Dificuldades e desafios
Os novos prefeitos,
incluídos os que já ocuparam o cargo no passado e agora estão de volta para
enfrentar uma situação muito pior, precisam estar preparados para um tempo de
dificuldades e recursos financeiros escassos. Mas, antes de tudo, precisam
considerar que sua responsabilidade perante a sociedade é uma responsabilidade
política. O comentário foi feito pelo presidente do Tribunal de Contas do
Estado, Sebastião Helvécio, ao abrir encontro sobre governança, no Expominas de
Juiz de Fora. O comentário fazia parte de uma advertência que Helvécio repetiu
para os prefeitos, que, segundo ele, devem limitar os técnicos ao papel das
assessorias. O prefeito é uma entidade humana eminentemente política.
Há uma grande confusão na
administração municipal, quando os prefeitos se deixam envolver totalmente pelo
aconselhamento técnico, em sacrifício das competências políticas conferidas
pelas urnas. É o caso citado dos aumentos e outras vantagens concedidas ao
funcionalismo sempre que melhora a receita da prefeitura. Helvécio considera
que nesse particular os executivos devem se precaver em relação aos assessores
imediatos arrebanhados nos quadros de carreira.
No encontro, que terminou hoje
com um programa de palestras de técnicos, foi informado que o governo de Minas
não terá como pagar o 13 dos servidores. Os números mineiros são alarmantes: no
ano passado o Estado arrecadou R$ 51 bilhões, mas as folhas dos servidores e
pensionistas consumiram R$ 50,6 bilhões.
Sobre as dificuldades financeiras
enfrentadas pelos municípios o prefeito Bruno Siqueira, para mostrar o quadro
sombrio a ser enfrentado, lembrou que o PIB está a zero.
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