quarta-feira, 16 de setembro de 2015




SOBRE A SUCESSÃO MUNICIPAL 


Juiz de Fora poderá ter vários candidatos a prefeito, considerada a movimentação de parlamentares com domicílio eleitoral aqui. São pré-candidatos Margarida Salomão (PT) e Júlio Delgado (PSB), ambos federais; Noraldino Júnior (PSC) e Antônio Jorge (PPS), estaduais.

Já o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) provavelmente disputará a reeleição. Será fator atraente para sua disposição se os concorrentes forem numerosos na disputa, pois certamente se beneficiará desse fator. Bruno, no exercício do mandato leva certa vantagem sobre seus prováveis adversários na disputa, pois já inicia o pleito com aproximadamente trinta por cento do potencial de voto. É o que diz a experiência.

Mas, como estamos apenas especulando, e o período agora é só para isto mesmo, só resta aguardar passar o mês de outubro, seguindo o calendário costumeiro, e verificar se houve mudanças partidárias. Em junho de 2016 ocorrerão as convenções dos partidos, e assim será dado inicio à campanha eleitoral. Haverá então o período de gestação. Até lá algumas candidaturas podem ser ‘abortadas’, por ‘ordens superiores’. Ou a renúncia de pré-candidaturas por decisão própria.

Vejamos, então, o caso dos parlamentares federais. A deputada Margarida tem sinalizado que não será candidata, e parece desejar uma aliança do PT com o PMDB, reproduzindo o que ocorre nos níveis federais e estaduais. O deputado Júlio Delgado não seria candidato, pois o PSB poderá apoiar outra candidatura. Este partido está sobre o comando estadual do prefeito de BH, Márcio Lacerda, adversário político de Delgado. Aliás, o deputado tem manifestado o desejo de trocar de partido, por sentir-se desconfortável na legenda, desde a assunção do prefeito Lacerda. Especula-se também sobre eventual mudança de seu domicílio eleitoral para a capital. Mas ainda não se sabe se ele teria algum projeto para as eleições municipais de BH.

Noraldino e Antônio Jorge (PPS) estão em campanha, embora não assumam totalmente tal intenção para evitar os desgastes políticos devido a uma exposição antecipada de seus projetos. Além disso, os partidos deles podem optar por não terem candidaturas na cidade, devido a ‘entendimentos superiores’ das legendas, na ‘costura’ de interesses macropolíticos.


Ainda é possível emergirem novas candidaturas para a prefeitura, pois há projetos envolvendo os nomes do ex-reitor Henrique Duque e do ex-deputado Sebastião Helvécio, ambos ainda sem partido. Duque se movimenta nos bastidores, e poderá se filiar ao PSD. Helvécio é o presidente do Tribunal de Contas do Estado até o final do próximo ano, e terá que renunciar ao cargo para disputar o pleito. Em termos de partido Helvécio poderá volta ao seu partido, o PDT.




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