COMEÇAM AS CONVERSAS
Convém dizer que, como se deu em toda
eleição anterior para prefeito de Juiz de Fora, agora os primeiros passos, as
primeiras consultas vêm de Belo Horizonte, o que tem aceitável explicação.
Temos aqui um dos maiores colégios eleitorais do estado, dado mais que
suficiente par confirmar o interesse das lideranças estaduais em influir na
escolha dos candidatos locais. Depois, quando chega o momento de estruturar a
campanha e obter recursos financeiros nem sempre o interesses é o mesmo.
Hoje, de novo, funciona a precedência da
capital. Já se fala sobre candidaturas inspiradas em dados preliminares, mas
nem a distância em que se encontra a sucessão municipal nem o conturbado quadro
da política nacional impedem reuniões e jantares para conversar.
O PMDB, que planeja e deseja um segundo
mandato para o prefeito Bruno Siqueira, sabe que o primeiro passo é construir
aliança com o PT, na suposição de que a deputada Margarida Salomão, nome
natural para um projeto solo dos petistas, não terá ânimo para disputar, pois
se considera bem sucedida em Brasília. E seu partido não pode cobrar o esforço,
pois ela já disputou a prefeitura duas vezes.
A oposição ao prefeito parece estar agindo
mais objetivamente e alinha em uma provável aliança, liderada pelo PSDB, o PDT,
PTB, PPS, PP, PR, PSB, DEM, PROS e Solidariedade, sem contar que há aí alguns
flancos dos quais Bruno poderá se beneficiar. A aliança oposicionista, que tem
Sebastião Helvécio como nome preferencial, se chegar a um bom sucesso será
problema não apenas para o prefeito mas para qualquer outro projeto que surja
pretendendo o poder municipal. É que aqueles 10 partidos, se unidos, açambarcam
50% do tempo de propaganda política na televisão.
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