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“O ANTAGONISTA"
Os
deputados serão obrigados a anunciar no microfone se aceitam ou não a denúncia
contra Michel Temer, como manda o regimento. Pelo menos foi o que
disse Rodrigo Maia a aliados, segundo o Radar.
"Para
Maia, a Câmara deveria, inclusive, cancelar o recesso para analisar a denúncia
contra o presidente. Contudo, essa é uma decisão do plenário e o descanso, por
enquanto, está mantido."
Comentário - O presidente Temer tem
no deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, um aliado.
Entretanto, doravante, em caso de vacância na presidência da República,
quem assume é o Maia, que substituirá o presidente por um período
determinado. Mas também poderá suceder a Temer na eleição indireta. Rodrigo
poderá ser até o 'Plano B' do grupo atualmente no poder. Ele estará fiel a
Temer até certo momento. Se o 'cavalo passar encilhado' (com sela) ele vai
montar, pois a sorte não 'passa duas vezes', como diz um dito popular
gaúcho.
Sistema adotado
“Levantamento realizado pela Rede de
Informações Eleitorais (http://aceproject.org) – integrada por Estados Unidos,
Canadá e México e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
– revela que o Brasil alinha-se, ao lado de África do Sul, Argentina e Suécia,
entre outros, no grupo de 9,68% dos países do mundo que não adotam nenhum
tipo de candidatura avulsa em seus pleitos.
Quatro em cada 10 nações permitem que pessoas sem filiação partidária disputem pelo menos cadeiras legislativas em nível local ou nacional, casos da Alemanha, Japão, Itália e Reino Unido. Em 37,79% dos países, as candidaturas avulsas valem até mesmo para presidente da República, como nos EUA, França, Chile, Irã e a superpopulosa democracia da Índia.
Poucos
países necessitam tanto da participação política, por um lado, e, por outro, a
cercam de tantas restrições legais e burocráticas como o Brasil. A Itália, como
é sabido, admite a candidatura avulsa mediante a chamada “lista cívica”. Nos
EUA, casos há em que “candidatos independentes” chegam a pleitear a
Presidência. Essa flexibilidade ajuda a que os sistemas políticos contemplem
uma maior abertura à participação da sociedade – argumenta o senador Paulo
Paim.
Para o autor da PEC, no sistema atual, se movimentos sociais fortes e numerosos como o feminista, o negro, o dos trabalhadores sem-terra, o dos aposentados, o dos indígenas ou o dos homossexuais quiserem lançar um candidato, só poderão fazê-lo se a liderança se filiar a um partido político e, como consequência, se submeter “à regra do jogo, sua correlação de forças interna, suas dificuldades e suas limitações”.
Para o autor da PEC, no sistema atual, se movimentos sociais fortes e numerosos como o feminista, o negro, o dos trabalhadores sem-terra, o dos aposentados, o dos indígenas ou o dos homossexuais quiserem lançar um candidato, só poderão fazê-lo se a liderança se filiar a um partido político e, como consequência, se submeter “à regra do jogo, sua correlação de forças interna, suas dificuldades e suas limitações”.
O consultor legislativo do Senado, Caetano Araújo, lembra, porém, que as propostas de reforma política hoje em discussão no Congresso Nacional têm como característica comum o fortalecimento das siglas partidárias por meio de instrumentos como a fidelidade partidária, o financiamento público e as listas fechadas de candidatos.
Passaríamos a uma situação oposta à que prevalece hoje: o poder deixaria os mandatários e concentrar-se-ia na estrutura partidária. Nesse caso, teríamos direções partidárias, máquinas, burocracias extremamente poderosas, com controle sobre os recursos financeiros destinados à campanha e com a capacidade de definir a ordem dos eleitos – teme o sociólogo”.
Sylvio Guedes / Jornal do Senado
Comentário:
O
fortalecimento dos partidos políticos sempre será uma medida salutar, mas com
garantia de democracia interna. Pelas notícias que temos, a maioria absoluta
dos partidos brasileiros não pratica a democracia interna, embora seja esta uma
exigência contida nos estatutos. O que predomina é a vontade daqueles políticos
que no exercício do mandato mantêm o controle total das deliberações
partidária. Mesmo no PT, onde existe um processo de escolha dos dirigentes
partidários em todos os níveis, temos notícias de irregularidades, supremacia
da vontade da tendência majoritária vinculada ao Lula, e predomínio da decisões
conforme proposição da tendência hegemônica, e sufocamento das propostas de
tendências minoritárias.
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