NOVO DONO
Com as novas cores com que a presidente
Dilma vem pintando a prometida reforma ministerial os descontentes do PT ganham
mais algum motivo para criticá-la. O PMDB cobrou e vai ganhar, para dar ao
governo a indispensável sustentação parlamentar, ministérios escolhidos a dedo
entre os que dão melhores dividendos políticos e cobram menos
responsabilidades. No começo, o acordo seria em torno de quatro cargos; depois
o partido passou a exigir cinco, em seguida seis e agora fala-se até em sete. O
que significa muito claramente que o governo não é mais petista; virou
peemedebista. Deve-se isso, em grande parte, ao mais novo peemedebista do
pedaço, Lula, pois mais que qualquer outro esforçou-se para que as exigências
fossem atendidas. Insistiu com dona Dilma para ceder em tudo, como forma de
salvar o governo.
A primeira condição foi o Ministério da
Saúde, que tem capilaridade e muito dinheiro para gastar.
O PMDB tornou-se dono do poder, o que
dever ser confirmado nesta sexta-feira. Enganam-se,
contudo, os que acham que com forças redobradas aumenta seu cacife para
disputar a presidência em 2018. O partido quer o poder sem ter de carregar a
bandeira.
TARCÍSIO 80
Um almoço que vai acontecer neste
domingo, reunindo amigos e familiares, marca os 80 anos do ex-prefeito Tarcísio
Delgado, que com três mandatos foi quem administrou a cidade por mais tempo,
superando o recorde histórico que estava com José Procópio Teixeira.
Sua carreira política começa no meio da
década de 60, quando se elege vereador, depois deputado estadual e federal.
Ponto alto de sua vida parlamentar foi quando, vinte anos depois, liderou a
bancada do PMDB na Câmara dos Deputados.
RENÚNCIA
Certas de que eventual processo de impeachment da presidente Dilma pode
trazer mais problemas que soluções, além de presentear o PT com o discurso de
oposição e três anos para respirar eleitoralmente, certas áreas mais comedidas
preferem que ela renuncie, empurrada por argumentos facilmente palatáveis, como
saúde debilitada ou um conjunto de evidências da total ingovernabilidade.
A carência de recursos mínimos para se
governar já levou a quatro renúncias: Pedro I em 1831, Regente Feijó em 1837,
Deodoro em 1891 (talvez mais resultado do golpismo de Floriano do que
propriamente renúncia), Jânio Quadros em 1961.
PONTO FINAL
Antigos pontos de referência da noite
juiz-forana vão passando para as páginas do passado. O Restaurante Primavera,
fundado em 1967, acaba de fechar as portas, depois de receber para os jantares
milhares de pessoas que saiam dos cinemas, do Raffa's, do Dreams, do Clube Juiz
de Fora. A marca era o sempre simpático atendimento lusitano de Albertinho.
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