A cidade de luto: morreu Hochleitner
Hoje
à tarde desceu a uma pequena sepultura do cemitério de São Pedro o corpo do
professor Franz Joseph Hochleitner. Viveu 101 anos, mas não é demais lembrar
que a morte de uma grande figura se revela sempre prematura. Podia ter vivido
mais, a despeito das limitações impostas pela longevidade. Mas, em rigor,
também não havia como perturbar o merecido descanso do fim de sua longa
jornada. Não havia como exigir que dele mais, além do muito que deu à cultura e
à pesquisa que promoveu ao longo da vida.
A
cidade acolheu esse austríaco logo após a Segunda Guerra, onde atuara como
piloto, ferido em combate. Foi daqui que projetou sua obra além das fronteiras
do Brasil.
Franz
Hochleitner sai da vida para tomar lugar na galeria dos homens que mais
contribuíram para tornar Juiz de Fora conhecida em todo o mundo. Primeiro,
quando se tornou referência internacional na decifração do código maia, a
histórica Porta do Sol, na Bolívia, antes de se projetar nos auditórios
científicos da América em época que a cidade pouco sabia sobre astronomia
arqueológica, centro inspirador de grandes polêmicas sobre a existência da
Atlântida. De Erick Van Deninken divergiu muito em relação à teoria do
desembarque de deuses astronautas na Terra.
Além
dos estudos que desenvolveu sobre as civilizações maia e asteca, contribuiu nas
pesquisas sobre a natureza da percepção das cores complementares e a
qualificação química para o cálculo exato da oxidação dos inoxidáveis.
(extraído de meu livro sobre grandes figuras de Juiz de Fora).
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