Homicídios
Foi divulgado na semana passada
(28/10) que, em 2015, 58.383
pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. O que equivale a 160 pessoas por
dia. Ou seja, sete pessoas por hora. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que fez o levantamento dos dados, informa que morre mais gente assassinada no
Brasil do que em países que estão em guerra.
Entre milhares dessas mortes, houve muitos casos de
chacinas. Caso se considere todo o país, a polícia, que deveria contribuir na solução, está virando parte do
problema, e também entra na
estatística. Por dia, registram-se nove mortos pelas armas da polícia, e pelo
menos um policial é morto.
Comparado com o ano 2014, houve
uma queda de 1,2% (estatisticamente irrisório) para se concluir de que
continuamos a ser um país violento. A atrocidade brasileira acontece por
ausência de Estado, onde ele deveria
investir. Caberia ao Estado prevenir, investigar e punir. Há leniência,
inépcia e impunidade.
Finados
Li
em algum lugar, e lamento não ter como identificá-lo, que a vida, na sua
instantaneidade, é uma centelha. Não podemos desperdiçar esse fulgor. A morte
nos espreita em algum desvão do tempo. Vamos ao encontro dela, mas consola que
seja inesperado. Essa reflexão talvez tenha alguma utilidade para nós, que hoje
celebramos a saudade dos que partiram, e que são para nós, que estamos vivos e
envelhecemos, uma permanente advertência. Não é outra coisa o que diz o Diário
de Lúcio Cardoso: “Podemos não sentir a idade, mas ela se faz presente através
dos mortos que vai espalhando em torno de nós”.
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