segunda-feira, 3 de julho de 2017






Comentários




 “O ANTAGONISTA"


Os deputados serão obrigados a anunciar no microfone se aceitam ou não a denúncia contra Michel Temer, como manda o regimento. Pelo menos foi o que disse Rodrigo Maia a aliados, segundo o Radar.

"Para Maia, a Câmara deveria, inclusive, cancelar o recesso para analisar a denúncia contra o presidente. Contudo, essa é uma decisão do plenário e o descanso, por enquanto, está mantido."

Comentário - O presidente Temer tem no deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, um aliado. Entretanto, doravante, em caso de vacância na presidência da República, quem assume é o Maia, que substituirá o presidente por um período determinado. Mas também poderá suceder a Temer na eleição indireta. Rodrigo poderá ser até o 'Plano B' do grupo atualmente no poder. Ele estará fiel a Temer até certo momento. Se o 'cavalo passar encilhado' (com sela) ele vai montar, pois a sorte não 'passa duas vezes', como diz um dito popular gaúcho.


 Sistema adotado


“Levantamento realizado pela Rede de Informações Eleitorais (http://aceproject.org) – integrada por Estados Unidos, Canadá e México e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – revela que o Brasil alinha-se, ao lado de África do Sul, Argentina e Suécia, entre outros, no grupo de 9,68% dos países do mundo que não adotam nenhum tipo de candidatura avulsa em seus pleitos.

Quatro em cada 10 nações permitem que pessoas sem filiação partidária disputem pelo menos cadeiras legislativas em nível local ou nacional, casos da Alemanha, Japão, Itália e Reino Unido. Em 37,79% dos países, as candidaturas avulsas valem até mesmo para presidente da República, como nos EUA, França, Chile, Irã e a superpopulosa democracia da Índia.

Poucos países necessitam tanto da participação política, por um lado, e, por outro, a cercam de tantas restrições legais e burocráticas como o Brasil. A Itália, como é sabido, admite a candidatura avulsa mediante a chamada “lista cívica”. Nos EUA, casos há em que “candidatos independentes” chegam a pleitear a Presidência. Essa flexibilidade ajuda a que os sistemas políticos contemplem uma maior abertura à participação da sociedade – argumenta o senador Paulo Paim.
Para o autor da PEC, no sistema atual, se movimentos sociais fortes e numerosos como o feminista, o negro, o dos trabalhadores sem-terra, o dos aposentados, o dos indígenas ou o dos homossexuais quiserem lançar um candidato, só poderão fazê-lo se a liderança se filiar a um partido político e, como consequência, se submeter “à regra do jogo, sua correlação de forças interna, suas dificuldades e suas limitações”.

O consultor legislativo do Senado, Caetano Araújo, lembra, porém, que as propostas de reforma política hoje em discussão no Congresso Nacional têm como característica comum o fortalecimento das siglas partidárias por meio de instrumentos como a fidelidade partidária, o financiamento público e as listas fechadas de candidatos.

Passaríamos a uma situação oposta à que prevalece hoje: o poder deixaria os mandatários e concentrar-se-ia na estrutura partidária. Nesse caso, teríamos direções partidárias, máquinas, burocracias extremamente poderosas, com controle sobre os recursos financeiros destinados à campanha e com a capacidade de definir a ordem dos eleitos – teme o sociólogo”.

Sylvio Guedes / Jornal do Senado 


Comentário: O fortalecimento dos partidos políticos sempre será uma medida salutar, mas com garantia de democracia interna. Pelas notícias que temos, a maioria absoluta dos partidos brasileiros não pratica a democracia interna, embora seja esta uma exigência contida nos estatutos. O que predomina é a vontade daqueles políticos que no exercício do mandato mantêm o controle total das deliberações partidária. Mesmo no PT, onde existe um processo de escolha dos dirigentes partidários em todos os níveis, temos notícias de irregularidades, supremacia da vontade da tendência majoritária vinculada ao Lula, e predomínio da decisões conforme proposição da tendência hegemônica, e sufocamento das propostas de tendências minoritárias.







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