VELHA RECEITA
Tanta expectativa para quase nada. Os
remanejamentos que a presidente Dilma prometeu, mantendo em suspense os meios
políticos durante dias, acabaram por adotar o receituário de sempre: um acordo
objetivo e de conversa franca com o PMDB, que sempre se mostra disposto a
ajudar, desde que para tanto possa abocanhar o naco mais suculento do poder.
Depois de ameaçar criar dificuldades, convenceu-se rapidamente de que o seu
melhor domicílio continua sendo Pasárgada, onde é amigo da rainha Dilma, sem os
encargos do governo.
Ganhando cinco ministérios, dos mais
estratégicos e influentes, o PMDB concordou, com a velocidade de sempre.
Ampliou sua adesão, mas não o suficiente para deixar a presidente tranquila,
porque o largo apoio do partido é circunstancial e episódico. Soma-se a isso o
apetite para novos cargos no futuro.
Na política, o comando peemedebista faz
lembrar as velhas roceiras que indicavam chá de jalapa nos momentos mais
difíceis, mas sem responsabilidade com os desarranjos intestinais.
MAIS VIOLÊNCIA
Na cidade há seis anos, para onde veio
com a finalidade de assumir o arcebispado, dom Gil Moreira diz que o
impressiona, cada dia mais, a onda de crescente violência em Juiz de Fora. Ao
abrir os jornais, salta à vista o volume de crimes que ocorrem nos bairros, com
dois dados geralmente presentes: as drogas e o envolvimento de menores. Para o
metropolita, avaliando-se a situação, estamos caminhando para um quadro
alarmante.
O comentário foi feito na festa de São
Mateus, quando convidou os fiéis para a Marcha da Paz, que os católicos
promovem no dia 4, domingo, partindo da igreja da Glória às 14h, rumo à
Catedral, onde haverá celebração eucarística.
MEDALHA E SAMBA
Neste sábado, a partir de 14h, no Centro
de Educação de Jovens e Adultos, na Travessa Prisco Viana, o Instituto Cultural
do Samba, presidido por Régis da Vila, vai homenagear personalidades e
entidades que mais têm contribuído para a divulgação do samba em Juiz de Fora.
É um troféu que traz o nome do mais importante jornalista da cidade, José
Carlos de Lery Guimarães.
PENA DE MORTE
Morreu, nesta semana, o procurador da
Justiça Sidney Afonso. Durante uma década em que desempenhou atividades diversas
na comarca, sobretudo no Tribunal do Júri, foi também centro de muitas
polêmicas, algumas de repercussão nacional. Uma delas nos anos 70: defensor da
pena de morte, disse que se disporia pessoalmente a aplicá-la se ninguém
tivesse coragem para fazê-lo.
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