(IN) TOLERÂNCIA
Sob esse título, resultado de reflexões
sobre o greve momento internacional, Marcelo Franck do Nascimento, militante
dos Direitos Humanos, enviou ao blog o artigo que segue:
Após os recentes atentados terroristas
reivindicados a autoria pelo grupo autodenominado “Estado Islâmico” (EI) entrei
numa fase de perplexidade diante das atividades cruéis das pessoas que aderiram
a esta organização criminosa. Na sexta-feira, 13 de novembro, em Paris, o EI
demonstrou sua inegável morbidez.
Com uma estratégia planejada vitimaram
centenas de pessoas que curtiam o lazer parisiense do início de um final de
semana nos bares, cafés, casa de espetáculo etc. Mais de uma centena de mortos,
e inúmeros feridos por um bando de intolerantes, que adoram a morte, enquanto
nós adoramos a vida.
Fazendo um breve retrospecto, pelo que
noticia a imprensa, o surgimento deste grupo que já vitimou inúmeras pessoas
pelo mundo afora, verificamos que ele, através de seus membros, se notabiliza
pela forma de agir. Assassinos com requintes de crueldade. Mercenários sem
ideologia ou religião. São bárbaros. É possível estabelecer diálogo com este
grupo? Penso que não. A linguagem dos ‘jihadistas’ é a imposição pelas armas,
assassinatos, torturas, sequestros, exploração sexual de mulheres escravizadas
em áreas ocupadas.
O recrutamento, pelas redes sociais, de
jovens excluídos que estão vivendo nas periferias das grandes cidades europeias
e outros lugares do chamado mundo desenvolvido, possibilita a formação de um
exército de seguidores que treinados à base de ‘lavagem cerebral’, mais parecem
robôs teleguiados para a morte.
O episódio de Paris revela o sentimento
de ódio dessas pessoas, que são alimentados por ressentimentos históricos, e
habilmente introduzidos nas mentes vazias de jovens, que perderam o significado
de suas vidas. Parece que naquela fatídica sexta-feira a alegria de alguns jovens
num habitual ‘happy-hour’ parisiense funcionasse como uma ofensa para pretensos
guerreiros religiosos.
Fico assustado, e ao mesmo tempo triste,
acompanhando pela imprensa e pelas redes sociais os atentados terroristas que
se sucedem, com uma mórbida cronologia de ações para aterrorizarem o mundo
inteiro. Os líderes dos terroristas não querem que exista paz no mundo. Fazem
seu falso proselitismo religioso, para encobrir seus verdadeiros interesses:
riqueza e poder.
A pergunta que me faço, e repasso aos
leitores: Devemos ser tolerantes com os intolerantes? Eu acho que não. A
vingança não é uma boa justificativa para o enfrentamento ao EI. Mas o
sentimento humano que nos cabe é a autodefesa. A situação chegou até este
estágio, pois as nações desenvolvidas assim permitiram, consideraram seus
interesses e os antecedentes históricos que geraram essa conjuntura política
mundial. Agora, para que busquemos a paz no mundo será necessário ir à guerra.
Marcelo Frank, colaborador
EXPECTATIVA
Com a chegada de dezembro aumentam as
expectativas em relação às adaptações que o prefeito Bruno Siqueira terá de
operar no primeiro e segundo escalões, por força de desincompatibilizações no
ano eleitoral. Nessas duas faixas não menos de doze altos funcionários estarão
disputando em outubro e não podem permanecer nos cargos que ocupam ou funções
que exercem.
As mudanças podem, de acordo com a legislação
eleitoral, ser realizadas até março, mas é certo que o prefeito deseja
antecipá-las para impedir prejuízos na administração. Aliás, é o que já vem
ocorrendo no segundo escalão.
CONVERSANDO
Setores que fazem oposição ao prefeito não vão
esperar as mudanças para trabalhar seu projeto eleitoral em cima do novo perfil
da administração. Pelo contrário, ampliam os contatos e estudam perfis de
possíveis candidatos. Ao mesmo tempo em que o PC do B pensa em Henrique Chaves
e Wadson Ribeiro, o PSDB estuda três ou quarto nomes a serem convidados, entre
os quais o atual presidente da Unimed, Hugo Borges.
Um dos integrantes do grupo de conversações é o
secretario de Governo da prefeitura de BH, Vitor Valverde, que hoje,
aproveitando seu aniversário, vem para novas reuniões.
DESPROPÓSITO
A tragédia de Mariana, onde uma barragem mal
conservada causou mortes e prejuízos ambientais incalculáveis, chama a atenção
do mundo, desperta protesto das Nações Unidas, mas ainda não levou o governo
mineiro a explicar como pode manter um quadro de apenas quatro fiscais para o
acompanhamento permanente desses reservatórios, cujo número no Estado vai além
de 400!
CRISE NO CAMPUS
Após a renúncia do reitor Júlio, que não desejou
permanecer à frente de uma instituição onde os recursos financeiros
aproximam-se da carência franciscana, começaram as demissões. Primeiro nos
setores administrativos agregados, como a Fadepe. É certo que a onda de
banimento não fica por aí, a menos que o governo federal consiga remover a
crise financeira, que, ao contrário, vem arrastando indícios de que pode
agravar-se.
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