Marcus Pestana, será bom, porque manterá o parlamentar mais próximo de sua base.
O autor do projeto, o mesmo Marcus Pestana, acha que isso também contribuirá para reduzir significativamente o custo da campanha eleitoral.
Quem é contra também tem argumento poderoso. Vamos correr o risco de eleger deputados desinteressados dos problemas gerais do estado, mas só preocupados com as questões de seu reduto. Uma espécie de vereador de luxo.
Retorno
O PDT, que em breve elegerá seus novos dirigentes na cidade (o presidente Vitor Valverde agora mora e trabalha em Belo Horizonte) vai cuidar também de fazer voltar à cena antigos militantes, como o ex-vereador e médico Antônio Zaidan.
História
Na terça-feira, às 18h, o reitor Henrique Duque preside a solenidade de abertura de uma exposição fotográfica para comemorar o centenário de nascimento do professor Moacyr Borges de Mattos, que ocupou duas vezes o reitorado da UFJF. A mostra estará aberta no saguão da reitoria, no campus.
Presença
Já agora sem maiores preocupações com a sutileza com o tempo, o PSDB mineiro começou a mostrar o ex-ministro Pimenta da Veiga em todas as solenidades oficiais do governo, além de promover encontros com lideranças e despachos em palácio. A menos que as ciladas do tempo mandem o contrário, é mesmo o candidato dos tucanos à sucessão de Antônio Anastasia.
Adensamento
Não falta quem recomende ao prefeito Bruno vetar a lei que acaba de ser aprovada pela Câmara propondo novas regras para o adensamento de áreas nos bairros para efeito de construção. Sobram razões para o veto integral, o que significa devolver aos vereadores a responsabilidade pela agressão, que eles aprovaram com todos os sinais de concessão a interesses; interesses que não são exatamente os da população.
Em uma cidade em que o centro já não tem mais como respirar, a Câmara estende o sufoco aos bairros.
E os outros?
O fato de os mensaleiros terem sido condenados não significa que deva ser esquecida a multidão dos políticos que cometeram crimes iguais ou parecidos. Há 834 ações contra eles, envolvidos em corrupção. Lavagem de dinheiro é o caso mais comum, embora não faltem delitos como tráfico de influência, assédio moral e falsidade ideológica.
E a Justiça, graças à sua morosidade, continua contemplando políticos criminosos. O deputado Abelardo Camarinha, do PSB de São Paulo, é um exemplo. Condenado a quatro meses de prisão, conseguiu converter a prisão em R$ 40 mil de multa. Mas não pagou, não foi preso, e está solto, graças à prescrição.
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